No geral, o filme é bem realizado ao contar um história simples e que tem um pano de fundo da História da América. É claro que houve uma lacuna qualitativa ao tentar equilibrar o seu conteúdo familiar e afetivo com interesses alheios corruptos e violentos, com idílio, ação e suspense, tudo misturado, porém o longa vence pelas atuações e deve ser valorizado mais pelo elenco e pela reflexão sobre a violência. Ao mesmo tempo que traz um elemento biográfico muito específico e o gênero gângster reinventado, ele está muito coerente com o background de filmes que fazem a diferença ao expor nuances do legado do interior rústico Americano e seus dramas familiares, de natureza violenta, tais como Inverno da Alma, de Debra Granik, e Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson. Os filmes anteriores de Hillcoat, com A Proposta e A Estrada tem a fotografia e a direção de Arte bem apoiadas em construir naturalmente um retrato de ambientações longíquas, idílicas e hostis. Além do mais, o longa tem um registro interessante no legado cinematográfico sobre gângsters. Enquanto que Jack está em planos nos quais ele resgata as referências mais tradicionais de gângsters através do encontro com Floyd Banner, o vestuário, o carro, as armas etc mais semelhantes as usadas em outros filmes do gênero, o ser fora da lei em Os Infratores não tem todo esse glamour porque não é a base da narrativa glamourizar o gênero. O longa é mais humano, mais real em sua proposta. Forrest não tem vaidade, nem tampouco Howard. Eles dirigem uma caminhonete simples, moram em uma casa de beira de estrada, mal trocam de roupa e sujam a própria mão de sangue usando objetos mais grosseiros como faca e soco inglês, portanto o longa é muito mais do que retratar homens fora da lei com ou sem glamour; o que mais importa aqui é refletir sobre o homem e sua relação com a violência, afinal como bem dito por Forrest à Jack : "Não é a violência que diferencia os homens, é até onde eles estão disposto a ir."
Na América rústica, a Virgínia de 1931, os irmãos Bondurant Jack ( Shia Labeouf ), Forrest ( Tom Hardy ) e Howard ( Jason Clarke ) viv...
Os Infratores (Lawless) - 2012
No geral, o filme é bem realizado ao contar um história simples e que tem um pano de fundo da História da América. É claro que houve uma lacuna qualitativa ao tentar equilibrar o seu conteúdo familiar e afetivo com interesses alheios corruptos e violentos, com idílio, ação e suspense, tudo misturado, porém o longa vence pelas atuações e deve ser valorizado mais pelo elenco e pela reflexão sobre a violência. Ao mesmo tempo que traz um elemento biográfico muito específico e o gênero gângster reinventado, ele está muito coerente com o background de filmes que fazem a diferença ao expor nuances do legado do interior rústico Americano e seus dramas familiares, de natureza violenta, tais como Inverno da Alma, de Debra Granik, e Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson. Os filmes anteriores de Hillcoat, com A Proposta e A Estrada tem a fotografia e a direção de Arte bem apoiadas em construir naturalmente um retrato de ambientações longíquas, idílicas e hostis. Além do mais, o longa tem um registro interessante no legado cinematográfico sobre gângsters. Enquanto que Jack está em planos nos quais ele resgata as referências mais tradicionais de gângsters através do encontro com Floyd Banner, o vestuário, o carro, as armas etc mais semelhantes as usadas em outros filmes do gênero, o ser fora da lei em Os Infratores não tem todo esse glamour porque não é a base da narrativa glamourizar o gênero. O longa é mais humano, mais real em sua proposta. Forrest não tem vaidade, nem tampouco Howard. Eles dirigem uma caminhonete simples, moram em uma casa de beira de estrada, mal trocam de roupa e sujam a própria mão de sangue usando objetos mais grosseiros como faca e soco inglês, portanto o longa é muito mais do que retratar homens fora da lei com ou sem glamour; o que mais importa aqui é refletir sobre o homem e sua relação com a violência, afinal como bem dito por Forrest à Jack : "Não é a violência que diferencia os homens, é até onde eles estão disposto a ir."
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2 comentários:
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Saudações cinéfilas,
Cristiane Costa, MaDame Lumière
O seu texto é um dos primeiros positivos que leio sobre "Os Infratores", ainda que ressalte os seus pontos mais fracos. Tenho muita curiosidade pra conferir este filme, não só por causa do bom elenco, como também por causa da história, que parece ser muito interessante, apesar de batida.
ResponderExcluirBela crítica Madame. Uma análise criteriosa e bem completa do filme e de seus principais elemntos. Hillcoat é um diretor pelo qual eu tenho muita curiosidade, ainda que não seja caapz de afirmar se gosto ou não dele. Outra fonte de curiosidade é a bem comentada, e por ti muit enaltecida, atuação de Tom Hardy neste filme.
ResponderExcluirBjs