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Um Lançamento Warner Bros Pictures  Acompanhe os especiais  Franquias de Cinema  no MaDame Lumière.  O blog trará sagas, super heróis e outr...




Um Lançamento Warner Bros Pictures 


Acompanhe os especiais Franquias de Cinema no MaDame Lumière. 

O blog trará sagas, super heróis e outros personagens inesquecíveis!





Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




 

O retorno de Diana Prince aos Cinemas é apresentado com uma total mudança em comparação ao primeiro filme de 2017 e mantém a excelente parceria entre Patty Jenkins Gal Gadot. Datado na efervescente década de 80 nos EUA, o longa coloca a heroína em ação contra novos personagens como A Mulher Leopardo (Kristen Wiig) e Max Lord (Pedro Pascal) e retorna a parceria romântica entre ela e o piloto Steve Trevor (Chris Pine). 





A ideia central continua valorizando o altruísmo, a força e o carisma da Mulher Maravilha em um contexto no qual as relações políticas,  econômicas, sociais e culturais se voltam à ambição, poder e consumo dos indivíduos. Neste sentido, os anos 80 foram uma época de descobertas do próprio eu, com ampla produção industrial e cultural, também tida como um período divertido, hedonista e consumista. Por consequência, para o Cinema, traz uma ambientação saudosista que funciona bem em MM84 pois as aventuras presentes na narrativa conciliam atos heroicos e fragilidades de pessoas comuns, assim como o desejo do prazer do ego a qualquer custo e o risco que isso representa para a humanidade.






“o coração da história nunca perde de vista quem é a Mulher-Maravilha, otimista, positiva, corajosa... nosso melhor ‘eu’. Ela é um exemplo perfeito do que eu acredito que os super-heróis estão destinados a fazer – mostrar a nós todos como viver nossos melhores ‘eu’, e nos lembrar que, ao fazer isso, podemos criar um mundo melhor”  (Patty Jenkins)





É nesse cenário de excessos que aparecem personagens como Barbara Minerva / Mulher Leopardo e Max Lord. São pessoas comuns que carregam o peso do fracasso e da baixo auto estima. Esse sentimento de inadequação encontra uma possibilidade perigosa de atender aos desejos do ego. Embora Barbara seja uma cientista brilhante, não se sente bonita e atraente o suficiente. Totalmente desajeitada,  ela apresenta o perfil da nerd que se acha invisível aos outros. Max é um homem bem instável e ambicioso, cujo desequilíbrio emocional demonstra bastante vulnerabilidade do ego. Logo, ele quer dominar o mundo e mostrar ao filho pequeno que é capaz de alcançar esta ambição. 




Sob a perspectiva de vilania, ambos são mais divertidos do que propriamente excepcionais vilões. Diante de suas vulnerabilidades, é perceptível sentir pena de Barbara e Max a medida que o mal domina suas personalidades e ações. De certa forma, isso diz respeito à uma leveza na recriação de época considerando que alguns filmes dos anos 1980 tinham grandes aventuras e vilões excessivos e tolos. Tanto a Mulher Leopardo como Max Lord são retratados como vilões que tomaram um caminho errado quando, na verdade, teriam totais condições de exercer seus reais talentos, bondades e verdades. Esse jogo com o alter ego funciona bem como uma boa diversão nostálgica, assim, a experiência é mais aventureira e alegre do que obscura.











Com esse novo capítulo na história da heroína Diana Prince, pode-se dizer que MM84 é uma celebração dos anos 80 na experiência audiovisual ao trazer vários elementos comuns em filmes desta emblemática década. Ele tem uma peculiar característica na proposta que transita entre a grandiosidade de uma franquia DC Comics e a simplicidade do filme "sessão da tarde", logo, trouxe todos os riscos dessa escolha como vilões sem fantásticas ações e uma heroína que não tem tantos momentos extraordinários para se dedicar e salvar o mundo. Cabe ao público curtir muito mais a oportunidade de entretenimento de maneira desencanada e a bonita mensagem sobre a verdade e os valores por trás das escolhas e ações. 





