Rapidinhas no MaDame: Porque o que importa é o prazer da Cinefilia Sobre a história: Após permanecer em coma por mais de 10 anos, a vampira...
Rapidinhas no MaDame: Anjos da Noite: O Despertar ( Underworld : Awakening) - 2012
Sabemos bem que não é muito adequado brincar com a religião alheia, porém a proposta de " Habemus Papam ", dirigido pelo Italiano ...
Habemus Papam ( 2011)
Tudo começa quando o Papa falece e precisa de um sucessor. De acordo com as regras seguidas pelo conclase, o novo Papa é escolhido em uma eleição entre os cardeais do Vaticano. Já nos primeiros minutos, entre um tom solene e de humor levemente "pecaminoso", acompanhamos a câmera evidenciando o comportamento dos cardeais, que não querem ser o escolhido. Surgem os fluxos de consciência: “Por favor, Senhor, não, não quero que seja eu!”, e também planos bem engraçados, como o que filma os rostos curiosos de alguns bisbilhotando os votos dos colegas. É impossível não dar risada de como o supra cargo do Vaticano não é nenhum pouco desejado, como se fosse a porta de entrada para carregar uma cruz ou entrar no inferno. As primeiras sequências evidenciam o tom bem humorado da comédia e criam um vínculo carismático entre o público e os cardeais, de todas as origens possíveis, da América do Sul a Oceania, cada um tem uma característica que os aproxima da humanidade falha de todo ser humano, desde o que fuma até o que toma ansiolíticos ou tem conturbados pesadelos durante a noite. Essa conexão com o elenco de cardeais, e principalmente, com Michel Piccoli, em excelente atuação que mescla um vazio existencial com uma postura inerte a qualquer decisão, torna "Habemus Papam" uma diversão levemente sarcástica que, de forma descontraída, faz a audiência refletir que todos têm problemas em suas terrenas existências. Até mesmo o Papa pode ter uma crise de pânico, ir a um consultório psicológico e tomar antidepressivos. De fato, ser um líder religioso, ainda que em alta posição na Igreja, deveria ser uma forma de se aproximar das pessoas, de seus medos, anseios e aflições. Nesse ponto, o filme é um ótimo exercício de humanidade.
A direção tende a ser mais revigorante do que o roteiro e promove uma melhor aproximação com o elenco de coadjuvantes, desde observá-los jogando cartas até um jogo de voleibol. Nessa última, os movimentos chegam a ser como uma dança visual, com caras e bocas dos cardeais e freiras, que também têm direito a uma diversão. Tudo tem uma pitada de charme sacro com risadas profanas, a começar também com o papel do cineasta Moretti, que é o psicanalista ateu que vem para agregar um elemento externo, que estabelece uma relação mais próxima com cardeais, que também estão proibidos de saírem nos arredores da Praça São Pedro até que o Papa decida se apresentar os fiéis. São seres enclausurados, mas que continuam vivendo suas vidas com defeitos.Se por um lado o elenco é agradável e a temática pode ser aplicada a qualquer situação, no qual a depressão está acima da vontade e, que a decisão pela melhor escolha cabe a cada um; por outro lado, o roteiro peca ao não amarrar muito bem a narrativa com o drama do Papa e o quanto isso poderia ser existencialmente profundo para contar uma história desse calibre. Nanni Moretti opta pela simplicidade de uma comédia ligeira, sem hiperbólicas reflexões sobre a responsabilidade de se tomar uma decisão qualquer, principalmente a eclesiástica. Tomando posse de um papel dramático-cômico, o ótimo Michel Piccoli se torna o melhor a ser apreciado. O Papa perambula pela cidade, retoma contato com o teatro, uma de suas paixões, discute muito pouco com o público sua fé e o peso do caminho religioso que decidiu seguir, ainda assim, contemplar o ator é um bel prazer. Portanto, "Habemus Papam" é um filme mais degustativo e merece ser visto para entreter-se com a simpatia que ele certamente tem. Ele também faz o público perceber que todos, independente do cargo e da posição que exercem, têm o direito ao sim e ao não.
1 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
Rapidinhas no MaDame: Porque o que importa é o prazer da Cinefilia Sobre a história: FDR Foster ( Chris Pine ) e Tuck ( Tom Hardy ) são do...
Rapidinhas no MaDame: Guerra é Guerra (This Means War ) - 2012
4 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
Caro(a) leitor(a) Esse ano tive o prazer de receber um convite do editor do Confraria de Cinema , Gustavo Catão , para estrear uma coluna s...
