Bill Marks (Liam Neeson) é um agente federal aéreo mais solitário e introspectivo. Para lidar com a morte da filha, costuma beber. Sua vida é dedicar-se à profissão. Em um dos vôos em que está, ele recebe uma mensagem de texto para que transfira uma milionária quantia ao sequestrador, caso contrário, a cada 20 minutos um passageiro morrerá. Sem Escalas poderia ser mais um filme mediano sobre sequestro de avião mas não é, ele tem Liam Neeson em ação, determinado a descobrir quem está por trás dessa jogada terrorista.
Esse é o segundo filme que o diretor Jaume Collet-Serra (de A Orfã) escala Liam Neeson. O primeiro foi o Desconhecido no qual o ator é envolvido em uma trama de mistério após acordar do coma e ter sua identidade roubada. O cineasta tem experiência com suspense e conduz bem seus trabalhos ao incluir uma atmosfera misteriosa em torno das personagens que despertam a desconfiança do público, ou seja, elas podem ser os vilões ou não e essa estratégia bem usada é muito eficaz para prolongar a tensão em seus thrillers. Aqui, lidar com esse efeito dúbio atiça a curiosidade pois a audiência pode confiar ou não em Bill Marks, assim como em Jen Summers (Juliane Moore), uma passageira. O roteiro tem a intenção de confundir o público. Qualquer outro passageiro pode ser o cabeça da ação terrorista ou até mesmo uma tripulante como Lupita Nyong'o no papel de comissária de bordo. O cineasta consegue condensar bem esse clima de insegurança.
Uma escolha pertinente do roteirista para fortalecer esse clima de desconfiança é evidenciar que o terrorismo pode vir de qualquer pessoa e o controle de um sequestro também pode ser coordenado de qualquer lugar. Basta lembrar que, atualmente, muitos chefes do crime organizado controlam o narcotráfico e sequestros estando em suas celas nos presídios. Fazendo um paralelo com Sem Escalas, o roteiro continua atual exatamente por esse motivo. O terror psicológico pode vir não necessariamente de quem está no voo. Essa é a dúvida que acompanha a audiência até o final. O fato do sequestrador se comunicar por celular é um ponto favorável da história por dois motivos principais: a influência da tecnologia atual nas comunicações e como ela deixa as pessoas mais vulneráveis pois o perigo, o medo e a paranoia convivem juntos ; a outra é o elemento contemporâneo da comunicação mobile incluída na construção do plano audiovisual. Assim como tem ocorrido em outros filmes, o público vê a mensagem de texto projetada na tela e vê mais claramente a interação digital.
Com a épica presença de Liam Neeson em filmes que equilibram o suspense e a ação como Busca Implacável e Desconhecido, Sem Escalas resulta em excelente parceria e entretenimento. Neesom é fantástico nesse tipo de filme com sua imagem de credibilidade que mistura o carisma, maturidade e o estilo durão e, por seu talento e experiência, vale a pena prestigiar seu trabalho. Mesmo que o roteiro perde em intensidade à medida que chega ao desfecho, o filme entrega um bom resultado, principalmente porque existe um desafio maior: é uma história mais "claustrofóbica" que ocorre em grande parte em um avião sequestrado, com pouca ação de outros coadjuvantes e raríssimo uso de locações externas. A experiência do diretor no gênero e a participação de Juliane Moore vem a agregar a bem executada colaboração.
A influência da tecnologia mobile no plano audiovisual
Uma escolha pertinente do roteirista para fortalecer esse clima de desconfiança é evidenciar que o terrorismo pode vir de qualquer pessoa e o controle de um sequestro também pode ser coordenado de qualquer lugar. Basta lembrar que, atualmente, muitos chefes do crime organizado controlam o narcotráfico e sequestros estando em suas celas nos presídios. Fazendo um paralelo com Sem Escalas, o roteiro continua atual exatamente por esse motivo. O terror psicológico pode vir não necessariamente de quem está no voo. Essa é a dúvida que acompanha a audiência até o final. O fato do sequestrador se comunicar por celular é um ponto favorável da história por dois motivos principais: a influência da tecnologia atual nas comunicações e como ela deixa as pessoas mais vulneráveis pois o perigo, o medo e a paranoia convivem juntos ; a outra é o elemento contemporâneo da comunicação mobile incluída na construção do plano audiovisual. Assim como tem ocorrido em outros filmes, o público vê a mensagem de texto projetada na tela e vê mais claramente a interação digital.
Juliane Moore: um toque de mistério
Com a épica presença de Liam Neeson em filmes que equilibram o suspense e a ação como Busca Implacável e Desconhecido, Sem Escalas resulta em excelente parceria e entretenimento. Neesom é fantástico nesse tipo de filme com sua imagem de credibilidade que mistura o carisma, maturidade e o estilo durão e, por seu talento e experiência, vale a pena prestigiar seu trabalho. Mesmo que o roteiro perde em intensidade à medida que chega ao desfecho, o filme entrega um bom resultado, principalmente porque existe um desafio maior: é uma história mais "claustrofóbica" que ocorre em grande parte em um avião sequestrado, com pouca ação de outros coadjuvantes e raríssimo uso de locações externas. A experiência do diretor no gênero e a participação de Juliane Moore vem a agregar a bem executada colaboração.
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Cristiane Costa, MaDame Lumière