O roteiro não é tão bom como o do primeiro filme, porém é compreensível quando são analisadas outras dimensões bem executadas como o design de produção, os figurinos, a fotografia e a filmagem imersiva. Mesmo mantendo locações mais urbanas ambientadas em Washington como apartamentos, museu, shopping, escritório, ruas, entre outras, o longa consegue trazer aquela atmosfera vista em filmes icônicos dos anos 80  com direito a relíquias sagradas (A pedra dos sonhos), viagem em nave, heróis com asas,  ação no Oriente Médio e caos e destruição apocalíptica na capital norte-americana. Todas essas referências são utilizadas por Patty Jenkins e equipe com claras evidências, porém a história em si não alcança a qualidade de outros roteiros e nem consegue ter tanto engajamento e carisma. Trata-se mais de uma lacuna de roteiro do que de direção e o elenco continua sendo a parte mais divertida.








Outra ponta solta na narrativa é o retorno de Steve Trevor, um reencontro que deveria ter alto potencial de parceria e ação com Diana Prince. Ainda que seja um retorno "forçado" e um desejo já bem interiorizado de Patty Jenkins e Gal Gadot, no começo da história, tudo parecia promissor com um toque de romance e diversão. Infelizmente, no transcorrer do desenvolvimento da história, Steve Trevor foi sendo anulado de tal forma que passou a ser um coadjuvante sem muita força. Com isso, mesmo que ele seja o grande amor de Diana e elemento crucial para uma escolha da personagem, seu retorno não é maximizado pelo roteiro. Basta ver a forma mecânica que ele sai de cena.









Sem nenhuma dúvida, a melhor parte de MM84 é Kristen Wiig e sua transformação dramática que transita entre o cartunesco e a realidade. A Mulher Leopardo se torna maldosa do dia para a noite e acaba roubando a cena ao ser uma mulher totalmente diferente da cientista insegura. Além disso, a atriz se encaixou perfeitamente em uma produção ambientada nos anos 80, trazendo um pouco da inadequação, loucura e diversão dos cientistas do Cinema. Ela passa de anônima com baixa auto estima à vilã indomável e sedutora.  No meio dos excessos, ela é mais espontânea e eficiente do que  Max Lord assim como representa a humanização do vilão que precisa enxergar a verdade. É o tipo de atriz que surpreende na atuação, normalmente subestimada no Cinema, com isso, a partir de então, deveria ser mais convidada para outras produções.









MM84 é um filme estilo "sessão da tarde". Tem a virtude de colocar a Mulher Maravilha  em um cenário leve, colorido, nostálgico e equilibra os conflitos em um cenário mais americanizado no qual a egoica carga excessiva nos sujeitos possibilita uma reflexão sobre qual a verdade que cada um deve buscar e descobrir. Nesse sentido, a presença dos vilões, ainda que muito caricatos, colaboram para alcançar a mensagem final do filme e a missão heroica de Diana.








Fotos e citação da diretora: uma cortesia Media Press Warner Bros Pictures.

Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação Dirigido por Juan Ant...









Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação


Dirigido por Juan Antonio Bayona (de "O impossível"), "Jurassic World: Reino Ameaçado" sofre dos males de sua própria ambição. 


Estrelado pela dupla Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, que atuaram juntos em "Jurassic World", o filme também não foi salvo pela beleza, carisma e humor de ambos. Até o romance mal resolvido não teve espaço suficiente para corar bochechas e arrancar suspiros.

O longa perde muito em roteiro em comparação ao seu antecessor e deixa de desenvolver camadas dos personagens e da narrativa de uma maneira mais honesta, natural. Nem mesmo dinossauros como Blue, que tinha bastante potencial para catalisar emoções, é bem utilizada nesse roteiro.






Ainda que seja um filme focado em gerar altíssimo lucro para os produtores, seria possível trabalhar melhor as relações e conflitos como forma a dar continuidade ao bom ritmo, humor e DNA do filme anterior.

Um exemplo claro de superficialidade no roteiro é a presença da especie vilã que, ainda que seja considerada uma ameaça, surge como um elemento raso, pouco representativo como antagonista. O vilão (Rafe Spall) é caricato e medíocre.

Essa superficialidade entra em choque com algumas ótimas cenas com referências ao Cinema de horror. De um lado, um roteiro pouco atrativo. Do outro, fragmentos de uma boa técnica de Bayona.O resultado é desconexo.






