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Invasão Zumbi 2: Península (Train to Busan presents: Peninsula, 2020)

 



Lançamento da @ParisFilmes em cartaz nos Cinemas





Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação





Continuação do excepcional Invasão Zumbi (Train to Busan, 2016), a versão Península é um filme completamente diferente do antecessor chegando ao status de trash, fato que pode provocar a rejeição de fãs mais aficionados e exigentes da franquia. Ao enfocar um mundo distópico que se assemelha à uma paisagem de vídeo game, Invasão Zumbi 2: Península se ocupa apenas em "inovar" a ação com agilidade gráfica e momentos cômicos e melodramáticos. Se o primeiro teve como destaque um mundo cotidiano palpável e humanista, capaz de expor naturalmente as vulnerabilidades dos personagens arrastados por uma violenta invasão de zumbis, o segundo longa traz zumbis sendo atropelados por carros e caminhões como se fosse um jogo virtual.





Com a mesma direção de Sang-ho Yeon,  a história tem um elenco grande que participa  ativamente em várias cenas, ainda assim, conta com o protagonismo do ex-soldado Jun-Seok (Dong-Won Gang). Ele consegue escapar da Península após a invasão dos zumbis e retornar a Hong Kong. Entretanto, sendo um dos raros sobreviventes que não foram atingidos pelo vírus, ele é ignorado pela população local, fica deslocado e consumido pela culpa. Recebe a proposta para retornar à Península a fim de encontrar um caminhão com muito dinheiro. Além dos riscos de retornar à uma terra destruída e habitada por mortos-vivos, Jun-Seok conhecerá um grupo de sobreviventes na Península.





A tentativa de criar um novo mundo com uma representação visual distópica, futurista e ficcional não deixa de ser interessante. Na seara dos blockbusters de ação isso continuará acontecendo com frequência pois, claramente, há uma cobrança, seja do diretor, seja dos produtores e investidores, de que é possível trazer algo novo, divertido e ágil ao público como um grande espetáculo visual. Aqui, eles assumiram o risco de mudar consideravelmente o pano de fundo da franquia. Os zumbis permanecem, agora como um estranho formigueiro que mal dá pra ver seus rostos devido aos efeitos da tecnologia audiovisual. Entram outros personagens nos conflitos que agem entre a violência e a esperança, entre o trágico, o cômico e o afetivo.










Os personagens são lançados à exposição aos zumbis com o desafio de contar uns com os outros para saírem da ilha. A relação entre eles se dá em um contínuo clima de desconfiança, dessa forma, é difícil se apegar a algum personagem de forma carismática e envolvente. Isso se dá porque o diretor apela para o sentimentalismo no lugar de emoções mais espontâneas, como por exemplo, colocar uma criança chorando ao extremo em câmera lenta, utilizando o sofrimento como caricato e tragicômico gratuito.






Logo, o resultado fica bem aquém de sustentar a qualidade do primeiro. Evidentemente, isso é frustrante porque esse é o tipo de franquia que tinha alto potencial de entretenimento e culto cinéfilo. O interesse em "inovar" desconsiderou a força e aprendizados do sucesso de seu antecessor. Além do mais, nem mesmo a permanência de um círculo familiar no roteiro foi bem aproveitado nos conflitos. Colocaram uma criança (Ye-Won Lee), uma adolescente (Lee Re), uma mãe (Jun-Hyun Lee) e um avô (Hae-Hyo Kwon) que são bem unidos, porém, essa união não se converte em cenas dramaturgicamente verdadeiras. O resultado demonstra que nem parece que se trata do mesmo diretor dos atores.










É óbvio que não há problemas em inovar em uma continuação contanto que se preserve o que a franquia tem de melhor. O problema de Península não se dá apenas na direção mas pelo roteiro frágil em virtude da falta de melhor desenvolvimento dos conflitos e personagens. Ademais, outra de suas maiores fragilidades é usar um sentimentalismo que não seria necessário se as emoções ligadas à morte, à luta pela sobrevivência e a perdas não fossem encaradas de maneira forçada para preencher fragilidades do roteiro e direção.










