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MaDame Trilogias: 3 Filmes e 1 balde de pipoca Após 4 anos de uma fiel espera por parte dos ToyStorianos de plantão, em 1999 a Pixa...

Madame Trilogias: Toy Story 2 (1999)

MaDame Trilogias: 3 Filmes e 1 balde de pipoca
Após 4 anos de uma fiel espera por parte dos ToyStorianos de plantão, em 1999 a Pixar lançou o segundo longa-metragem da franquia que foi e continua sendo um marco da Animação Mundial. Tal revival significa muito para a equipe de John Lasseter porque Toy Story sempre esteve acima de qualquer trabalho racional dos estúdios Pixar, é um filme que tem acompanhado a vida dos artistas envolvidos há anos, testemunhado todas as experiências pessoais dos profissinais do estúdio, de perdas, passando por aprendizados e superações, principalmente das vivências nos bastidores da Disney, empresa que compraria o estúdio em 2006; por isso, para o elemento humano da Pixar, o lançamento de Toy Story 2 foi uma oportunidade de desafiar-se como profissionais, afinal, havia a responsabilidade de fazer o segundo filme de uma franquia excepcional, de extrema perfeição e sensibilidade, logo era essencial dar asas à imaginação e atrelar tecnologia 3 D com criatividade garantindo uma satisfação ímpar do público, harmonias técnica e narrativa com o anterior e, o semelhante efeito de relação afetiva com a Estória dos brinquedos, que é uma estória de todos nós. As pessoas envolvidas no projeto também puderam brincar de ser criança adulta, criando novos brinquedos, novas aventuras, novas conexões afetivas, então, Toy Story 2 foi como se cada brinquedo, cada storyboard, cada sequência fosse parte de suas próprias infâncias novamente. Alegria, amor, amizade e genuína afetividade eram primordiais como premissas base desta fascinante animação.
Somos guiados a uma maior intimidade com os bonecos que têm mais vida, mais energia e lidam com problemas que são comuns a um boneco e são emoções humanas. O grande líder Woody é um dos atingidos por tais sentimentos e ele é o centro da ação deste enredo porque ele é sequestrado e a saga da trupe é resgatá-lo. Tudo começa quando Woody está quebrado, com o braço descosturado. Andy não o leva ao acampanhamento e, claramente diz que não quer brincar com ele, o que é formidavelmente verdadeiro pois quantos brinquedos em nossas infâncias já não quebraram e foram deixados de lado. Como eles se sentiram? Já pensamos nisso? Woody fica chateado, porém como um excelente e fiel amigo fica na estante ao lado de um pinguin empoeirado, Wheezy, que acaba indo parar em uma venda de usados. Woody faz de tudo para salvá-lo mas é sequestrado por um colecionador de brinquedos raros, Al (voz de Wayne Knight) que tem a intenção de vendê-lo para um museu no Japão. Ao chegar à casa de Al, Woody encontra novos brinquedos que se tornariam seus novos companheiros, Jessie (voz de Joan Cusack), o cavalo Bala no Alvo e o mineiro, além de se confrontar com sua estória: ele é um brinquedo raro, um grande ídolo dos anos 60 que tinha um programa de TV e uma linha de produtos em seu nome. Maravilhado com o seu passado, Woody é emparedado em uma nova decisão: voltar para Andy ou ser visto por milhares de pessoas em um museu? Um dia Andy crescerá e talvez seja melhor ir para um museu do que para o fundo do porão? Nenhum de nós quer parar na poeira como Wheezy, na solidão de uma caixa de papelão como Jessie, esquecido em algum canto como o Mineiro. A linda canção When somebody loved me, cantada por Jessie demonstra fielmente o sentimento preocupante que ela tem: o de não ser esquecida para sempre. Andy teria que compreendê-la antes de sua difícil decisão e, mais uma vez, pensar no coletivo dos brinquedos, por amor a Andy, por amor a seus amigos e otimista nas esperanças de que, não importa se um brinquedo está velho, quebrado, abandonado ou esquecido, sempre haverá uma família, sempre haverá Andy, sempre haverá Toy Story. A partir daí, muita diversão em busca de Woody antes que Andy retorne do acampamento e Buzz Lightyear assume a liderança para trazer o amigo de volta. Neste segundo filme, John Lasseter ressalta uma importante premissa dos personagens Woody e Buzz Lightyear que, em Toy Story 1, tiveram algumas desavenças naturais já que Woody era o boneco antigo e Buzz era o boneco novo e o relacionamento deles ainda estava em desenvolvimento. Desde o começo da concepção de Toy Story, Lasseter queria criar e aproximar 2 bonecos bem diferentes: Woody, que é homem da terra, feito de pano, originado em meio rústico. O outro, Buzz Lightyear, que é homem do espaço, feito de tecnologia de ponta e destinado ao 'infinito e além'. Aproximar as diferenças e convertê-los em um exemplo de amizade única e de encantadora fascinação era a intenção e a inspiração que cativaria milhares de pessoas do mundo 'ao infinito e além', por isso que, em Toy Story 2, eles são muito mais amigos e, por o serem, estão dispostos a se ajudarem mutuamente, custe o perigo que custar. Há belíssimas e eletrizantes cenas nas quais ficam evidentes a coragem, as escolhas pelo amor, por Andy, pelos amigos e o valor imensurável desta trupe, comportamentos que energizam a platéia com um sentimento intenso de amizade, lealdade e união, algo tão raro na individualista e intolerante sociedade atual. Após assistir Toy Story 2, o único desejo é dizer: Amigo, estou aqui! Deixemos Wheezy cantar a nossa canção!