Com exceção de uma comovente cena, a contradição vista nesse blockbuster é sua falta de identidade em um momento que ele quer explorar "o novo mundo" e entrelaçar questões como a extinção das especies e o uso de tecnologia na geração de novas. Não faz bem nenhuma coisa e nem a outra.

Sob a perspectiva da tradição de Jurassic Park, esse "novo mundo" não transcende emotividade nesse lançamento. No mínimo, deveriam ter mantido a qualidade de "Jurassic World" e azeitado mais esse roteiro.

É claro que o público vai conseguir se divertir por algumas horas, mas quem for mais observador, exigente e fã da franquia, sentirá que "Jurassic World: Reino Ameaçado" não entusiasma como o seu antecessor.

Cabe aos produtores analisarem muito mais : qual é o "novo mundo" que eu desejo mostrar às pessoas?" "Como posso fazer as pessoas realmente se conectarem a essas novas questões que visam oxigenar a franquia?"

A inevitável questão que permanece após a sessão: como conseguiram tirar a alma de uma franquia que cativa e emociona pessoas há anos? Acreditem! É possível.





Rapidinhas no MaDame: Porque o que importa é o prazer da Cinefilia Por  Cristiane Costa , Editora e Crítica de Cinema  ...

Rapidinhas no MaDame:
Porque o que importa é o prazer da Cinefilia




Por Cristiane Costa, Editora e Crítica de Cinema MaDame Lumière e Especialista em Comunicação Empresarial 


Sobre a história:  A Rainha Má Ravenna (Charlize Theron) tem novas intenções para reinar absoluta e conquistar todas as regiões, incluindo as de Branca de Neve. Dessa vez, sua irmã Freya, a Rainha do Gelo (Emily Blunt) lidera um exército de caçadores em uma guerra ambiciosa e ordena que amar é proibido, entretanto o caçador Eric (Chris Hemsworth) e Sara (Jessica Chastain) se apaixonam e lutam contra as forças maléficas de Ravenna e o coração congelado de Freya.

Opinião Geral sobre o filme:  Essa é a primeira liderança na direção de Cedric Nicolas - Troyan em um longa-metragem, que foi facilitada pela sua sólida experiência em efeitos visuais (Piratas do Caribe, Malévola), expertise para construir um mundo medieval e fabuloso de bruxas, guerreiros e caçadores e em ter como produtores o trio Sarah Bradshaw, Palak Patel e Joe Roth, entusiastas da combinação aventura e fantasia de narrativas clássicas reinventadas, como por exemplo, Malévola e Oz: mágico e poderoso.  Essas revisitações de clássicos oxigenam a fantasia e despertam o interesse pelo imaginário literário, principalmente o drama e as reais intenções dos personagens.

A execução e o roteiro não são criativos e não investem tanto nos quesitos aventura e desenvolvimento do conflito, entretanto, dão conta de contar uma eficiente fábula de uma rainha que teve sua natureza apaixonada impactada por uma decepção e, como consequência, seu coração endurecido afetou a vida de todos ao redor, inclusive a de um casal apaixonado. Esse aspecto da narrativa qualifica o clímax pois ressalta a natureza trágica da vida da rainha Freya e, portanto, traz uma bela mensagem ao público.

O desprazer:  Roteiro não investiu tanto em cenas de aventura, a direção dependeu das fortalezas do elenco e a atuação insossa de Jessica Chastain ressaltou que, embora ela seja excelente em outros filmes, neste ela não deveria ter sido escalada.


Por que vale a rapidinha? É diversão "pipoca" e descomplicada! Além de ser muito melhor do que "Branca de Neve e o Caçador", ele conquista pelo bom humor e carisma de Cris Hemsworth, a atuação gélida e elegante de Emily Blunt e a deslumbrante personificação da beleza e da maldade da Rainha má com a estonteante Charlize Theron.





Ficha técnica do filme ImDB  O Caçador e a Rainha de Gelo

MaDame Blockbuster: Cinema Pipoca e no stress Você é #TimeCapitãoAmérica ou #TimeOhomemde ferro?  Prepare-se para essa incrível g...