Essa é uma sequência para não ter altas expectativas em relação ao primeiro filme. São dois produtos culturais bem diferentes do Cinema Blockbuster da Coréia do Sul. Assim, vale a pena usufruí-la apenas pela diversão desencanada, sem exigir que eles se equiparem e sem buscar muitas razões do porquê  uma continuação desceu tanto na qualidade em uma franquia promissora. Há coisas que acontecem nas sequências de filmes que são fora de nossa humilde compreensão já que nenhum lucro justifica desconsiderar melhor nível de qualidade cinematográfica.






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Trilha Sonora da Cidade (2020)

 



Lançamento disponível na plataforma Edit TV





Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação





Lançado em 25 de Novembro na plataforma Edit TVTrilha sonora da cidade (2020), documentário de Edu e Gab Felistoque, resulta em uma bela homenagem aos músicos e artistas de rua. Ambientado em São Paulo, o longa-metragem rompe a barreira do culto ao show business alimentado pelo establisment na elite cultural e traz à cena a potência da música que nasce de outras narrativas urbanas, subjetivas e sociais em espaços públicos.












Com uma excelente montagem e uma condução ampla e exemplar das entrevistas, o documentário dá voz aos que não precisam estar em um palco alto para mostrar a cultura do Brasil e suas múltiplas linguagens em uma das maiores metrópoles do mundo. Os documentaristas entrevistam vários músicos, para citar alguns:  Teko Porã, Grande Grupo Viajante, Lamppi e Lilian Jardim que, como cidadãos e artistas autênticos, têm o direito ao trabalho, à liberdade de expressão e a difusão da cultura. 










Neste sentido, como é compor suas próprias letras e realizar performances nas ruas e metrô? Como é montar o som em uma esquina ou praça e lidar com os desafios do cotidiano para quem vive de Arte? Quais são as reações relacionadas à recepção do público? Quais são as experiências de artistas cheios de conhecimento, sonhos e sensibilidade? O documentário é completo nesta valorização de vozes artísticas.









"Todos têm um estilo próprio, músicas autorais, vão para a rua com suas composições e ali entendem a recepção do público. São cabeças e pensamentos distintos. Alguns passam propostas ideológicas, outros estão ali porque curtem a ideia de se apresentar na rua”, reflete Edu sobre os personagens de seu filme."






O principal mérito do filme está inserido no próprio título da obra: trilha sonora da cidade. É sobre ocupar a cidade com música e arte, com poesia e existência. Ocupar São Paulo e tantas outras cidades do país é um ato de resistência e um direito do cidadão. É permitir-se interagir com os espaços públicos e as pessoas e aceitar o outro como um semelhante mesmo em suas diferenças. É escolher seguir um caminho diferente do mainstream e da banalização musical.












Com locações na Avenida Paulista, Metrô Vila Madalena, Praças Roosevelt e Antonio Prado, Avenida Faria Lima, Paraisópolis, além das tomadas internas nos espaços intimistas dos músicos, os cineastas realizam um documentário agradável e envolvente, como um bom bate papo com um copo de cerveja em um boteco no Centro da Cidade. Aqui, o espectador como o da rua, pode deixar de lado a massiva celebração da indústria cultural de consumo e as viciantes diversões em You Tubes, Spotify e Deezer e passa a ouvir as histórias construídas por amor à Música.











Dentre estas virtudes, a direção coopera muito para valorizar estas vozes pois é fluída, espontânea, mediadora. Sem egos e frescuras. Há o direito à palavra e à canção. Na experiência como Cinema, fascina a coragem e resiliência dos músicos em ocupar a cidade com sua música em um país que nem sempre valoriza ótimos artistas como eles na forma que merecem, porém, não há vitimismo. O que há é o direito de ser, existir e trabalhar fazendo o que se gosta. Verdadeiramente, estes artistas de rua confiam na recepção do povo.





