Rapidinhas no MaDame:
Porque o que importa é o prazer da Cinefilia
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Sobre a história: O príncipe Vlad (Luke Evans), sua esposa Mirena (Sarah Gadon) e seu filho Ingeras (Art Parkinson) vivem felizes no seu Reino. Admirado por seu povo, Vlad é destemido e devoto à família além de pagar os tributos ao Sultão Mehmet II (Dominic Cooper) para manter as relações cordiais. A paz é interrompida quando o Sultão lhe ordena que dê milhares de meninos de seu reino e seu filho Ingeras para montar um exército e fortalecer as tropas dos turcos. Vlad não aceita a ordem do Sultão e, para proteger sua família e o seu povo, se une a uma poderosa e sombria força.
Opinião Geral sobre o filme: Esse longa é um exemplo de produção que chegou à liderança nacional nas bilheterias e é uma aula de como não fazer um blockbuster. Apesar das boas intenções em revisitar o mito, provavelmente Bram Stoker está se revirando no túmulo com esse roteiro tosco e que foi incapaz de contribuir com o mito do Drácula. O filme tem uma ambientação de grandes épicos e inicialmente atrai pelo visual sombrio com o estilo vampiresco e misterioso de Luke Evans como Vlad. Ele é um personagem que teria potencial se o roteiro não fosse tão raso e a ação tão enfadonha. Luke Evans não aparece como um amaldiçoado com a cara deformada de monstro mas como um pai de família que defende sua esposa e cria. Esse tipo de característica o enobrece e o amaldiçoa pois ele não é assustador e não tem outros bons personagens para dialogar com ele (quer maior maldição do que esta?). No início da projeção é possível identificar que a história foi reinventada sem se preocupar com os demais personagens, todos vazios de qualquer função mais dramática. Dominic Cooper está tão caricato com aquela maquiagem oriental e não personifica um Sultão poderoso e temido; portanto, esse pobre desenvolvimento do elenco impacta diretamente no trabalho de Luke Evans que praticamente não tem mais nada a fazer e precisa agir como se fosse um soldado solitário, detentor de poderes sobrenaturais capazes de destruir em minutos as tropas inimigas. Ao aceitar a maldição, ser empoderado por forças e não ter um exército, ele luta sozinho; é esse aspecto que garante momentos hilários como a batalha com os morcegos. O que poderia ser um drama romântico com misto de ação heróica se transforma em um filme irregular e muito aquém do potencial narrativo do clássico vampiro.
O desprazer: Ver Luke Evans encarnando o Super Homem da Romênia. As cenas que ele detona os exércitos sozinho é uma clara evidência de que a ficção não precisa ser uma grande mentira.
Por que vale a rapidinha? Pela atmosfera épica na direção de Arte, pelas cenas que se aproximam a um jogo e para dar umas risadinhas imperdíveis.
Ficha técnica do filme ImDB Drácula : Uma história nunca contada
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Cristiane Costa, MaDame Lumière