MaDame Blockbuster:
Cinema Pipoca e no stress



Você é #TimeCapitãoAmérica ou #TimeOhomemde ferro? 
Prepare-se para essa incrível guerra e [sem spoilers]! 



Por Cristiane Costa,  Editora e crítica de Cinema MaDame Lumière e Especialista em Comunicação Empresarial 




Capitão América: Guerra Civil, um dos mais aguardados filmes no ano chega nessa quinta-feira (28/04) no circuito nacional e a pergunta que não quer calar é: Você está preparado para essa guerra? O que acontece quando os Vingadores, que trabalham juntos pelo bem da humanidade, travam uma guerra entre eles e o seu coração cinefilamente MARVEL fica dividido entre os super heróis? Certamente o público fiel aos Vingadores terá emoções elevadas a cada dinâmica cena de ação dessa imperdível batalha.




As duas frentes da guerra têm opiniões próprias, o que implica que você também terá que ter a sua mesmo com um aperto no coração. Após os eventos ocorridos em Vingadores: A era de Ultron, o time continua fortalecido sob a liderança de Steve Rogers (Capitão América, Chris Evans), entretanto, enfrentar ameaças e perigos mundiais provocam danos colaterais até mesmo nas relações de parceria e amizade, imediatamente a política controladora do governo avança e a união dos Vingadores é ameaçada. 















Ser um Vingador é escolher como intervir em uma situação de perigo, como salvar vidas, como vencer unidos. Mas junto com o poder de defender a humanidade estão as grandes responsabilidades e riscos. Após uma missão com trágicas consequências,  Steve Rogers mantem-se leal aos seus princípios na proteção à humanidade e opta pela liberdade de atuar sem a intervenção do governo. Tony Stark (Homem de ferro, Robert Downey Jr), excêntrico e teimoso, cede à pressão política e é favorável a responsabilização e supervisão do governo na ação dos Vingadores.  Ser supervisionado pelo governo ou não? Essa é a principal questão de ruptura entre eles. Por excelência, a maioria dos super heróis são seres livres. Cada um vai para uma frente. A guerra está declarada!






Capitão América: Guerra Civil chegou para ser um tipo de "Mad Max: Estrada da Fúria" da Marvel. Com êxito, ele consegue merecer essa comparação!  É ação do começo ao fim, vibrante, bem coreografada e montada e entrecortada pelas recorrentes interações bem humoradas  entre os personagens. O filme é um exímio blockbuster de ação que junta todos os  heróis para uma festinha movida à exibição dos super poderes. Para deixar a batalha mais épica e cool, o roteiro escala O homem Aranha (Tom Holland) e o Pantera Negra (Chadwick Boseman) que fazem bonito. O primeiro dá o charme mais nerd, juvenil e gracioso, o outro tem uma marca exótica, misteriosa e vingativa. 








O maior mérito do roteiro, em comparação aos anteriores da franquia de Capitão América, é que existe uma guerra, mas não necessariamente ela traz efeitos pesados de espionagem, vilania e conflitos organizacionais. O resultado é um roteiro menos preciso nas reviravoltas e mais focado na tensão e ações que sustentam a  oposição entre as duas frentes. A grande diversão é ver as cenas de ação e os Vingadores lutando entre eles para valer. Não dá para levar a sério como conflito armado, mas dá para levar a sério como uma luta mais emocional e física, movida pela liberdade de escolha, excelente para um entretenimento blockbuster.  


Assim, independente da questão da responsabilização e supervisão do governo, há um elemento dinamizador na história de ordem muito mais pessoal e que relaciona os fatos : a conexão emocional de Steve Rogers com o seu amigo Soldado Invernal (Sebastian Stan), que segue sendo perseguido como uma arma humana perigosa, inclusive pelo vilão Zemo (Daniel Brühl). Dessa forma, o mais importante personagem ainda é o herói Capitão América,  o líder dessa franquia. 







