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Um filme, uma canção por Madame Lumière a combinação inesquecível para uma nostálgica emoção No último final de semana, durante uma viagem a...

Um Filme, uma canção: Chamas da Vingança (Man on Fire - 2004), Creasy Dies, de Lisa Gerrard)

Um filme, uma canção por Madame Lumière
a combinação inesquecível para uma nostálgica emoção




No último final de semana, durante uma viagem ao interior, e enquanto eu escutava meu MP4, eis que surge, como uma obra do destino, uma pasta de canções que estava esquecida há algum tempo; esquecida mas jamais para sempre pois se trata de músicas de uma cantora, a qual gosto muito e que é fundamental nas trilhas sonoras de filmes como o Gladiador, Falção Negro em Perigo, Chamas da Vingança, O informante, entre outros. Eram as músicas de Lisa Gerrard, compositora e cantora australiana que era vocal do Dead can dance e é vocal solo solicitadíssima em trabalhos do compositor Hans Zimmer, além de ter trabalhado também com Ennio Morricone e Pieter Bourke. Dona de uma voz única, profundamente sonora com um timbre grave porém suave, lírico e universal que abraça as regiões terrestres mais distantes do mundo e até mesmo as regiões do divino, em um canto de sonoridade transcendental que vai do sublime ao obscuro, do canto celestial ao assombroso ritualístico, Lisa é uma formidável cantora, em especial, para colocar emoção em alguns longas. Ela marcou história na História do Cinema; basta lembrar de canções inesquecíveis que abrilhantam dois filmes de Ridley Scott : Now we are free de Gladiador (Gladiator) e Gortoz a ran de Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Down). Lisa é definitivamente uma das vozes musicais do Cinema.







Sob a composição líder de Harry Gregson-Williams, Creasy Dies, canção tema de Chamas da Vingança com Denzel Washington e Dakota Fanning, forma a alma, o corpo e o espírito desse longa-metragem juntamente com o amor e a amizade de um guarda costas pela sua protegida, seu impetuoso espírito vingativo após o sequestro dela e sua emocionante decisão no final do filme. É impossível não se emocionar e relacionar, de imediato, a canção performada pela onírica voz de Lisa Gerrard com John Creasy(Denzel), o ex-agente da Cia que se torna o guarda-costas de Pita (Dakota), filha do industrial corrupto Samuel (Marc Anthony). Um filme belíssimo de duas pessoas solitárias que encontram o amor fraterno um no outro: de um lado um ex-agente em depressão, fechado no próprio mundo e entrando em um círculo de abandono de si mesmo. Do outro lado uma garota aprisionada no mundo criado pelo seu pai ausente. Creasy e Pita se conhecem, ganham a confiança um no outro além de seus papéis guarda-costa e protegida, se tornam amigos, se separam e se reencontram, tudo regado à muita ação, mas também uma ponta emocional forte de como a relação de amizade foi construída e como o amor é mantido no cenário trágico de um sequestro.





A canção dá abertura a uma série de sentimentos que permeiam a película à medida que a voz de Lisa é alternada com o côro, como uma música que celebra os diversos momentos vivenciados por Creasy e Pita, uma música que celebra uma viva e nostálgica retrospectiva que agora se converte em algo também fúnebre. Na minha sensibilidade com o filme e a sonoridade da música, Creasy dies é uma canção de despedida, tem uma sonoridade evocativa como se Lisa tivesse aberto o plano entre vida e morte para que os seus mortos dançassem alegremente, em especial, com a melodia de vozes que vibram ritualisticamente como alguns ritmos da world music; como se Lisa tivesse aberto um plano que Creasy agora está e um dia pode Pita encontrar.

Chamas da Vingança, Creasy dies...um filme, uma canção que nunca se apagarão do meu coração cinéfilo, serão como chamas de amor a esse longa-metragem e a essa divina cantora.








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5 comentários:

  1. Ainda não vi este filme Madame, masme parece ser bom. Gosto das atuações do Denzel! xD
    Madame, tem mais um selinho pra ti em meu blog, rs
    Bjs =)

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  2. Nossa madame. Muito boa essa. Um detalhe que eu não tinha reparado no filme... Creasy dies. Que insight! E tem gente que ainda pensa que a música não exercer tanto poder narrativo em um filme...
    Parabéns pela bela menção.
    Bjs

    PS: Clube da luta e Chamas da vingança hein?
    O que está acontecendo madam? rsrs
    bjs

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  3. Oi Alan,
    Vale a pena conferí-lo (e urgente), rs! Denzel é Denzel e sempre vale a pena vê-lo.

    Obrigada pelo selinho, em breve o posto aqui com os reconhecimentos.
    bjs

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  4. Oi Reinaldo,
    Obrigada! Sempre é bom ter esses insights, e principalmente, quando concordamos e vibramos juntos. Eu acho que essa música é muito poderosa no final do filme, inclusive ela é um personagem fundamental na película e na forma que o roteiro foi finalizado. Putz, quem não valorizar algumas músicas chave em alguns filmes precisa abrir os olhos e também os ouvidos,rs!

    PS: HAHA...gostei dessa indiretinha em forma de pergunta. Na verdade, estou muito mortal mesmo! Hoje quase virei a Mulher de FERRO! haha

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  5. Oi Madame! achei tua página quando estava procurando a trilha sonora de Chamas da vingança...até pensei que o filme que passava na TV, na hora em que ouvi a música, fosse O Gladiador! Obrigado por toda descrição do sentimento que esse som nos passa, já me emociono rssr
    Outra coisa: no segundo cartaz de cima pra baixo na coluna da esquerda (do filme Ninfomaníaca) tu escreveu ''Ninfomaníca''; fica a dica!
    (coincidência eu estar comentando em 15 de maio também rssr)
    Abraço :*

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