MaDame Lumière estreia Coluna na Confraria de Cinema com Habemus Papam
Espero que curtam minha presença por lá, a começar, visitem a crítica de Habemus Papam, o filme italiano de Nanni Moretti, indicado a Palma de Cannes em 2011 e uma agradável comédia com Michel Piccoli, sobre um Papa em crise.
"As primeiras sequências evidenciam o tom bem humorado da comédia e criam um vínculo carismático entre o público e os cardeais, de todas as origens possíveis, da América do Sul a Oceania, cada um tem uma característica que os aproxima da humanidade falha de todo ser humano" (veja mais no http://www.confrariadecinema.com.br/madamelumiere/ )
Meus agradecimentos à equipe Confraria de Cinema.
1 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
Dreamgirls , o vencedor do Globo de Ouro de melhor filme - comédia musical em 2007, tem variadas virtudes que o tornam um musical...
Dreamgirls - Em busca de um sonho (Dreamgirls) - 2006
Na Detroit da década de 60, berço do R&B e conhecido cenário da indústria automobilística Americana, a história começa com o sonho de 3 garotas afrodescendentes, Effie White (Jennifer Hudson), Deena Jones (Beyoncé Knowles) e Lorrell Robinson (Anika Noni Rose) que se apresentam em competições noturnas para ganhar visibilidade e uma oportunidade em suas carreiras musicais. Após receberem uma proposta do ambicioso vendedor de carros, Curtis Taylor Jr (Jamie Foxx), elas se tornam backing vocals do cantor James Thunder Early (Eddie Murphy) e iniciam uma jornada de busca pelo seus sonhos até formarem as Dreamettes. A criação desse grupo faz referências a Supremes e à tradição da Motown, que criou os grupos musicais femininos de grande sucesso na cena musical dos USA. Mais tarde, após uma nova empreitada mais "pop" de Curtis, agora como presidente de uma gravadora, e alguns desafetos e separações do grupo, as Dreamettes se tornam as Dreams.
O longa injeta um pouco mais de imaginação no expectador de como foi a evolução da gravadora. É possível estabelecer uma relação histórica com a adaptação: a saída de Florence Ballard do Supremes (nesse contexto, representada por Jennifer Hudson), o envolvimento amoroso entre Diana Ross (personificada através de Beyoncé) e Berry Gordy Jr (presidente da Motown, com atuação de Jamie Foxx) e a rixa vocal entre Diana e Florence. Essas referências a fatos verídicos acabam por deixar levemente mais claro que Florence, a grande voz da Supremes, foi banida do grupo por Berry e passou dificuldades financeiras, alcançando uma situação de desemprego e pobreza que afogaram seu talento e anteciparam seu declínio. Embora o filme tenha sido mais otimista com a referência à Florence, que teve um fim trágico na carreira, de uma forma bem clara, a produção da Dreamworks com a Paramount pinta uma imagem bem mais negativa do presidente da Motown. A narrativa declara que Curtis Taylor construiu um império musical, se importava mais com o benefício comercial de uma música do que com sua capacidade de falar emocionalmente com o público e prejudicou artistas como Eiffe White e James Thunder Taylor. Por outro lado, não se pode negar que, para elevar artistas como The Supremes e The Temptations, em uma sociedade preconceituosa como a Americana, e em época de lutas por direitos raciais sob a voz emergente da liderança de Martin Luther King, o executivo deve ter sido desafiado a ter pulso, mãos e coração de ferro, por suposto compreendido como frio e árduo com seus artistas. É sabido que ele não gostou da adaptação de Dreamgirls, o que faz todo o sentido, Jamie Foxx incorpora nuances comportamentais típicas de um executivo bem insensível.
Além da adorável trilha sonora, marcante com canções clássicas como And I am telling you I 'm not going e mais modernas como Listen , e belas músicas românticas como o dueto When I first saw you e I love you, I do, o diferencial do longa são as atuações de Jennifer Hudson e Jamie Foxx, bem apoiados por um elenco de coadjuvantes que tem uma boa sinergia. Jennifer, em especial, mereceu todos os seus prêmios e canta com a alma, elevando as músicas a uma qualidade excepcional. Ela também evoca a artista talentosa que, por ter uma personalidade forte e de não submissão, sofre as consequências da queda ou da falta de melhor oportunidade para exercer sua arte. Sua performance vocal quando pede ao amante que não a abandone é emblemática, assim como seu orgulho ferido por deixar para trás um sonho que não havia acabado. Com a personagem Effie, fica mais evidente que Dreamgirls é um filme que inspira o público a não deixar a mágoa e o abandono impedirem a felicidade. Ele é a prova viva de um musical moderno que ensina à audiência a não desistir dos sonhos.