Diante desse argumento, não espere que haja um grande antagonista fora dos Vingadores. Daniel Brühl atua apenas como um acessório. A ausência de um forte vilão não chega a fragilizar o filme por conta do dinamismo da ação e do significado afetivo dos Vingadores lutando entre si. Ninguém quer ver amigos que protegem a humanidade brigando entre si, entretanto, já que os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely se empenharam nessa ideia divertida, por que não torcer para que as cenas sejam boas? É o que acontece aqui!  E o mais bacana é ver que há determinados planos que foram exatamente fotografados para arrancar palmas, gritos, assobios e boas energias dos fãs Marvel. Planos que surgem como épicos retratos entre os Vingadores.







A execução das cenas de perseguição e de  conflito frente a frente é engenhosa e intensamente ativa para proporcionar ao público uma luta armada que nem mesmo a amizade entre Rogers e Stark é capaz de interromper. Por causa desse capricho da direção, a coreografia das lutas é um verdadeiro show  e chega com força, impulsionada por um bom ritmo. Entre os destaques, a Viúva negra (Scarlett Johansson) surge mais ruiva, charmosa e à vontade, derrubando homens fortes com forte impulso a cada golpe, passando rasteira sem piedade. Pantera Negra, Homem Aranha e Homem formiga ressaltam suas habilidades físicas, acrobáticas e de velocidade. Capitão América, Soldado Invernal e Pantera Negra em uma maravilhosa sequência entre carros emocionam qualquer amante do cinema de ação. Melhor do que toda essa diversão é só assistir ao filme pela segunda, terceira, quarta vez... E aí, já está pronto para a guerra do ano?




Ficha técnica do filme IMDB Capitão América : Guerra Civil

Distribuição : Disney/Marvel
Fotos: Uma cortesia Disney
Estreia nacional: 28 de Abril 2016





Por Rodrigo Qohen Jornalista e quadrinista pelo selo independente  Baboon Mix Baseado no livro homônimo do autor americano Nathan...





Por Rodrigo Qohen
Jornalista e quadrinista pelo selo independente Baboon Mix


Baseado no livro homônimo do autor americano Nathaniel Philbtock, “No Coração do Mar” (In the Heart of the Sea) narra a jornada e tragédia da tripulação do navio baleeiro Essex perante à magnanimidade da cachalote branca que inspirou a caracterização de Moby Dick, esta, por sua vez, criada por Herman Melville (1819-1891).



Crédito foto: Jonathan Prime  © 2015 WARNER BROS. ENTERTAINMENT INC.


Chris Hemsworth, mais magro  para desempenhar o papel de Owen Chase


Prometendo uma das maiores remessas de óleo de baleia – o material era um dos combustíveis mais usados da época em que petróleo ainda não fora descoberto –, a nau americana Essex, em 1820, parte para os mares sob o comando do inábil e bem-nascido Capitão George Pollard Jr. (Benjamin Walker, o Abraham Lincoln caçador de vampiros). Chris Hemsworth (também o Thor em Vingadores) é Owen Chase, a figura central da trama e o segundo em comando na embarcação. O marinheiro de origens humildes é um dos melhores do ramo e tinha a promessa de que partiria para a aventura com título de capitão, mas a instituição patrocinadora da expedição muda seus planos colocando Pollard, herdeiro de uma tradicional família de baleeiros e fundadora da tal companhia, na liderança.








O enredo é dividido em dois núcleos: a jornada de caça aos grandes cetáceos e o “presente”, onde Melville (Ben Whishaw) faceja Thomas Nickerson (Brendan Gleeson), antes um jovem de 14 anos e criado de bordo (vivido por Tom Holland), o próximo  Homem-Aranha dos cinemas) e agora o velho amargurado e único sobrevivente da expedição que terminou em tragédia. Esta, resultado do náufrago causado pela grande baleia branca seguido de 90 dias à deriva com os remanescentes. O jovem garoto que dará vida ao herói aracnídeo é uma ótima surpresa e mostra maturidade e carisma em seu segundo drama aquático – interpretou uma das sofridas crianças em “O Impossível” (2012), longa que mostrou a experiência de uma família que sobreviveu ao tsunami do oceano índico em 2004.



