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Disponível na Amazon Prime Video #Thrillerpsicológico #Horror  #Violência   Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e...

Fúria incontrolável (Unhiged, 2020)





Disponível na Amazon Prime Video


#Thrillerpsicológico #Horror  #Violência
 


Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação



O eterno gladiador Russell Crowe retorna à telinha de forma assustadora e perigosa como um homem comum, insano e furioso que, após uma discussão de trânsito, decide perseguir e aterrorizar Rachel Hunter (Caren Pistorius) e seu filho Kyle (Gabriel  Bateman). Os créditos iniciais já entregam um bom argumento e cenas documentais e antecipam o caos presente no cotidiano, no qual as pessoas externalizam suas intolerâncias e violências de toda natureza de forma gratuita, letal e sem sentido.







O personagem de Russell Crowe é como um estranho em um dia de fúria. O público não sabe seu passado, sua história, suas relações. Ele surge como uma pessoa qualquer no trânsito e uma buzinada é suficiente para revelar seu temperamento obsessivo e homicida.  Atrasada para o trabalho, Rachel enfrenta o trânsito insuportável como qualquer cidadão. O que ela não esperava é que uma discussão mudaria o seu dia com a presença de um real psicopata na traseira do seu carro em diferentes momentos. Muito mais do que um insuportável stalker, esse homem está disposto a matá-la.










É um filme interessantíssimo partindo desta analogia de como o trânsito desperta o pior das pessoas. Na verdade, o ritmo acelerado e caótico da vida contemporânea é apenas o estopim para revelar a verdadeira e maléfica essência do ser humano, deste modo, a situação retratada pelo diretor Derrick Borte é o meio para tornar visível que uma discussão aparentemente banal pode trazer desdobramentos aterrorizantes e danosas para os envolvidos. Situações como esta não ocorrem apenas no trânsito, mas estão em vários espaços e estampam os programas sensacionalistas. São discussões em bares, restaurantes, mercados, ruas, festas,  vizinhanças em geral. É como um vírus da intolerância que impacta vidas, colocando muitos em risco e como vítimas da violência.









Após a experiência com todo o horror deste filme, alguns podem vir a dizer: "Rachel só teve o azar de cruzar com um psicopata. Isso é somente um filme, não a  realidade".  Mero engano! O diferencial da narrativa é exatamente o exagero do roteiro e diretor. Algumas cenas são realmente dignas de exploitation, com situações bizarras e absurdamente imediatistas e violentas, como se o ser humano não fosse absolutamente nada. Porém, se analisarmos que é o que vem acontecendo no cotidiano, em maior ou menor grau, o filme utiliza recursos de forte exagero para reforçar que , infelizmente, a intolerância da sociedade e a banalização da vida  estão atingindo níveis severos de uma psicopatia social.







As cenas de perseguição em carros pelas ruas, a utilização do celular e as tomadas do psicopata com os amigos e/ou familiares de Rachel são recursos clássicos e garantem uma tensão constante, levando em conta que colocam forte pressão e culpa sob Rachel, continuamente alvo das chantagens e vinganças deste louco. Apesar do desfecho ter sido muito rápido, podendo ter sido trabalhado de forma mais cuidadosa, o longa apresenta boas atuações, fotografia e ritmo e é bem sustentado pela competência de Russell CroweCaren Pistorius.  




Disponível na Amazon Prime, Fúria Incontrolável possibilita uma reflexão necessária partindo da ideia de que a maioria da violência atual continua deixando mais pontos de interrogação do que de exclamação.  O que leva as pessoas a serem tão abusivas, violentas e vingativas? Seguramente, a intolerância por motivos torpes em situações banais nas quais poderia haver mais diálogo e entendimento é uma delas.






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Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.

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Saudações cinéfilas,

Cristiane Costa, MaDame Lumière

  Dicas  Streaming  MaDame Lumière  Filme da  @A2filmes  disponível nas plataformas online #Corrupção #Impunidade #Drama #Redenção   Por  Cr...

Teia de Corrupção (The Corrupted, 2019)

 



Dicas Streaming MaDame Lumière 

Filme da @A2filmes disponível nas plataformas online



#Corrupção #Impunidade #Drama #Redenção
 


Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação



Sam Claflin, galã do famoso drama romântico Como eu era antes de você (2016) chega mais uma vez às plataformas de streaming com um drama bem diferente do que vimos em seu charmoso Will Traynor. Em Teia de Corrupção (The Corrupted, 2019), ele interpreta Liam McDonagh, um ex-boxeador que após sair da condicional, tenta reconstruir sua vida ao lado da esposa Grace (Naomi Ackie) e filho. Ambientado em Londres, Liam reencontra seu irmão Sean (Joe Claflin), envolvido em uma trama criminal sob constante ameaça dos corruptos Cliff Cullen (Timothy Spall) e Anthony Hammond (Hugh Bonneville).








O drama combina a busca pela redenção com uma teia conspiratória que envolve criminosos, policiais e mídia. Liam tem a melhor das intenções para  ter uma nova chance apesar do distanciamento das pessoas e do cenário com raras boas perspectivas. Seu irmão continua por caminhos incertos e corruptos e sua esposa não acredita mais na relação. Com isso, Liam tem que lidar com um passado  que deixou marcas danosas como se ele não tivesse mais saída.




A ideia central não é original, entretanto, o roteiro busca ir guiando o espectador por uma teia que deixa os personagens sem escapatória e em um ambiente inseguro no qual poucas ou quase nenhuma pessoa é realmente confiável. É uma narrativa que não investe muito em plot twists surpreendentes, ainda assim, não deixa de desmascarar os principais corruptos. O protagonista permanece em um beco sem saída e, infelizmente, a impunidade continua devastadora. 








Muitos outros filmes abordam poder, conspiração, crime e impunidade, logo o que faz a diferença no longa é ter a oportunidade de ver Sam Claflin, um ator jovem, talentoso e elegante em um papel decadente, pouco expressivo. Liam desperta essa piedade durante a trama pois está realmente preso a esta teia. Por mais que deseje uma vida melhor, encontra difíceis obstáculos e tem que fazer uma escolha para sobreviver. Embora o ator se esforce e tem um carisma natural, falta ao longa uma melhor combinação de roteiro, direção e elenco coadjuvante.  Nem mesmo atores como Timothy Spall e Hugh Bonneville são bem aproveitados como vilões.




Outra questão que fragiliza a narrativa é a edição. O longa é extenso sem necessariamente aproveitar os conflitos de forma dinâmica e envolvente. Quando se trata de filmes conspiratórios, o suspense e tensão na sequência dos fatos devem ser mantidas como um contínuo acerto, porém aqui se perde um pouco.  Dessa forma, é um drama que teria condições de entregar um melhor resultado na experiência. As dimensões familiares foram pouco exploradas nos diálogos, considerando que os conflitos nestas relações costuma oferecer um bom material para a exploração em cena. 




Teia de Corrupção está disponível também com a tradução "Poder e Corrupção" e vale a pena para quem gosta de Sam Claflin em qualquer contexto. Outro ponto favorável é ser realista em um mundo cada vez mais corrupto.  Apesar do pessimismo, o filme não oculta a lamentável constatação de que a impunidade  afeta as individualidades e  o coletivo no mais doloroso dos silêncios.




(2,5)







Fotos: uma cortesia A2 filmes

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