Um thriller de espionagem e ação com um confronto entre ex-companheiros da Cia é o projeto de November Man, um filme que traz a experiência de Pierce Brosnan, um dos ex 007, habilidoso em action movies e que atua como um dos produtores executivos que encabeçam a viabilidade desse projeto. Devereaux (Pierce Brosnan) é um ex-agente da Cia que volta ao campo para uma missão de alto risco que envolve o eleito presidente Russo Arkady Federov (Lazar Ritovsky), a misteriosa Alice (Olga Kurylenko) e as forças especiais da Cia, seus ex - parceiros Mason (Luke Bracey) e Hanley (Bill Stmitrovich).
Esse longa somente foi realizado para colocar Brosnan em evidência como protagonista de ação no auge dos seus 61 anos, considerando que seus últimos trabalhos foram em comédias românticas de apaixonados mais maduros (como Um Plano Brilhante e Amor é tudo o que você precisa) ou A Longa Queda, uma comédia dramática sobre suicidas, escolhas que são necessárias para que ele continue na ativa e empregado mas que também o fragilizam no estigma que o cerca: é um ator maduro para ação e suspense ou ligado mais a comédias românticas com seu charme de homem mais velho e em forma? Uma questão é certeira: Brosnan continua elegante e impiedoso ao sacar uma arma de fogo. Mesmo que sua continuidade como 007 não deu certo e ele não tem perfil para fazer a virada que fez Matthew McConaughey, a das comedinhas para filmes de alto prestígio, ele é um sobrevivente de Hollywood. Brosnan é um exemplo de que é preciso trabalhar mesmo quando o mercado de trabalho, em geral, não valoriza as pessoas mais velhas. Uma das opções de sobrevivência para um ator experiente é produzir os próprios filmes e atuar neles.
Nesse suspense de ação, a parceria com o diretor Ronald Donaldson é fundamental porque, mesmo com os trabalhos medianos de ambos, suas experiências com ação criam sinergia na produção. Baseado no livro There are no spies de Bill Granter, o longa tem conspiração e adiciona ao roteiro o conflito político e bélico com a Chechênia sem muito desenvolvimento dessa camada histórica. Devereaux é uma personagem que volta à ativa mais por motivações pessoais do que por ofício e ideais de carreira. Para intensificar o conflito na camada motivacional da personagem, ele reencontra seu ex-pupilo da Cia, o jovem e impetuoso Mason, uma arma letal nas mãos da corporação. Mason coloca o sangue novo de Luke Bracey, bem melhor aqui do que em romances fracos como O melhor de mim. Ele não é um talento excepcional mas tem estilo, beleza e preparo físico para a ação, podendo ser se bem dirigido, um emergente ator para esse gênero.
November Man é Pierce Brosnan no que ele faz melhor: suspenses de espiões. Assim como Liam Neeson que está com 62 anos, o ator tem um vigor excelente, aptidão para ação e tanto um como o outro merecem ser prestigiados. O resultado é puramente entretenimento mais enfocado nos protagonistas, em porradas, tiros e clima de desconfiança e perigo do que na história. É evidente que o roteiro tinha potencial para esmiuçar as manobras conspiratórias com mais tensão e inteligência. Por outro lado, a estrutura mais convencional de thrillers na qual as questões particulares de um espião se misturam com suas funções e propósitos corporativos nunca morre.
Esse longa somente foi realizado para colocar Brosnan em evidência como protagonista de ação no auge dos seus 61 anos, considerando que seus últimos trabalhos foram em comédias românticas de apaixonados mais maduros (como Um Plano Brilhante e Amor é tudo o que você precisa) ou A Longa Queda, uma comédia dramática sobre suicidas, escolhas que são necessárias para que ele continue na ativa e empregado mas que também o fragilizam no estigma que o cerca: é um ator maduro para ação e suspense ou ligado mais a comédias românticas com seu charme de homem mais velho e em forma? Uma questão é certeira: Brosnan continua elegante e impiedoso ao sacar uma arma de fogo. Mesmo que sua continuidade como 007 não deu certo e ele não tem perfil para fazer a virada que fez Matthew McConaughey, a das comedinhas para filmes de alto prestígio, ele é um sobrevivente de Hollywood. Brosnan é um exemplo de que é preciso trabalhar mesmo quando o mercado de trabalho, em geral, não valoriza as pessoas mais velhas. Uma das opções de sobrevivência para um ator experiente é produzir os próprios filmes e atuar neles.
Pierce Brosnan: o charme viril do homem maduro não lhe falta!
Nesse suspense de ação, a parceria com o diretor Ronald Donaldson é fundamental porque, mesmo com os trabalhos medianos de ambos, suas experiências com ação criam sinergia na produção. Baseado no livro There are no spies de Bill Granter, o longa tem conspiração e adiciona ao roteiro o conflito político e bélico com a Chechênia sem muito desenvolvimento dessa camada histórica. Devereaux é uma personagem que volta à ativa mais por motivações pessoais do que por ofício e ideais de carreira. Para intensificar o conflito na camada motivacional da personagem, ele reencontra seu ex-pupilo da Cia, o jovem e impetuoso Mason, uma arma letal nas mãos da corporação. Mason coloca o sangue novo de Luke Bracey, bem melhor aqui do que em romances fracos como O melhor de mim. Ele não é um talento excepcional mas tem estilo, beleza e preparo físico para a ação, podendo ser se bem dirigido, um emergente ator para esse gênero.
Luke Bracey: potencial para gênero ação.
November Man é Pierce Brosnan no que ele faz melhor: suspenses de espiões. Assim como Liam Neeson que está com 62 anos, o ator tem um vigor excelente, aptidão para ação e tanto um como o outro merecem ser prestigiados. O resultado é puramente entretenimento mais enfocado nos protagonistas, em porradas, tiros e clima de desconfiança e perigo do que na história. É evidente que o roteiro tinha potencial para esmiuçar as manobras conspiratórias com mais tensão e inteligência. Por outro lado, a estrutura mais convencional de thrillers na qual as questões particulares de um espião se misturam com suas funções e propósitos corporativos nunca morre.




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Cristiane Costa, MaDame Lumière