Hemsworth, marcado por Thor, o deus nórdico brucutu , super-herói e membro dos Vingadores, mergulhou numa dieta hollywoodiana de perda de peso para viver seu personagem emagrecido pelos dias que passou em alto mar sob sol escaldante e falta de comida. O regime durou cerca de um mês e envolvia o consumo de 500 a 700 calorias diárias – a média para um homem comum é de 2500. Segundo o próprio ator, durante o processo que não recomenda para ninguém, se sentia “num daqueles reality shows de modelos” com seus companheiros, pois se pesavam cotidianamente e torciam para livrarem-se o máximo possível de quilos. Tanto sofrimento foi bem aproveitado na caracterização, mas não o suficiente para alarmar o público, afinal as interpretações não ultrapassam a cifra básica de melodrama para o tipo de situação. Nessa categoria, dentre os recentes, “A Vida de Pi” (2012) impressionou mais.



Crédito foto: Jonathan Prime  © 2015 WARNER BROS. ENTERTAINMENT INC.

SAM KEELEY como Ramsdell e CHRIS HEMSWORTH como Owen Chase


Sem grandes desapontamentos ou satisfações, “No Coração do Mar”, se revela como uma boa aventura. Ron Howard, o veterano diretor dificilmente faz filmes de qualidade baixa, mas se alterna entre os ótimos e os razoáveis – como nesse caso. “Rush: No Limite da Emoção” (2013), seu último trabalho, figura entre os pontos altos da carreira, enquanto “O Dilema” (2011), o predecessor, é mais fraco. Não há viradas narrativas inteligentes e o roteiro é preenchido com diálogos rasos – não há nenhuma frase memorável – e dramas preguiçosos, como a rixa entre os primeiro e segundo dirigentes do Essex, que não se aprofunda e ainda termina de forma banal.  O longa que conta a história que idealizou “Moby Dick”, se revela como previsível e esquecível.







Ficha técnica do filme Imdb No coração do Mar

Distribuição: Warner bros. pictures Entertainment
Lançamento nacional: 03/12/2015
Editora: Cristiane Costa aka MaDame Lumière
Fotos: uma cortesia Warner Bros Pictures



MaDame Blockbuster: Cinema Pipoca e no stress Por Cristiane Costa Peter Pan estreou nos Cinemas Brasileiros em uma ép...

MaDame Blockbuster:
Cinema Pipoca e no stress





Por Cristiane Costa


Peter Pan estreou nos Cinemas Brasileiros em uma época convidativa: próximo a 12 de Outubro, o Dia das Crianças, o que representou uma excelente estratégia comercial somada ao histórico da Warner Bros Pictures que, em Abril deste ano, anunciou que o lançamento seria adiado a fim de ampliar a exibição nos cinemas e datas que facilitassem o entretenimento para as famílias. No caso da direção, ela teria mais tempo para finalizar o filme e seus complexos efeitos visuais.  A decisão trouxe bons números. No primeiro final de semana de estreia, o blockbuster dirigido por Joe Wright arrecadou aproximadamente R$ 7 milhões de reais e, no segundo final de semana, continua líder, com arrecadação de mais de R$ 19,4 milhões e mais de 1,3 milhão de espectadores em todo o país.





Peter Pan traz o adorável e belo garoto Levi Miller que já conquista a partir do seu olhar sapeca e carismático. Ele vive em um orfanato sob as rédeas de uma cuidadora carrasca e não compreende por que foi abandonado pela mãe e nem sua origem. Em uma noite inusitada, ele é levado à Terra do Nunca, um lugar fantástico habitado por fadas, piratas, guerreiros e princesas. Com a ajuda da princesa Tigrinha (Rooney Mara)  e o capitão gancho (Garett Hedlund), eles lutarão contra o tirano pirata Barba Negra (Hugh Jackman), cuja ambição desmedida deseja destruir a paz e a natureza e subjugar crianças como escravas.





Hugh Jackman e Rooney Mara: atores bons porém personagens rasos



Um dos maiores clássicos da Literatura infanto-juvenil é uma história comovente em qualquer adaptação porque resgata três virtudes: desperta a criança impetuosa e eternamente brincalhona que ninguém deveria deixar de ser, enfoca um menino orfão em busca do lar e da família e apresenta um mundo lúdico de personagens fantásticos. Adaptada com roteiro de Jason Jachs, o enredo mantém esta base argumentativa clássica, porém muda o transcorrer dos acontecimentos e o desenvolvimento dos personagens, incluindo mais aventura e menos conflito e priorizando os efeitos visuais e a jornada de descoberta e identidade do pequeno herói. Esta escolha do roteiro tem pontos favoráveis e negativos, mesmo com atrativo elenco e um experiente cineasta.