Título original: Dreamgirls
País/Ano: EUA/ 2006
Diretor: Bill Condon
Roteirista: Bill Condon
Elenco: Jamie Foxx, Jennifer Hudson, Beyoncé Knowles, Danny Glover, Eddie Murphy etc.
0 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
MaDame Noir: O melhor do Film Noir por MaDame Lumière Os primeiros minutos de A Morte num beijo , film noir dirigido por Ro...
MaDame Noir: A Morte Num Beijo (Kiss Me Deadly) - 1956
Os primeiros minutos de A Morte num beijo, film noir dirigido por Robert Aldrich, dá o tom de suspense, paranóia e pesadelo, em grande estilo, que permeia todo o longa. Uma loira amedrontada Christina Bailey (Cloris Leachman) foge do sanatório e aparece correndo em uma estrada escura, gritando por socorro. Como uma sedutora mulher frágil e em perigo, sua pele nua está coberta somente por um casaco 7/8, nada mais carrega consigo. Na estrada, surge o durão e charmoso detetive Mike Hammer (Ralph Hammer) com seu veloz esportivo. Ele pará o carro e a socorre. Trocam algumas palavras, entre as quais a instigante frase misteriosa "Lembre-se de mim", que será a pista para os vindouros desdobramentos investigativos. Mais tarde, os homens maus aparecem. Eles não conseguem arrancar nenhuma informação dela. Ela é torturada. Ele fica desacordado. Começa o aclamado suspense negro, em um clima de desconfiança típica do pós - guerra, de detetives fracassados e oportunistas, corruptos impiedosos e mulheres sedutoras e ociosas. Fica a incógnita para Mike investigar e tirar algum proveito: Por que mataram Christina? O que de tão precioso ela sabia?
Mike Hammer é um detetive vivaz e sedutor de Los Angeles, que vive de investigar casos extraconjugais e obter benefícios financeiros com os divórcios alheios. Juntamente com sua amante e comparsa, a charmosa morena Velda (Maxine Cooper), eles obtém provas de adultério e demonstram, entre beijos e negócios, que foram feitos um para outro. Após acordar em um hospital, Mike tem a intuição de que mataram Christina por algo muito valioso. Começa a sua sina de herói noir, destemido e bruto, o que garante boas cenas da violência do gênero, na qual o detetive chega e coloca tudo para quebrar, sem nada a perder, desarmando valentões e dando socos certeiros. Mike ainda consegue os beijos e suspiros das mulheres que não resistem ao seu charme viril, entre elas a atriz Marian Carr, que interpreta a irmã de um bad guy. Além do mais, mortes misteriosas ocorrem à medida que o Mike avança na investigação e, como um excelente roteiro de inspiração noire, o expectador é envolvido em uma trama duvidosa e confusa, com um clima de pesadelo no qual qualquer um pode ser o bandido, até mesmo a mocinha ingênua e indefesa, de voz suave e cara de tolinha.
Embora a direção de Aldrich seja o que há de mais superior no longa, com a perspicácia de usar vários elementos clássicos do noir como detetives ambíguos e violentos, mulheres sensuais e duais, homens corruptos, jogo de sombras, baixa e contrastante iluminação, clima de paranóia e de pessimismo e câmera alta para ressaltar personagens fracos, o roteiro não fica atrás e é muito funcional para contar uma história do gênero policial, no qual heróis de carater duvidoso e arruinados ingressam em uma investigação após se envolverem com alguma bela femme fatale. Mike Hammer não entra na investigação pela justiça e sim para obter alguma vantagem. Nada o detem, mesmo que coloque em risco a vida de amigos e de sua amante. Tal característica do herói noir só reforça sua personalidade fraca e vulnerável, que reflete o fatalismo da época. O expectador percebe que Mike Hammer não tem profundas razões para seguir adiante em um caso que pode tirar-lhe a vida. A atuação de Meeker não é tão carismática e durona como a de um Bogart, porém reúne a experiência que ele teve em realizar papéis detetivescos e policiais.
A direção de Robert Aldrich coloca o A Morte Num Beijo como um clássico noir obrigatório em preto e branco e um de seus melhores filmes. Há um olhar preciso do cineasta em enquadrar os planos com o contraste da luz e sombra, como em uma cena na qual Velda e Mike estão conversando em um sofá e é visível a beleza do estilo visual noir, com as sombras dos personagens convivendo harmoniosamente com a de um abajur. O diretor usa a cineatografia noir a seu favor ao abusar dos recortes em partes dos corpos como os pés das vítimas e os sapatos dos bandidos, o que cria uma atmosfera misteriosa, que oculta rostos em desespero ou violentos e deixa o espectador mais tenso com tanto suspense e o que há por vir. O cineasta utiliza locações típicas do gênero como ambientes urbanos e obscuros, e lugares mais afastados, que vão desde bar e oficina de carros até uma estrada deserta e uma casa de praia. Também, há um exímio trabalho de movimento e posicionamento de câmeras, com ângulos visualmente expressivos, como por exemplo, as cenas de escadarias com Mike Hammer filmado em câmera alta e bem recortadas em um clima sombrio como se tivesse sendo observado por alguém. Enfim, mais uma ótima virtude do longa é manter o mistério até o fim, tudo guardado em uma sinistra caixa que promete um final explosivo.