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Avaliação MaDame Lumière
Título original: Toy Story 2
Origem: EUA Gênero: Família, Aventura, Animação Duração: 92 min Diretor(a): John Lasseter. Co-diretores:Ash Brannon, Lee Unkrich
Roteirista(s): John Lasseter, Pete Docter, Ash Brannon, Andrew Stanton, Rita Hsiao, Doug Chamberlain, Chris Webb
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Kelsey Grammer, Don Rickles, Jim Varney, Wallace Shawn, John Ratzenberger, Annie Potts, Wayne Knight, John Morris, Laurie Metcalf, Estelle Harris, Jodi Benson, Joe Ranft

5 comentários:

  1. Continuação tao ótima quanto a primeira...e é onde aparece uma das melhores personagens, Jesse.

    E, confesso, que nem me ligo na versao original - me acostumei com a dublagem brasileira e, para mim, Toy Story só presta dublado...rs

    Beijão, Madame

    E apareça! ando saudoso!

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  2. Dos três é o que menos gosto. Tanto que só vi uma vez, hehe. Por isso, não lembro agora de detalhes para explicar o porquê. Mas, lembro que não me pareceu trazer algo de novo. Lendo agora seu texto, ficou a curiosidade de rever para perceber essa valorização da amizade dos dois.

    abraços

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  3. Impressionante como esta continuação conseguiu superar o primeiro filme, isso é muito difícil de acontecer, bota difícil nisso! rs

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  4. "Amigo, estou aqui!", não canso de escutar. rsrs. O segundo se supera, em que o espectador acaba se identificando com os personagens que vem chegando, como a Jessie, logo de imediato com a situação que ela passou com a Emily, naquela cena emocionante ao som de Sarah McLachlan. Adoro! rsrs.

    Beijos, querida! ;)

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  5. DIETRICH!!!

    Faço coro ao Cristiano quanto a dublagem e digo mais, qualquer animação eu prefiro dublado!

    Neste segundo Toy..a Pixar deu o primeiro passo na perfeição técnica. E olha que iria ser lançado diretamente em vídeo, porque a Disney nunca fez isso antes, de exibir uma continuação no cinema.

    Adoro a abertura no video game com o Buzz, o Rex não joga muito bem com aqueles braços pequenos, rs!

    Bela resenha. Voltamos a ser crianças aqui!

    Bjs,
    do vizinho
    Visite-me!
    Rodrigo

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