Garett Hedlund e Levi Miller: boa energia. Nova amizade.




Dentre os pontos favoráveis, o mais evidente e que vale a pena ser citado é a audácia do diretor em aceitar o projeto e dar um toque "Harry Potter" bem amparado por seu background no cinema Britânico. Joe Wright é um excelente cineasta para dramas clássicos. Entregou adaptações literárias que enfocavam a mulher em uma sociedade tradicional e o drama romântico como "Orgulho e preconceito", "Desejo e reparação" e "Anna Karenina". Aqui, ele realiza uma mudança de 180ºC e vai para o universo da fantasia com o desafio de revigorar uma fábula com uma releitura híbrida que conserva o clássico e o contemporâneo. A aposta deu certo. Em termos visuais, o filme é encantador e, tecnicamente, o uso do 3D é bem executado e eficiente. A boa escolha do elenco garante coesão, sinergia e carisma entre os personagens, com destaque para Levi Miller e Rooney Mara.






Ainda que seja um blockbuster de apelo muito comercial, com um personagem amado por gerações de pessoas e com o público infanto-juvenil como principal target, apenas aspectos técnicos não favoreceram Peter Pan e não o colocam como um filme excepcional. O longa ganha em aventura, ritmo e efeitos visuais e perde em roteiro, em storytelling, em qualidade e conteúdo na relação entre os personagens. As emoções estão ali, enquanto Peter Pan procura compreender quem era sua mãe, qual era a história da Terra do Nunca e quem são seus novos amigos, porém, o roteiro não aproveita esta complexidade humana e relacionamento entre as personagens. Não intensifica a vilania do Barba Negra, não possibilita um Peter Pan menos acrobático e voador e mais voltado para o conflito da história e a tradição da fábula. 


O resultado final é puro entretenimento visual em movimento. É um bom filme para apenas entreter e, por isso, ele atende bem a audiência infantil. Não faltarão barcos voando, elementos da natureza excêntricos e muita aventura claramente expositiva.  O longa cativa mais pelo carinho envolto em um personagem tão emblemático e não necessariamente em como a história foi estruturada plano a plano. Há determinadas cenas que não fariam nenhuma falta, enrolam ou descaracterizam a história. Na maioria das vezes, vale mais a pena manter adaptações clássicas sempre clássicas. 






Ficha técnica do filme no ImDB Peter Pan
Distribuição: Warner Bros. Pictures

MaDame Blockbuster: Cinema Pipoca e no stress Por Cristiane Costa Guy Ritchie está de volta com mais uma comédia de ação n...

MaDame Blockbuster:
Cinema Pipoca e no stress




Por Cristiane Costa



Guy Ritchie está de volta com mais uma comédia de ação na qual prima pelo bom humor, elegância e uma clássica história de espionagem. Conhecido por sucessos como a franquia de "Sherlock Holmes", "Snatch: porcos e diamantes" e "Jogos, trapaças e dois canos fumegantes", o cineasta é reconhecido por unir os gêneros comédia, crime e ação com muita desenvoltura e por manter parcerias com profissionais que têm background com seus filmes. Em seu mais recente longa, "O Agente da U.N.C.L.E.", Ritchie trabalha novamente com Lionel Wigram (produtor dos "Sherlock Holmes"), ambos como roteiristas e  inspirados pela série de TV "The Man from U.N.C.L.E.(1964). Na produção, completam a equipe, os produtores John Davis ("Poder sem limites") e Steve Clark-Hall ("RocknRolla: a Grande Roubada e os "Sherlock Holmes") e, como produtor executivo, David Dobkin ("O Juiz").






