Russell Baze (Christian Bale) e Rodney Baze (Casey Affleck) são irmãos bem unidos. Russell trabalha em uma usina, tem um relacionamento com Lena (Zoe Saldana) e é apegado à família. Rodney está pessimista com relação ao futuro. Após um acidente e permanecer anos na prisão, Russell retorna à casa, tem que enfrentar uma nova tragédia e escolher entre a liberdade e a vingança.
Ambientado no Cinturão da Ferrugem (Rusty Belt), um região da indústria pesada nos Estados Unidos e que dá ao longa uma atmosfera de fim de mundo e terra de ninguém, este drama é uma realização de Scott Cooper, conhecido pelo excelente Coração Louco e por dirigir bons dramas que retratam regiões interioranas dos USA com mentalidade tradicional, violência local, decadência econômica e social e personagens que vivenciam dramas de desesperança e perdas. Em Tudo por Justiça, o cineasta recupera bem essas referências temáticas de seu estilo e, com grande elenco, aborda a jornada de um homem que é afetado por tragédias pessoais. Com seu bom gosto musical que é incorporado nas ótimas trilhas sonoras de seus longas, Cooper também inclui a canção tema, Release (do Pearl Jam), cantada pela sedutora e legendária voz de Eddie Vedder, que tem uma melodia libertadora, intimista.
Normalmente os protagonistas de seus filmes criam um vínculo carismático com o público pois são homens do bem afetados por baques da vida. São como lobos solitários que fazem escolhas muito pessoais em uma realidade muito hostil. Christian Bale realiza um excelente trabalho e personifica esse homem do bem que precisa fazer justiça com as próprias mãos. Nem mesmo a ajuda do xerife Wesley Barnes (Forest Whitaker) é suficiente para lidar com o crime organizado da região, na qual as fronteiras da violência são bem demarcadas, o medo é generalizado e não há como confiar em qualquer pessoa. Ao conhecer o traficante ( e insano) Harlan De Groat (Woody Harrelson), o conflito é inevitável e o clima de suspense atiça a curiosidade para o clímax impiedoso. Tanto Harrelson como Whitaker, além das participações de Willem Dafoe, Willem Dafoe e Sam Shepard são boas e legitimam muito mais a qualidade desse elenco.
Como ponto desfavorável, o longa tem um roteiro que opta por ser simplista no desenvolvimento e desfecho dos conflitos. Começa muito bem com uma impactante e bem estruturada cena da violência local que apresenta este microcosmo da América e a mudança abrupta da vida de Russell Braze, logo mais, perde um pouco o fôlego. De maneira bem geral, é um filme com um clima pesado, pessimista, solitário. Essa é uma de suas virtudes pois expõe essa espiral de desesperança de uma região Americana na qual os indivíduos tem que lidar com o impacto da violência, não tem opção a não ser se acostumar com a realidade ou criar as próprias regras; mas o carisma e maturidade de Christian Bale ajudam a suavizar a experiência com o filme e torná-la catártica como uma boa vingança de um homem comum.
Christian Bale: mais um protagonista forte do diretor Scott Cooper
Normalmente os protagonistas de seus filmes criam um vínculo carismático com o público pois são homens do bem afetados por baques da vida. São como lobos solitários que fazem escolhas muito pessoais em uma realidade muito hostil. Christian Bale realiza um excelente trabalho e personifica esse homem do bem que precisa fazer justiça com as próprias mãos. Nem mesmo a ajuda do xerife Wesley Barnes (Forest Whitaker) é suficiente para lidar com o crime organizado da região, na qual as fronteiras da violência são bem demarcadas, o medo é generalizado e não há como confiar em qualquer pessoa. Ao conhecer o traficante ( e insano) Harlan De Groat (Woody Harrelson), o conflito é inevitável e o clima de suspense atiça a curiosidade para o clímax impiedoso. Tanto Harrelson como Whitaker, além das participações de Willem Dafoe, Willem Dafoe e Sam Shepard são boas e legitimam muito mais a qualidade desse elenco.
Como ponto desfavorável, o longa tem um roteiro que opta por ser simplista no desenvolvimento e desfecho dos conflitos. Começa muito bem com uma impactante e bem estruturada cena da violência local que apresenta este microcosmo da América e a mudança abrupta da vida de Russell Braze, logo mais, perde um pouco o fôlego. De maneira bem geral, é um filme com um clima pesado, pessimista, solitário. Essa é uma de suas virtudes pois expõe essa espiral de desesperança de uma região Americana na qual os indivíduos tem que lidar com o impacto da violência, não tem opção a não ser se acostumar com a realidade ou criar as próprias regras; mas o carisma e maturidade de Christian Bale ajudam a suavizar a experiência com o filme e torná-la catártica como uma boa vingança de um homem comum.
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