O mais bonito no documentário é perceber que o artista de rua possibilita uma reflexão sobre a horizontalidade das relações humanas e o que efetivamente consumimos como cultura Brasileira. É um filme de escuta no qual o espectador é convidado a ouvir estes artistas, suas histórias e percepções sobre música e experiência. Através deles, a interação é legítima, afetiva, igualitária. O público não precisa deixar de idolatrar deuses vaidosos em palcos high tech, mas  é preciso valorizar a boa música onde quer que ela esteja. Muitas vezes, ela está no espaço mais improvável, em ambientes  aconchegantes ou abertos, livres. 





Assim, entre os sofisticados e modernos prédios, o agito dos vagões de trem e metrôs e a simplicidade das pracinhas tradicionais, em algum cantinho ou esquina, sem estes músicos de rua, a cidade  seria cinza e triste demais.









Fotos e citação do diretor, uma cortesia Assessoria de imprensa.

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O Caso Collini (The Collini Case, 2019)




 

Lançamento da @A2filmes nos Cinemas





Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação





Como equilibrar a percepção pessoal de justiça e a lei e suas lacunas teóricas, práticas e históricas na balança do Direito? Como lidar com as dimensões individuais, coletivas e afetivas e a busca por justiça? Como julgar um homem cuja vida e tragédia familiar foram impactadas por crimes de guerra ocultos e silenciados ao longo dos anos? Estas são questões que fazem parte da experiência com o drama Alemão O Caso Collini (The Collini Case, 2019), baseado no romance de Ferdinand von Schirach e com direção de Marco Kreuzpaintner.











Narrado com um híbrido roteiro que mistura drama de tribunal, suspense e crime, o longa-metragem traz ator Elyas M'Barek no papel do jovem advogado Caspar Leinen. Recém formado e sem experiência com júri, ele é nomeado como defensor do Sr. Fabrizio Collini (Franco Nero), um senhor Italiano que comete o assassinato de Hans Meyer (Manfred Zapatka), um bilionário industrial respeitado pela sociedade. Coincidência ou não, Sr. Meyer foi uma referência paterna na vida de Caspar Leinen, além do advogado  ter tido Johanna (Alexandra Maria Lara), neta do falecido, como namorada de infância.












Neste polêmico contexto, a narrativa se constrói pela ética do advogado em separar suas experiências afetivas da responsabilidade como defensor, ainda que ele se aproveite das suas memórias da infância e juventude. No campo ficcional, esta história funciona bem melhor do que na prática porque, por uma questão de conflitos de interesse, dificilmente um advogado conseguiria separar as emoções da razão e/ou se colocar contra uma família que, em parte, também é sua.







"O fato de termos provado com este filme que mesmo um drama judicial referente a um caso histórico pode ainda funcionar no cinema se for devidamente produzido, encenado e com um elenco de destaque é o que me faz mais feliz”, diz o cineasta, para deixar tudo bem claro. “Talvez isso dê esperança a todos aqueles que, de outra forma, tenderiam a ser pessimistas sobre o futuro da indústria”.






Ainda assim, a atuação de Elyas M'Barek  agrega valor à narrativa por ele se posicionar de forma humanista, humilde e profissional. Há um enfrentamento sutil do advogado defensor levando em conta que ele não é apego a violências cotidianas para vencer o caso, logo, age com foco, pesquisa e observação, solicitando a ajuda de outras pessoas, quando necessário, e seguindo uma linha investigativa que explora a memória para resgatar detalhes históricos. Não é vaidoso como seu oponente Richard Mattinger (Heiner Lauterbach) que pensa que, vencer vários casos, dá uma posição de poder e sucesso a qualquer custo.












Ao último ato é reservado o plot twist e a grande mise en scène jurídica, nos quais é possível refletir melhor sobre as perguntas iniciais expressas nesta crítica. Muito além do "jurídiquês" importa mais observar como as dimensões individuais e coletivas atravessam a memória e a História afetando sujeitos e sociedades no  tempo presente, e como a busca por justiça deve ser o fio condutor independente dos contextos e suas opressões.










Fotos e citação do diretor via press book oficial do filme. Uma cortesia A2filmes.