Ambientada nos anos 60, a história reúne uma dupla de espiões advindos de lados inimigos:  Napoleon Solo (Henry Cavill) é agente da Cia. Illya Kuryakin (Armie Hammer), da KGB. Apesar das rixas entre USA e ex-URSS, eles têm que se unir para conter o avançado de uma organização criminal que pretende usar armas nucleares e tecnologia militar. Para conseguir chegar à líder e vilã dos terroristas, Victoria (Elizabeth Debicki), e evitar uma catástrofe mundial, Solo e Kuryakin precisam encontrar o cientista alemão UDO (Christian Berkel), cujo conhecimento sobre foguetes é uma arma mortal nas mãos de Victoria. UDO é pai de Gaby Teller (Alicia Vikander), uma bela jovem que ajudará os agentes a se infiltrar na organização.











Logo na primeira sequência de planos é possível  perceber que o novo filme de Guy Ritchie é mais eficiente em uma excelente construção de cenas de ação e muito menos eficaz em roteirização. É exatamente o que acontece a esse bom entretenimento: atores bonitos e bem vestidos e ação bem estilizada para a época retratada, no entanto, a história é desprovida de um suspense mais envolvente considerando, como comparação, os bons roteiros contemporâneos de espionagem com ação, entre os quais: 007 - Skyfall , 007- Cassino Royale e Missão Impossível: Nação secreta. Assim sendo, "O agente da U.N.C.L.E" deve ser apreciado sob a perspectiva de uma comédia de ação, sem ter grandes expectativas de que o filme mostrará um roteiro imperdível com sequências de thriller e, também, sem esperar um excelente time de vilões para equilibrar o conflito.  







Nem mesmo a beleza e vilania da Francesa Elizabeth Debicki salvou o lado do mal. Apesar de seu natural refinamento, não há um adequado desenvolvimento de personagens vilões. São caricatos, sádicos e cumprem apenas uma função esnobe, são como pessoas ricas e arrogantes que encontram no crime uma diversão para bancar seus padrões de vida. A bem da verdade é que, em nenhum momento, os vilões são uma real ameaça ao analisar todas as atuações. Talvez, com o propósito de não sair do caminho da comédia e nem tirar o foco nos agentes e em Gaby, Ritchie e Wigram  optou por não levar os vilões a sério.










Mais uma vez, o diretor continua um amante da beleza, em vários sentidos, do figurino a ação, o preciosismo da beleza permanece nítido em toda a produção. Ele escala um trio de belos atores (Cavill - Hammer - Vikander) que, são inexpressivos em determinadas cenas, e sofrem as consequências de um pobre texto, mas ainda assim, eles são bonitos, charmosos e bem vestidos, vale a pena contemplá-los. Com o  perfeccionista bom gosto de Ritchie, o filme se transforma em entretenimento  visual, com destaque para a trilha sonora com divas como Nina Simone e Roberta Flack, a fotografia de John Mathieson (de "Gladiador") e, principalmente, para o designer de produção Oliver Scholl e o montador James Herbert que fizeram um competente trabalho em "No limite do Amanhã". Esse trio de especialistas somam valor ao longa à medida que colaboram para o estilo narrativo do filme: um repertório clássico dos anos 60, ocorrida em uma fase histórica relevante e com uma edição de imagens com leve approach documental. Evidentemente, a produção perde a oportunidade de aproveitar melhor certas oportunidades como um pouco mais de romance e vilania, que são apenas pincelados. Portanto, o roteiro é o que menos importa aqui. 







O filme vale mais a pena pela direção e como Ritchie orquestra estas diversas especialidades para favorecer a finalização de seu longa. As melhores cenas são as que enfatizam as qualidades do cineasta: ação, humor e elegância  e podem ser apreciadas, respectivamente, nas tomadas externas relacionadas a perseguições a veículos, com uso de motos, lancha etc, cenas divertidas entre Solo e  Kuryakin que corroboram as velhas fissuras entre USA e ex-URSS e as usam como elemento de humor e a beleza de boa parte do elenco. Nada disso é inédito em uma narrativa com espionagem, mas por ser de Ritchie, o charme está presente, a competência também.  Indubitavelmente, o toque de Midas dele é dirigir comédias com um forte estilo pessoal na decupagem de planos de ação, nos quais ele prioriza uma sofisticação no figurino e no design de produção de forma a criar uma ambientação clássica, verossímil e refinada. Só isso já basta para um bom blockbuster e uma diversão desencanada.







Ficha técnica do filme ImDB O agente da U.N.C.L.E 
Distribuição:  Warner Bros Pictures

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