Sou MaDame Lumière. Cinema é o meu Luxo.

Antes de revisar esse filme, pensei várias vezes se o faria. Para falar a verdade, não faria tanta diferença já que o longa-metragem que une...

Ritmo do amor (Love N'Dancing) - 2009



Antes de revisar esse filme, pensei várias vezes se o faria. Para falar a verdade, não faria tanta diferença já que o longa-metragem que une a descoberta da dança e do amor faz jus clássico ao clichê romântico e dançante dos filmes do gênero, porém dança é dança e romance e romance e, por que não, valorizar o que o Ritmo do amor se esforça em fazer. Além disso, desde que abri o blog, decidi que seria um blog democrático com o próprio Cinema, sem fazer acepção de gêneros, estéticas, diretores, etc. O bom blogueiro e/ou crítico de cinema tem que estar preparado para desenvolver um olhar sobre todos os tipos de filmes, até os mais besteiróis e tirar algum proveito disso sem depreciar o trabalho alheio, por isso, confesso que entrei no Ritmo do Amor em relação a filmes que não atendam as minhas expectativas, mas ainda assim, são parte do Cinema.





Ritmo do Amor tem a direção de Robert Iscove (de Ela é demais) e relata a história de uma professora de inglês Jessica (Amy Smart) que se adaptou à sua triste cotidiana vida, porém ainda não se deu conta disso. Ela é noiva do workholic Kent (Billy Zane) que só pensa em trabalhar e não tem tempo nem para fazer as desejadas aulas de dança com ela. Kent é o típico homem que não tem tempo nem para a noiva e só pensa em crescer na carreira, logo ele acaba se tornando a personagem mais realista do filme já que existem vários homens desse tipo e, consequentemente, mulheres insatisfeitas e caladas como Jessica. Então, Jessica conhece o professor de dança e ex-campeão americano em campeonato de dança swing, Jake (Tom Malloy) que é deficiente auditivo (fato que torna o personagem dele interessante já que ele consegue conciliar o talento dele para a dança , independente de ser surdo). Ela começa a ter aulas com ele, desenvolvem uma ótima química, decidem competir juntos por um novo campeonato e, à medida que eles ensaiam para o grande espetáculo final, eles passam a vencer suas próprias negações e a se envolverem emocionalmente, ainda que em silêncio. Ela se torna mais bonita e mais feliz e repensa se vale a pena casar-se com um homem viciado em trabalho. Ele supera o fiasco que foi o relacionamento dele com sua ex-parceira de dança, Corinne (Nicola Royston) e descobre um novo amor em Jessica.






Ritmo do Amor é fraco tanto como romance quanto como filme de dança, o que é lamentável pois o amor e a dança são uma mistura bombástica entre parceiros de dança que potencialmente desenvolvem um relacionamento. Dançar a dois é uma troca de energia, de cumplicidade, de confiança, de desejo e, embora Jessica e Jake descubram o amor um pelo outro a partir da dança, isso não é acompanhado pela emoção da dança e pela emoção do romance. Entendem a questão? Falo isso com certa propriedade porque já dancei muito e não há coisa mais maravilhosa ao bailar do que trocar essa energia com um parceiro. Eu entendo o valor da dança e como ela traz felicidade mas também muito autoconhecimento e sedução. Além disso, não há sex appeal algum em Tom Malloy, e muito menos habilidade como roteirista e como dançarino, o que o torna nada interessante em comparação à sensualidade e carisma de grandes atores bailarinos como Patrick Swayze (Dirty Dancing) e John Travolta (Os Embalos de Sábado à noite). Por isso, o longa em si não foi bem desenvolvido, nem na questão da deficiência auditiva (que poderia ser um grande tema a ser explorado), nem mesmo aprofundado para uma dinâmica mais movimentada com espetáculos de danças mais emocionantes a partir do meio e fim do filme, pelo contrário, Ritmo do Amor deixou a dança performática (que é o que mais interessa em filmes desse tipo) para o grand finale, por isso acabou perdendo o ritmo.



Avaliação Madame Lumière:



Título Original:
Love N' Dancing
Origem:
Estados Unidos
Gênero(s):
Dança, Romance
Duração:
93 min
Diretor(a):
Robert Iscove
Roteirista(s):
Tom Malloy
Elenco:
Amy Smart, Tom Malloy, Billy Zane, Nicola Royston, Caroline Rhea, Leila Arcieri, Rachel Dratch, Betty White, Alexandra Krizman, Purva Bedi, Frank Bond, Shane Crown, Jennifer Dunstan, Elise Eberle, Pamela Finley

6 comentários:

  1. "Ritmo do Amor tem a direção de Robert Iscove (de Ela é demais)". Motivo suficiente para eu passar longe HAHAHAHA! Foi o mesmo cara também que dirigiu aquele "De Justin para Kelly", uma das coisas mais grotescas da década passada.

    mas eu vi o trailer deste filme e... sem comentários. Sua resenha diz basicamente tudo o que esperava =)

    E Amy Smart (não tão smart assim) não acho uma atriz excepcionalmente ruim, mas ela se fim, esaventura em cada porcaria que fica difícil creditar algum valor a ela.


    abs, MaDame!

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  2. Oi querido Elton,
    É isso aí, o filme consegue com, muito esforço, uma estrela,rs! E, olha que sou uma MaDame tolerante.

    Também percebi que Amy Smart tem uma beleza delicada e carismática, porém ela só escolhe porcaria mesmo, deve ser triste chegar a esse ponto de estrear um filme que não consegue nem ganhar pela dança. Pior é que eu aluguei porque o dono da locadora falou que o pessoal estava "alugando" muito e gostando "muito", deve ser influência da "Dança dos Famosos" do Faustão, rs!

    Abs!

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  3. eu gostei do filme seus criticos

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  4. Ola Madame,

    concordo com varias partes, discordo em que o ponto alto dos filmes de dança (de salão) são as apresentações/competições, sempre dando a entender que quem dança quer competir, o que foge muito a realidade. O ponto q gostei desse filme foi o mostrar as aulas de dança/ensaios entre os dois, bem como os bailes q acontecem. Minha Opinião.

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  5. Eu gostei do filme no motivo que aqui no Brasil ajuda a divulgar uma dança super nova, o West Coast Swing.Cujo nome não foi bem traduzido (dublado ou legendado), mas ajuda quem estah começando nessa dança a se motivar mais!

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  6. É triste constatar a forma patética e canhestra que o gênero musical é tratado nos dias atuais. Depois de Moulin Rouge e até Mamma Mia!, deveriam ter vergonha de lançar algo como esse Ritmo do amor.

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