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  Lançamento Blockbuster @WarnerBrosPictures Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação Seg...

Convenção das Bruxas (The Witches, 2020)

 



Lançamento Blockbuster @WarnerBrosPictures





Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação





Seguindo uma lógica contemporânea, fantasiosa e emotiva, o novo blockbuster distribuído pela Warner, Convenção das Bruxas (The Witches, 2020) dirigido por Robert Zemeckis,  apresenta uma terna história que conquista mais pela graciosidade entre neto e vovó do que propriamente pela atuação das bruxas. Neste sentido, o lançamento perde em efeito sombrio, mas ganha em uma diversão leve e agradável para toda a família.










Baseado no livro de Roald Dahl, o roteiro tem uma participação especial: Guillermo del Toro que, mais uma vez, vem a somar na linha tênue entre a realidade e a fantasia, o sombrio e o luminoso. Ao lado do cineasta e de Kenya Barris (da série"Black-ish"), Del Toro agregou um toque contemporâneo, principalmente, sob a perspectiva de uma fantasia que percorre o imaginário coletivo e ficcional, entrelaçando as fronteiras entre os afetos e o horror. Zemeckis consolida sua habilidade em contar histórias imaginativas nas quais o mundo adulto e infanto-juvenil se cruzam com perigo, aventura e diversão.






“eu acho que Convenção das Bruxas é um dos melhores livros do autor britânico, se não o melhor, e é por isso que eu estava muito interessado no projeto. As bruxas são diabolicamente deliciosas. Elas são más, não se arrependem jamais. Elas querem livrar o mundo das crianças. Me parece uma ideia maravilhosamente subversiva para uma história infantil”, diz Zemeckis.










A história é centrada na tradição literária de que as bruxas são más e não gostam de crianças. Se a criançada está vulnerável, estas bruxas têm mais forças para atacá-las, oferecer-lhes doces envenenados e transformá-las em ratinhos. A partir deste aspecto narrativo que alimenta o medo, o roteiro mostra o personagem central, o garoto herói (Jahzir Bruno) que ao ficar órfão após o acidente dos pais, vai morar com a vovó (Octavia Spencer). Desconfiada de que há bruxas por perto que podem colocar a segurança do neto em risco, a vovó se hospeda em um hotel. O que eles não imaginavam era que estavam no local da Convenção das Bruxas.






Como a Grande Rainha Bruxa, Anne Hathaway performa o charme, o exagero e a crueldade em pessoa. Nos últimos anos, a atriz tem mostrado atuações bastante expressivas no excesso, tanto na dimensão física/ corporal como na caricatura de personagens excêntricos  como em "Alice através do espelho" e "As trapaceiras", o que lhe caem bem. Como bruxa, sua atuação não tem um resultado cômico extraordinário porque está no limite do exagero (já esperado para o personagem), porém, ela encarna muito bem a combinação da elegância com o grotesco e cria uma dúbia e estranha tensão entre a mulher poderosa e má e a bruxa infeliz e ridícula.











Há algo bem solar no longa resultante do talento do cineasta e equipe, além do mérito de um roteiro objetivo que, ainda, mantem a ternura e a leveza para o público infantil. Mesmo em meio à frieza das bruxas, além dos ratinhos divertidos e simpático, o sol (e a estrela) deste live-action é Octavia Spencer. Que atriz fascinante! Ela reproduz a gentileza e proteção da família. Inteiramente, ela se estabelece como a personificação da gentileza humana com as crianças e os animais. Não é uma senhora "careta", pelo contrário, apresenta uma transparência no ser e no agir que combina bem com a delicadeza da relação neto-avó, entre o cuidado e a severidade. 






“Ela tem que preparar seu neto para a vida, porque sabe que a vida não será fácil para ele dali para frente. Então, ela lhe oferece um amor às vezes rígido, mas também um ombro macio quando ele precisa de um. E eu gosto desse equilíbrio. Gosto de como Kenya e Bob criaram a personagem da Vovó. Ela é engraçada, amorosa, mas também é severa quando precisa. É uma força da natureza”, explica a atriz.






