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  Viola Davis multifuncional como presidente dos USA, mãe, esposa e ex-militar luta melhor do que muitos homens e diverte #Dicadestreaming #...

G20 (2025)

 


Viola Davis multifuncional como presidente dos USA, mãe, esposa e ex-militar luta melhor do que muitos homens e diverte

#Dicadestreaming #Ação #Blockbuster



Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação

 



Blockbusters não deveriam ser duramente criticados pois vão arrecadar e entreter de qualquer forma, dependendo de quem está no comando e canal. No caso de G20, novo filme com Viola Davis lançado esse mês na plataforma Prime Video operada pela gigante Amazon, não importa se foi um erro ou acerto, não estamos falando de qualquer pessoa e produto. Estamos diante de uma grandiosa atriz, muito estimada pelo público, além da Amazon, uma das love brands mais amadas e reconhecidas do mundo.





Viola Davis interpreta Danielle Sutton, presidente dos Estados Unidos, ex-militar, protetora da família. Bastante aberta a ajudar agricultores negros na economia, tem uma mentalidade progressista. Durante uma reunião com o G20 na África do Sul com líderes dos 20 países mais ricos e influentes na economia mundial, ela não esperava encontrar o vilão intruso e terrorista, Rutledge (Antony Starr), cuja ambição é o enriquecimento ilícito por meio de criptomoedas, deep web e caos do mercado financeiro. Ele invade a reunião, ameaça a cúpula poderosa, chantageia a todos e coloca em risco a família da presidente. O que vem a seguir é uma Viola Davis combativa e treinada para lutar e se divertir.






Anthony Derek faz o papel de Derek, esposo da presidente




G20 não tem o melhor roteiro em comparação a blockbusters de primeira grandeza, porém foi um bom negócio sob  a perspectiva de um Cinema comercial com mulheres na liderança e que serve ao entretenimento ligeiro em plataformas de streaming. Viola Davis é a estrela do início ao fim e muito do seu carisma e talento vem porque ela abre espaços para representatividade e visibilidade negras, algo que nunca foi tão simples em Hollywood e entre empresas poderosas do mundo. Além do mais, a diretora Patricia Riggen é Mexicana e sua origem é bem significativa em uma América que tem rejeitado os imigrantes e costumeiramente tem tensões históricas e fronteiriças entre Americanos e Mexicanos.







Marsai Martin e Christopher Farrar interpretam os filhos de Danielle Sutton




Conceitualmente há um discurso global de inclusão de pessoas negras como se fosse algo desejável e óbvio para as pessoas, mas não é. Há racismo estrutural na sociedade que não possibilita os lugares de privilégios e prestígio a todos os negros, logo, esses espaços tomados pela branquitude têm sido conquistados por negros aos poucos e as oportunidades devem ser criadas e incentivadas continuamente. Viola Davis conquistou espaços e segue desbravando as possibilidades, assim como tantos outros artistas negros que são valorizados na indústria de Cinema como Denzel Washington, Michael B Jordan, Lupita Nyong'o, entre outros. Assim, a questão não é se o filme foi bom ou ruim, mas G20 está alinhado aos objetivos de inclusão e diversidade que são coerentes a diferentes contextos e necessidades socioeconômicas. 






Viola Davis com ótimo preparo físico digno de uma heroína Badass




Colocar a Presidente dos Estados Unidos como uma lutadora estilo Bruce Willians ou Gerard Buttler é bem divertido e é nisso que mora a magia da diversão desencanada. Não vai agradar a todos mas, sem dúvidas, entretém bastante. Além de engraçado, o resultado de G20 só demonstrou que Viola Davis é versátil e capaz de se colocar em lugares ousados nos quais normalmente homens e/ou atrizes dentro de um padrão Jason Statham, Charlize Theron, Gal Gadot estão, ou seja, pessoas brancas e atléticas. Agora temos Viola Davis com seu bíceps bem tonificado e pronta para defender o povo e sua família.







Viola Davis e sua versatilidade, consciente  e ativa na representatividade negra



Além disso, levando em conta que, se uma pessoa quiser assistir a um filme Iraniano ou Norueguês, ela poderá encontrá-los em uma acervo de streamings. Com certeza há espaço para todos, inclusive para seguir a lógica do mercado das produções patrocinadas por plataformas online. Nesse cenário, os filmes são produtos que atendem ao portfólio do streaming e devem atrair assinaturas. É preciso chamar atenção, gerar conteúdos e curtidas. Já viu o emoji de joinha da Prime Video? É exatamente para ver se você gostou do filme, assim, o sistema armazena dados sobre o seu perfil de consumo e, como consequência, poderá te fazer melhores recomendações. 





Depois que a Marvel lançou Pantera Negra e a Sony Mulher Rei, o Cinema se tornou mais inclusivo com os super heróis e heroínas negras. Não se trata de militância como muitas más línguas dizem, mas a colheita de espaços, representatividade, visibilidade e construção de novas permanências, o que é justo e coerente com a participação ativa e talento do povo negro. Que venham mais Blockbusters com protagonistas negros e se Viola Davis estiver na produção executiva, melhor ainda.








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