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Por  Cristiane Costa ,  Editora e crítica de Cinema  MaDame Lumière  e Especialista em Comunicação   Se há uma estratégia comerc...

Baywatch: S.O.S Malibu





Por Cristiane Costa,  Editora e crítica de Cinema MaDame Lumière e Especialista em Comunicação 



Se há uma estratégia comercial recorrente nas mentes dos grandes produtores executivos nos EUA, ela atende pelo nome de "vamos fazer com o limão uma deliciosa limonada e vendê-la como água". Para isso, a maioria deles recorre a um elemento de apelo essencial para a memória audiovisual e atração do público: a nostalgia por algo que marcou uma época.

A nostalgia chegou como o vento leve de uma brisa marítima:   "Baywatch: S.O.S Malibu", inspirado na icônica série de TV  dos anos 90 encabeçada por David Hassellhoff é a comédia que traz uma diversão despretensiosa. Com direção de Seth Gordon ("Quero matar meu chefe"), o blockbuster é estrelado por Rocky Johnson, que interpreta o salva vidas Mitch Buchannon, e Zac Efron como Matt Brody, um arrogante nadador que é recrutado para compor o novo time de salva vidas. Mesmo com as desavenças, eles têm o desafio de desmascarar uma organização criminosa liderada pela bela Victoria Leeds (Priyanka Chopra).





Criada como uma comédia de ação, Baywatch tem como chamariz o carisma e o vigor de "Rocky", que tem experiência em cenas que exigem maior força física e bom humor. Bronzeado, com  músculos ressaltados e um sorriso que estabelece confiança como os frequentadores da praia ( e também com o público), o ator foi uma boa escolha para o papel exatamente porque tem um jeito (e corpo) protetor. É como pensar: "A praia está bem protegida com um cara forte e legal como ele".





Por outro lado, Zac Efron é bastante descartável em cena por uma razão bem simples: não sabe atuar bem. Por incrível que pareça, é incompreensível o porquê que ele é ainda escalado para comédias, mesmo com toda a sua popularidade. Devido à exagerada malhação, sua beleza está cada dia mais artificial e isso fica evidente em cena. Para piorar a situação, seu personagem tem um ego gigante que, felizmente, tende a melhorar entre o segundo e terceiro atos.





No time de beldades,  além de Chopra, que  interpretou a vilã de uma forma caricata , a típica vilã que não se pode levar a sério, entram em cena Alexandra Daddario, que trabalhou com Rocky em "Terremoto - a falha de San Andreas", Kelly Rohrbach, insuportavelmente exuberante  e Ilfenesh Hadera, que entra muda e sai mais calada. Como um dos apelos da série, todas elas são como representações de Pamela Anderson com seu maiô vermelho e cavado. O filme explora seus belos corpos e coragem e não coloca tanto o foco na inteligência feminina, fato que deixa bastante a desejar e reforça os estereotipos machistas presentes nestes tipos de produções americanas.




Baywatch tem boa produção e fotografia; dos clássicos movimentos em câmera lenta ao uso de uma palheta das cores que tornam esta praia um lugar especial que Mitch tem como lar e que nunca a abandonaria, todo o desempenho visual está focado em mostrar essa beleza  praieira, heróis e heroínas do mar e da terra, fortes e corajosos. Como pró, a comédia se sustenta da amizade desse grupo de salva vidas e sua missão em proteger a praia. Este  é o caldo que ainda é possível tirar desse limão além de dar umas boas risadas com o humor de Jon Bass.






Ficha técnica no ImdB Baywatch: S.O.S. Malibu

Fotos: uma cortesia Paramount pictures

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