Descendente de uma tradição espirituosa, a vovó é a anciã sábia e contadora de histórias para o neto. Ela é a senhora que preserva o conhecimento e o passa adiante, que sabe sobre os antigos rituais de cura, é a ancestral das ervas medicinais, das poções e remédios caseiros. Logo, a atriz reproduz esse lado afetivo da força do bem, das vovós que representam o alicerce do amor,  dialogam com os netinhos e entram nas brincadeiras. Mesmo quando o bem não pode vencer o mal através de uma magia imediata, é a humanidade da vovó que possibilita ajudar o neto e os outros ratinhos.










Sob a perspectiva da literatura infanto-juvenil e da tradição narrativa, uma boa decisão a respeito do roteiro é a transmissão da contação de histórias ao longo dos séculos e a importância das memórias afetivas e fantasiosas da infância, principalmente, na relação da criança com outros contadores de histórias como uma mãe, um pai, avós ou professor(a). Neste sentido, a história é narrada por Chris Rock, que interpreta o garoto herói já maduro. Ele conta a experiência da infância, algo que foi vivenciado com sua vovó. Apesar dos perigos vividos, a imaginação da criança mistura realidade com ficção e resgata os momentos de afetos e aventuras com os familiares e amigos.





Com um roteiro que não pesa na experiência, Convenção das Bruxas é mais uma vitória contra as bruxas más. É um divertido levante das crianças, vovós e ratinhos contra as megeras do que propriamente um filme protagonizado por bruxas. Nisto está sua melhor performance!









Fotos e citações do diretor e de Octavia Spencer, via press book para imprensa credenciada Warner Bros Pictures. Reprodução. 

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Cristiane Costa, MaDame Lumière

  MaDame Lumière agradece a todos os leitores que  acompanharam a Mostra SP no blog.  Até a próxima! Viva o Cinema!    www.mostra.org #mostr...

Mostra SP 2020| Valentina (2020)

 



MaDame Lumière agradece a todos os leitores que 

acompanharam a Mostra SP no blog. 

Até a próxima! Viva o Cinema! 



#mostrasp #44ªmostra #44mostra #EuvinaMostra #MostraPlay






Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação





A invisibilidade de pessoas trans nos espaços privados e públicos como escolas, empresas e instituições é um reflexo do desconhecimento e preconceitos enraizados na sociedade com relação à diversidade de gênero. Abordar esta questão requer engajamento na causa, mas também bastante sensibilidade e estudos transversais considerando que a exclusão deste grupo faz parte de uma construção social conservadora e patriarcal no Brasil que leva muitos cidadãos a uma ignorância latente. Neste sentido, o Cinema é uma das mais poderosas e libertárias linguagens que melhor podem promover o debate democrático para a visibilidade da comunidade LGBTQ+.








Valentina ganhou o prêmio de melhor ficção nacional da Mostra SP 2020






Valentina, primeiro longa-metragem do cineasta Mineiro Cássio Pereira dos Santos, surge como uma realista história sobre Valentina (Thiessa Woinbackk), jovem trans que se estabelece, com a mãe  Márcia (Guta Stresser), em uma cidade do interior de Minas Gerais após mais uma mudança de residência. Ao chegar à cidade, faz novos amigos na escola, porém, para finalizar a matrícula, precisa da assinatura do pai ausente, Renato (Rômulo Braga). Além do desafio de se matricular com o nome social, Valentina enfrenta dificuldades e dilemas e, com esperança e coragem, ela confronta o preconceito de parte dos habitantes.







O cineasta e roteirista Cássio Pereira dos Santos realizou um filme de profunda delicadeza e realismo que, na autenticidade de Valentina, extravasa uma força fenomenal de autoaceitação,valor e combate. Premiada com o grande prêmio de melhor interpretação na première mundial do filme em Outfest Los Angeles e com menção honrosa na 44ª Mostra SP, Thiessa Woinbackk performa uma Valentina com forte nobreza de ser, exuberante em toda a verdade na tela, tanto quando se volta para si como também para o outro. Visivelmente, com este belo trabalho, a atriz e influencier digital  destaca-se como uma das promissoras potências jovens no Cinema Brasileiro.








Na trilha sonora, destaque para a linda música original "Eu nasci ali", da cantora, compositora e produtora musical Xan, com banda Tuyo.








Valentina é resultado de um coeso trabalho de direção, roteiro, elenco , trilha sonora e  temática que, claramente, evidencia uma qualidade acima da média para abordar a realidade trans no país. Não é fácil realizá-lo porque exige um "tom narrativo" ideal para dirigir-se à audiência com sensibilidade e racionalidade, e também, respeitar o público trans de forma legítima e realista. Este equilíbrio narrativo é preciso em um cenário social que, em vários momentos, os cidadãos não querem dialogar e refletir sobre diferentes sujeitos, realidades e vivências. Com primor, o cineasta e equipe conseguem mostrar um sincero retrato social sobre uma jovem trans.






Assim, há várias virtudes na narrativa que são questões cotidianas que fazem parte dos enfrentamentos de pessoas trans como Valentina. Filmado em Estrela do Sul (MG) e Uberlândia (MG), as mudanças geográficas mostram que o real encontro do lar é um desafio que traz muita angústia, em especial, quando se vive em cidades pequenas com habitantes mais conservadores. Diferente das grandes cidades, com populações mais dispersas nos territórios, nas quais existem os preconceitos bem escancarados, em cidades do interior é natural todos se conhecerem e as notícias se espalharem rapidamente atingindo a privacidade e liberdades das pessoas. Desse modo, Valentina, que ainda está aprendendo a lidar consigo e sua intimidade, está vulnerável a encontrar pessoas moralistas e hipócritas que partem para a ignorância e o preconceito.






Outra virtude presente é o direito à Educação e Cidadania, bem articulado com os dilemas da personagem e as realidades da escola. Os desafios de acesso e permanência no território escolar começam a aparecer nas interações de Valentina e sua mãe e outros personagens. A ausência do pai revela-se como uma triste realidade no campo dos afetos da garota, levando à reflexão do porquê esse pai é ausente. Ele não a ama verdadeiramente? Ele tem vergonha de sua filha? Ele vai aparecer para matriculá-la com o nome social? Ele estará ao lado dela quando ela precisar? São perguntas nevrálgicas durante a experiência ficcional pois expressam a complexidade das relações familiares e afetivas nas vidas de pessoas trans, principalmente no que se refere à aceitação da família.






Seguindo essa perspectiva dos relacionamentos de Valentina, na escola ela encontra o acolhimento de alguns amigos incríveis como Amanda (Letícia Franco) e Julio (Ronaldo Bonafro) mas também intolerância de jovens como Marco (Pedro Diniz) e Lauro (João Gott). Eles são o reflexo da humanidade que, ou podem acolher ou rejeitar; ou apoiar ou ameaçar; ou representar algum alicerce ou agir com violência. Esse excelente elenco jovem entrega interpretações críveis e harmônicas, expressando também a qualidade do casting e direção de atores.








Parte do exito do roteiro é incorporar a escola na história por três principais razões: a escola é um território de socialização da criança e jovem e uma das primeiras referências de formação e convívio social; a escola é um território ambíguo pois representa acolhimento e pertencimento assim como é o espaço social nos quais ocorrem violências múltiplas como bullying, intolerâncias individuais e de grupos e evasão escolar; a escola é um território de disputa para o acesso e garantia de direitos e esperança para um futuro mais cidadão, coletivo e inclusivo.







Desta forma, a escola em Valentina não é só o espaço de conquista para uma matrícula com nome social e vindouros estudos, mas é um espaço de acesso e permanência de direitos para trans. Talvez muitos cidadãos não saibam, mas há depoimentos de especialistas em Educação e Gênero e pessoas da comunidade LGBTQ+ que relatam que muitas pessoas trans não conseguem seguir nos estudos porque o território escolar se manifesta como uma ameaça  e/ou contínuo dano, provocando, até mesmo, traumas psicológicos nesta população. Preconceitos são manifestados em outros estudantes, suas famílias e comunidade que dificultam essa convivência e inclusão. 









Com isso, Valentina é um filme nacional essencial, cheio de frescor, esperança e resistência, para o debate nos espaços escolares e não escolares. É claro que muitas das pautas da comunidade LGBTQ+ estão avançando, ainda assim, muito deve ser feito para a luta por direitos, justiça e respeito. Para qualquer espectador(a), estar aberto (a) a assistir ao filme já é meio caminho andado para a sensibilização, podendo observar como surgem as dificuldades para as pessoas trans e por que as identidades, liberdades e direitos individuais têm que ser respeitados pelo coletivo.














Finalmente, os maiores presentes de Valentina é a aceitação, o afeto e a esperança como a melhor forma de resistência. Mesmo que algumas cenas sejam difíceis porque trazem muito da dor de uma pessoa trans, é uma história amorosa por causa das interações entre Valentina, Dona Marcia, Amanda e Julio. Esses quatro personagens são de uma gentileza extraordinária, uma simplicidade e leveza gostosas de ver. Eles são uma expressão genuína do amor e do respeito a pessoas trans.









Fotos: uma cortesia Reprodução Mostra SP, via Assessoria de imprensa Genco. Crédito: Leonardo Feliciano

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  Repescagem Mostra SP - 05 a 08 de Novembro   www.mostra.org #mostrasp #44ªmostra #44mostra #EuvinaMostra #MostraPlay Acompanhe o MaDame Lu...

Mostra 2020 SP| Não há mal algum (There is no Evil, 2020)

 




Repescagem Mostra SP - 05 a 08 de Novembro



#mostrasp #44ªmostra #44mostra #EuvinaMostra #MostraPlay


Acompanhe o MaDame Lumière para saber mais sobre os filmes

Viva à permanência da Mostra SP em 2020!






Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




Vencedor do Urso de Ouro e do Prêmio do Júri Ecumênico do Festival de Berlim, Não há mal algum (There is no Evil, 2020) é um longa-metragem composto por quatro histórias profundamente dramáticas e humanizadas que mesclam escolhas morais e a pena de morte. Dirigido pelo cineasta Iraniano Mohammad Rasoulof, é narrado como 4 contos cujos personagens centrais, a partir de determinado momento, são obrigados a apertar o botão ou o gatilho para assassinar condenados. Alguns o fazem, outros não. Com isso, a narrativa mostra as fronteiras entre a moralidade e a liberdade em um regime totalitário como o do Irã.







Mohammad Rasoulouf é um diretor polêmico que, dada a sua formação sociológica e o seu posicionamento militante, continua sendo perseguido pelas autoridades do país, logo, aos olhos do governo, ele é uma pessoa non grata. Em seu trabalho cinematográfico, ele dribla a censura e, além da denúncia vazada em Não há mal algum, o cineasta se ocupa de enfocar a humanidade em um contexto de violência e repressão. Os personagens são afetados pelo autoritarismo e mando do governo, ora aprisionados pelo tirânico Estado e acatando suas ordens para a própria sobrevivência, ora se rebelando e escapando como um ato de resistência. 






O cineasta realiza um formidável trabalho de direção de atores, considerando que, em um período médio por história, ele explora a densidade dramatúrgica dos personagens centrais, com excelente apoio dos coadjuvantes. Todos estão ali bem articulados com a mise en scène e cumprem uma função importante nas interações com o protagonista, tanto sob a perspectiva do cotidiano familiar ou dos relacionamentos quanto levando em conta as influências autoritárias do regime.












Na primeira história "Não há mal algum", uma das melhores no roteiro e execução narrativa,  Heshmat (Ehsan Mirhosseini) é um exímio pai de família e filho. É  atencioso com a esposa e a filha,  dedicado e sistemático com as responsabilidades cotidianas, realiza as atividades externas e domésticas com disciplina e ajuda a cuidar da mãe idosa. Na aparência, um cidadão comum como qualquer pessoa, entretanto, ele tem um papel importante na aplicação da pena de morte. Neste sentido, essa história é uma das mais complexas considerando a diferença entre o viver com a família e seus afetos e o executar ordens na prisão. É perceptível sua angústia e silêncio, mas também a adaptação a uma difícil função social.












