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Wicked: Parte 2 (Wicked: For Good, 2025)

 




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Estreia oficial nos Cinemas Brasileiros: 20 de Novembro de 2025 




Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




 Wicked - parte 2: A Revolução da Amizade e o Final Agridoce de Oz 

 




Em tempos em que o espetáculo da fantasia disputa espaço com a política da imagem, Wicked 2 encerra a saga das bruxas de Oz com um olhar sombrio e provocador. Elphaba, vivida por Cynthia Erivo, carrega o peso de ser demonizada, enquanto Glinda, interpretada por Ariana Grande, ascende como símbolo glamouroso da Bondade em um reino corroído por manipulação e poder. Entre amizade e ruptura, o destino de Oz se desenha em um confronto que promete marcar a cultura pop. O filme chega hoje, 20 de novembro, aos cinemas, estreia oficial e a certeza de que lágrimas de muita emoção irão rolar.  




A dualidade entre Bruxa Má e Bruxa Boa é uma construção manipulável armada pela própria Oz e pela cegueira do povo, que escolhe suas crenças em meio a uma intensa política da imagem. Enquanto verdades são ocultadas, Elphaba se vê diante de escolhas que a aproximam novamente de Glinda. Nesse percurso, surge também o Mágico de Oz, vivido por Jeff Goldblum, cuja presença reforça a manipulação política que permeia o reino. O vínculo cultivado na Parte 1 avança aqui, e Glinda terá a chance de provar se sua lealdade é verdadeira. A satisfação emocional é atingida porque a principal torcida do público é pelo afeto e pela justiça em Oz. Elphaba, nesse panorama, emerge como protagonista coerente e justa, portadora de sabedoria e humildade. 







Esse vínculo emocional encontra eco na visão estética de Jon M. Chu. O filme, na essência, é muito mais sobre magia e a jornada da amizade do que sobre a perseguição de um ideal político. Wicked 2 amadurece a ideia de que nem tudo é perfeito e que escolhas difíceis são feitas por um bem maior. Os arcos dramáticos de Elphaba e Glinda são mais maduros, e os números musicais contornam essa vulnerabilidade da amizade. É difícil para Glinda abrir mão da vaidade e ambição, e para Elphaba, da raiva diante da injustiça. Para Jon M. Chu, a estética política se conecta intimamente à evolução dos dramas pessoais. O drama individual é o sopro vital que faz a estética excepcional respirar, provocando comoção e adoração por este belo blockbuster.  




Se os dramas pessoais respiram intensidade, os antagonistas, por outro lado, carecem de força. O núcleo antagonista não gera o impacto esperado em Parte 2, principalmente com Madame Morrible, papel de Michelle Yeoh, mais apagada do que sua contraparte teatral. Essa fragilidade deixa a desejar na tensão do conflito, que poderia ser mais profundo e intrigante. A história possui uma excelente camada ética e um núcleo afetivo globalmente querido, mas os antagonistas acabam decepcionando. Como consequência, o que sustenta a força da Parte 2 são as protagonistas, os musicais e os efeitos visuais, e não o roteiro em si. Ainda assim, há revelações inesperadas no núcleo afetivo que ampliam a tensão entre as protagonistas, mantendo o público atento às surpresas.  








Em comparação com a primeira parte, Wicked 2 se destaca pela maturidade das personagens e pela forma como o afeto estabelecido anteriormente se mantém vivo. O fechamento pode soar mais afetivo do que ativo, privilegiando a emoção em vez da ação. Essa escolha dá ao filme um tom mais íntimo, ainda que linear. Por outro lado, os antagonistas e a metalinguagem com O Mágico de Oz aparecem de maneira sutil e pouco explorada, funcionando quase como coadjuvantes menores. Em certos momentos, até figuras secundárias, como o macaco voador, parecem mais interessantes do que o próprio Mágico ou Madame Morrible, evidenciando que a força da narrativa repousa sobretudo nas protagonistas e em sua amizade.  




As cenas mais espetaculares de Wicked 2 dão protagonismo a Elphaba, à tensão romântica com Fiyero, vivido por Jonathan Bailey, e à amizade com Glinda, ora mergulhadas em sombras, ora iluminadas pela grandiosidade da tecnologia que expande a magia de Oz. A paleta de cores das protagonistas permanece fiel, reforçando suas identidades visuais, enquanto o CGI, sobretudo nos animais, por vezes soa artificial. Ainda assim, apoiado pela triunfante trilha sonora, o aspecto teatral se funde ao cinema com qualidade e entretenimento, criando uma experiência que equilibra o lirismo dos palcos com a imersão da tela grande. 




A trilha sonora é, inegavelmente, a força magistral que amarra o filme, injetando mistério, épico e afetividade. O poder da música de Stephen Schwartz é sentido especialmente nos números que celebram o poder crescente de Elphaba e o laço de amizade com Glinda. Canções como “For Good”, que sela esse sentimento de afeto, são utilizadas para o clímax emocional da narrativa. A cinematografia de Jon M. Chu amplifica a intensidade teatral desses hinos e reimagina as canções, fazendo com que atinjam impacto lírico ainda maior na tela grande e honrando a força emocional dos palcos.








Wicked 2 dialoga diretamente com o público jovem, em uma era em que a aparência e a projeção de imagens nas redes sociais definem valor e status. A obra expõe como a política da imagem pode transformar indivíduos em símbolos, julgando quem não se encaixa nos padrões como sem importância. Ao mesmo tempo, como obra universal, o filme fala sobre amizade e segunda chance, lembrando que a verdadeira força não está na superfície, mas na capacidade de olhar além das aparências e reconhecer o afeto como revolução.  




Na cabine, a reação foi marcada por aplausos e lágrimas, confirmando que Wicked 2 é um cinema de afeto. Apesar do olhar crítico sobre técnica e estética, a verdade é que o filme conquista pelo coração. O espetáculo pode ser analisado em sua grandiosidade visual e musical, mas o que permanece é a emoção compartilhada, a sensação de que Oz não é apenas um reino fictício, mas um espaço de identificação coletiva. Nesse sentido, a técnica cinematográfica se torna secundária diante da força do vínculo humano que a obra desperta. 




Wicked 2 é corajoso em seu questionamento sobre o mal e o revisionismo histórico. O filme finaliza com uma polêmica sutil, pois mesmo no auge da sabedoria, Elphaba parece não escapar da política da imagem. O desfecho sugere que, apesar da luta, o mundo continuará exigindo a dualidade. Embora esse final possa soar conformista, ele é profundamente realista e agridoce. A mensagem final é a coragem de questionar narrativas estabelecidas, aceitando que a luta contra o julgamento superficial é contínua e que a justiça nem sempre se revela de forma evidente.  








Imagens. Divulgação Universal Pictures.

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