Como eu estava distante das livrarias físicas (estava focada em compras online no Ebay de raros livros), durante minha excursão pelas estantes da Livraria Cultura, fiquei impressionada com a quantidade maior de livros recém lançados e/ou em destaque que são obras escritas adaptadas para o cinema e que receberam as capas de filmes e não dos originais e, acreditem, estão seguindo o rumo marketeiro de Harry Potter e a Saga Crepúsculo e também o exemplo das edições americanas de paperbook e pocket book que apresentam como capas os posters de filmes. Obviamente tal ação das editoras é uma estratégia de marketing e de vendas e, não os discrimino, pelo contrário, acho interessante embora prefira o original. Ao me ver cercada de tantas possibilidades que estão relacionadas com o meu vício cinéfilo, e enquanto tomava um cafézinho dava de cara com a propaganda em um dos televisores "Compre o Livro. Assista o filme", me vi como uma potencial consumidora deste apelo propagandístico. Em menos de 10 minutos dentro da livraria, me pus a folhear 4 livros: Conquistando o inimigo de John Carlin (Invictus estrelado por Morgan Freeman e Matt Damon), Amor sem Escalas de Walter Kirn (Up in the Air estrelado por George Clooney), Preciosa de Sapphire(Precious estrelado por Gabourey Sidibe e Mo'Nique) e Cheri de Colette (Cheri estrelado por Michelle Pfeiffer). Fiquei bastante interessada em Cheri que, segundo citação na capa feita por Oprah Winfrey, Colette tem uma escrita sedutora e, por razões óbvias, ler Amor sem Escalas para posteriormente checar no filme se o roteiro é tão fidedignamente excelente para ter merecido o Globo de Ouro 2010.
O mais divertido na minha jornada foi ter o desejo aflorado de comprar estes livros, inclusive os relacionados a longas-metragem que ainda não foram lançados no Brasil e/ou estão na iminência de lançamento. O pior é que nem ao menos estou interessada na leitura deles. Você acredita nisso? Nem eu. Por isso, penso que alguns apreciadores de cinema sentiram ou podem vir a sentir o mesmo que eu, ou seja, sentir o efeito colateral desta invasão de livros com capas de filmes que mais parecem impactar-nos como amor à primeira vista como se fossem filmes ao invés de livros. Sem dúvidas, um gracioso comportamento que percebi em minha cinefilia, a propósito, bem tempestuoso porque eu não comprei nenhum destes livros, no entanto os filmes, estes eu desejo intensamente.
Tb tenho esses livros que vc adiquiriu madame. O guia ilustrado é o melhor, mais útil e mais completo para um bom cinéfilo. O do 1001 filmes é um tanto convencional e o Como a geração... é, na minha avaliação, um tantinho dispersivo. Mas os três são obrigatórios.
ResponderExcluirEsse marketing das capas d elivros e filmes a que vc se refere é um estigma natural do concumismo. Para ser franco, acho legítimo, reeditar um livro pondo na capa o poster ou a foto do filme. Justo para quem vai ao livro depois de uma intensa experiência cinematográfica. É mais uma faceta do cinema. Levando cultura a lugares inimagináveis. rsrs
Bjs
Oi Reinaldo, estou amando o guia ilustrado, mal vejo a hora de devorá-lo por inteiro rsrs. O gerãção é dispersivo? Hmmm, bom saber... tem cara de dispersão mesmo, um amontoado de fofoquinhas de bastidores, vamos ver como será minha experiência com ele. Depois te conto!
ResponderExcluirObrigada pela franqueza, é isso que eu aprecio muito em você. Pensando sob esta ótica, você está certo! Para quem vai atrás do livro depois do cinema não deixa de ser uma prolongação dos prazeres cinéfilos.
Beijo
Morar numa livraria seria fantástico, ahaha...
ResponderExcluirTambém prefiro os livros com as capas originais, mas não culpo esse tipo de marketing, já que nosso país quase não tem leitores... :(
Oi Madame!
ResponderExcluirEu adoro ler. Ler o livro e depois ver o filme, então, é o máximo pra mim. Mas se eu fosse acompanhar o mercado, lendo todos os livros que são/foram adaptados para o cinema, eu ia à falência! rsrs
As vezes tenho que me contentar em apenas ver o filme mesmo.
Por último, não gosto quando trocam as capas dos livros pelos posters dos filmes. Poxa, são obras diferentes, cada um com sua arte, não acho que devam tentar uniformizar, nem que seja só a capa.
bjoss
Oi Bruno, haha... Boa! Acho que o índice de leitores tem tudo para aumentar pois o mercado editorial melhorou muito, mas a cabeça das pessoas não. Gostam de entretenimento fácil, definitivamente facilmente digerível. abs!
ResponderExcluirOi Patty, obrigada pelo seu ótimo comentário. Eu também gostaria de ler todos os livros antes de assistir aos filmes, mas é muita grana mesmo. Eu também acabo tendo uma lista de desejos de livros que nem dá pra priorizar os relacionados a filmes.
ResponderExcluirEu sou como você. Deixei de comprar Julie e Julia mais barato e disponível para esperar vir a capa original e alguns reais mais caro. De fato, eu sou tradicional neste lance de edição. Como estudei literatura, eu gosto de originais, gosto da sensação de comprar o livro pela obra literária e não por qualquer outra influência, mesmo que seja cinéfila.
Beijo!!!!!
Acho de extrema besteira e torna o produto mais Industria do consumo, sabe...fora que odeio ter livros com capas de filmes, assumo achar 'brega' em estética, pois prefiro as capas originais mesmo..e acho que livro, como obra, é algo super independente dos filmes - ainda que estes sejam adaptados da literatura.
ResponderExcluirO meu mesmo de Ensaio sobre a cegueira tem a capa original, odiei a versao que saiu com a capa do filme...quanta baboseira! rs
ah, adoro o material proposto por Steven Jay Schneider, 1001 filmes... é fantástico! e me ajuda bastante nas dicas, beijo
Rsrs... soltou o verbo, hein querido Cris. Gostei! Concordo com a questão estética, bem lembrada por você. Penso que muito além do conteúdo da linguagem literária em si, a imagem visual é importante, é como conversar com o leitor antes mesmo dele abrir a capa do livro, por isso acho que agregar capas de filmes a livros que foram adaptados para o Cinema não é efetivo para mim. Cada um no seu curral, não é mesmo!? rsrs...
ResponderExcluirBeijo