Na segunda história "Ela disse: Você consegue",  a narrativa se dá com uma ação violenta mais impulsiva na qual o protagonista corre riscos na prisão. Agrega-se  aqui uma problemática relevante relacionada ao jovem do Irã, que é obrigado a cumprir o serviço militar para, depois, ter alguns outros direitos como trabalhar e ter um passaporte. Pouya (Kaveh Ahangar), com  seus sonhos de viajar com a namorada e ser livre para aproveitar a sua juventude, não quer ser um assassino do governo. Agir a esta imposição é ferir seus valores e vontade. Esse fragmento coloca o protagonista em uma situação emocional de intenso stress a fim de escapar da ordem de matar outra pessoa. Transtornado, ele  é capaz de enfrentar o sistema sem medir as consequências dos seus atos.













Na terceira história "Aniversário", o cineasta continua o desenvolvimento de personagens jovens cujos destinos são impactados por ações relacionadas à pena de morte. Javad (Mohammad Valizadegan) recebe uma folga para encontrar a amada e propor um noivado à família. Lamentavelmente a família está em luto. E o que ele tem a ver com essa triste perda?  Assim o cineasta prepara terreno para o choque ( e tragédia  de Javad). Trata-se de um plot twist trágico, corroborando que esta é uma história bem dolorosa que mostra o quão expostas as vidas das juventudes  estão em um país totalitário. Em algum ponto de encontro, daqueles bem destrutivos, o infortúnio surge e inviabiliza a continuidade de um plano de felicidade.











A última história "Beije-me" é resultante de 20 anos de silêncio que impactam a relação entre pai e filha e o exercício de uma profissão que a muitos salvaria. Destaca-se aqui a improvável convivência familiar diante das decisões tomadas a aceitar ou não as condições da pena de morte, decisões que mudaram a trajetória de Bahram  (Mohammad Seddighimehr). Infelizmente, vidas são separadas e vozes silenciadas, para assegurar a própria proteção de entes queridos.  É interessante notar, mais uma vez, que as dimensões individuais se fundem com o contexto social, as realidades repressoras e suas ameaças às liberdades. Como sempre, há consequências nos quais o tempo perdido não é resgatado, levando a um conflito que ainda ecoa nas relações familiares.






Na construção narrativa, a primeira e a terceira histórias agregam bastante qualidade ao longa pois têm dramas melhor estruturados e excelente desenvolvimento dos personagens e da decupagem, assim, explorando bem elenco de apoio, as cenas e a dramaturgia das interações. Na execução como um todo, a primeira história chama a atenção pelo elemento surpresa, criando uma crível oposição entre a apresentação do personagem Heshmat e o que ocorre no desfecho. Ademais, falta no filme uma personagem central feminina. Ainda que, o ambiente prisional é masculino e que as coadjuvantes femininas das histórias 3 e 4 sejam importantes para compor o drama, teria sido positivo observar uma ênfase maior em alguma mulher já que as relações familiares e/ou interpessoais são a matéria humana diretamente impactada pelo regime opressor.







Por fim, o imensurável valor do filme é a competência do cineasta em manter a integração temática da pena de morte com o impacto desse controverso assunto nas vidas dos sujeitos. Ninguém escapa ao autoritarismo do Irã, mas há espaço para a liberdade, ainda que isso implique aceitar as tragédias pessoais e incertezas. Por esse motivo, todas as histórias são dilacerantes. Cada personagem foi atingido diretamente em sua liberdade de ser e decidir em situações de muita pressão. A diferença é como eles reagem em decisões que estão relacionadas a sobreviver ou resistir. O preço é alto, todavia, cabe a cada um exercer sua liberdade como um direito inexorável.









Fotos: uma cortesia reprodução Mostra SP . Imprensa credenciada.

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