4 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
Com roteiro de Abil Morgan e Steve McQueen , Shame é um drama britânico sobre Brandon Sullivan ( Michael Fassbender ), um bonito, bem suce...
Shame - 2011
Com roteiro de Abil Morgan e Steve McQueen, Shame é um drama britânico sobre Brandon Sullivan (Michael Fassbender), um bonito, bem sucedido e independente executivo, que mora sozinho em Nova York e é um viciado em sexo. Ele tem que lidar com conflitos pessoais quando sua irmã, a cantora Sissy (Carey Mulligan) decide ir morar com ele, tirando-lhe totalmente a privacidade, trazendo à tona o convívio invasivo pelo qual não está acostumado e que expõe o seu vício. Interpretado de forma madura e sedutora por Fassbender, Brandon é a personificação de um homem compulsivo por sexo, incapaz de desenvolver relações afetivas duradouras e ter autocontrole sobre a sua vida. O filme usa algumas fórmulas imagéticas comuns de sex addict como masturbação a qualquer hora, sexo virtual com garotas em websites pornôs, sexo casual pós baladinha em lugares públicos e durante o expediente de trabalho, computador pessoal impregnado de material erótico, revistas de mulheres nuas e vídeos, ida a inferninhos noturnos para desafogar a vontade por sexo, flertes escancarados nos quais "se come uma mulher com os olhos". Não há nada muito hardcore, pesadíssimo e obscuramente pornográfico no filme, a não ser o descontrole psicológico de Brandon, o que o torna um homem vazio, desprovido de relacionamentos profundos e com conversas muito rasas ou monossilábicas quando está com uma mulher. Ele é um solitário com um pênis sedento por gozo, fato que o torna um personagem complexo e problemático em um filme deliciosamente provocativo.
No geral, o filme é um primoroso e contemporâneo drama psicológico que bebe da fonte do vício em sexo. A edição sofisticada, a direção estilosa e o caratér erótico das cruas imagens criam um mundo urbano sedutor ao expectador, o mundo do insaciável Brandon, que se divide entre o refinamento e a pornografia; mas o filme não é só isso. Ele é um lúcido longa sobre a natureza humana e suas obscuras sombras, que são ocultadas e tidas como vergonhosas, mas que todos têm. Embora recheado de cenas excitantes com o bonitão Fassbender com nu frontal, colocando à mostra seu avantajado genital e com o tesão à flor da pele, a tendência é o filme provocar menos excitação e mais compaixão por Brandon. Sem dúvidas, é um drama muito moderno na sociedade, afinal, é intríseco ao ser humano ter alguma vergonha a ocultar, algum vício que traz consigo a pena de si mesmo, em um mundo que o prazer, urgente e perecível, é o analgésico das mazelas humanas.
Título: Shame
9 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
Darren Aronofksy dirige o beijo de Hugh Jackman e Rachel Weisz em A fonte da vida. Ele sabe dirigir bons beijadores! Beijar é bom demais,...
MaDame Loves: 10 Top Kisses - Beijos inesquecíveis do Cinema Moderno
Ele sabe dirigir bons beijadores!
9 - Natalie Portman e Mila Kunis
Cisne Negro (Black Swan)
"O beijo lésbico de Nina (Natalie) e (Lily) Mila em Cisne Negro não tem orientação sexual, por assim dizer. É incontrolável, sexy, intenso, excitante e deixa a plateia com vontade de ser voyeur repetidas vezes, independente de opções sexuais. Além da cena ser intensa, como uma atração explosiva que foi se desenvolvendo por duas beldades após uma balada louca, elas praticamente se pegam pra valer até o êxtase orgásmico e mostram o lado dual e obscuro de toda mulher."
9 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
"Algum dia você vai cair e chorar. E vai entender tudo. Todas as coisas" ( A árvore da vida)
A emblemática citação da semana: A árvore da vida (The tree of life) - 2011
0 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
5 comentários:
Caro (a) leitor(a)
Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.
Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.
No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.
Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.
Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière