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Nem eles salvaram a festa! Começarei minha confissão pós Oscar confessando que foi um sacríficio assistir o Oscar deste domingo. Sabe a...

Confissão MaDame pós Oscar 2010

Nem eles salvaram a festa!


Começarei minha confissão pós Oscar confessando que foi um sacríficio assistir o Oscar deste domingo. Sabe aquela sensação de ter esperado por algo que nunca muda o script? A festa perdeu todo o glamour sem nem mesmo ter se esforçado para ser glamourosa e, mais uma vez, a rede aberta através da Rede Globo de Televisão priorizou Big Brother Brasil e Fantástico e atrasou totalmente a celebração, ou seja, a prioridade do Oscar não existe para quem teve o direito de exibí-lo em cadeia nacional e não sabe valorizar a festa mais tradicional do Cinema mundial. Big Brother Brasil tem todo dia. Fantástico todo domingo. E a festa do Oscar? Pois é, sem comentários a acrescentar nesse campo e, prioridades da mídia à parte, digo que o Oscar foi uma celebração fria, sem emoção e, apesar das formalidades da Academia, o Cinema como Arte merece mais vida em uma premiação que tem um significado simbólico de todo um esforço profissional de vários talentos para fazer o Cinema algo bem mais significativo do que seu poder capitalista e publicista.

Salvo o depoimento genuinamente humilde de Jeff Bridges após ser premiado por Coração Louco, o testemunho de Oprah Winfrey para Gabourey Sidibe de Preciosa, a vitória de Kathryn Bigelow de Guerra ao Terror e de Juan José Campanella de O Segredo dos seus olhos, não sobrou mais nada a me emocionar, inclusive algumas injustiças na premiação: melhor roteiro original para Guerra ao Terror deixando o perfeito Bastardos Inglórios para trás e a vitória do roteiro adaptado de Preciosa contra o de Amor Sem Escalas que, infelizmente, não abocanhou nenhum prêmio. Pobre Reitman! Mas não tem problema, Reitman é parte do futuro brilhante que ele já está trazendo ao Cinema. Já na premiação de melhor atriz principal, embora goste de Sandra Bullock, vê-la ganhando a estatueta enquanto lembrava de sua performance mediana em Um Sonho Possível só me fez refletir que se este é o padrão de qualidade em performance para um Oscar, a Academia tem que rever seus conceitos de votação. Tarantino também foi o artista supremo mais desvalorizado desta premiação, o que só reforça o ponto crítico da questão: um talento como Tarantino com estética cinematográfica perfeita em Bastardos Inglórios merecia ouvir somente a declaração de gratidão de Christoph Waltz ao ganhar o prêmio de melhor ator coadjuvante ? Não, ele merecia muito mais. Só posso dizer que acho lamentável que a festa tenha sido pró-forma e ainda conseguiu a audiência de mais de 41 milhões de espectadores sem zelar pela qualidade da festa. Definitivamente, O Oscar agradou um pouco de cada filme e vários públicos para ficar bem na fita.
Fita totalmente dispensável!

4 comentários:

  1. Um defabafo que encontra eco em quem gosta, e entende, de cinema madame. Assino embaixo de tudo que disse.
    Bjs

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  2. Olá Madame!

    "o Cinema como Arte merece mais vida em uma premiação que tem um significado simbólico de todo um esforço profissional de vários talentos para fazer o Cinema algo bem mais significativo do que seu poder capitalista e publicista".

    Aqui eu acho que você sintetizou perfeitamente a minha concepção sobre o Oscar deste ano. LAmentável neste ponto. E foi chato, hein! Maior que "Avatar" rs.


    ABS!

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  3. Lamentável Baster ter levado apenas um Oscar... pelo menos Avatar não ganhou melhor filme, seria um tanto injusto, ao meu ver.

    E concordo, Preciosa ganhar roteiro adaptado no lugar de Amor sem Escalas é sacanagem.

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  4. Oi Reinaldo, obrigada pelo comentário. Temos que ecoar a verdade do espírito crítico e apaixonado para zelar pela qualidade da sétima Arte na blogosfera do cinema. bjs

    Oi Elton: Saudades de ir no seu blog. Em breve o visitarei, queridão. Sobre o comentário, obrigada por reconhecer minha frase. Realmente esta é minha síntese sobre a celebração e não fiquei surpresa com a postura deles, afinal o Oscar está distante de ter um apelo apaixonante e inspirador, o que é uma pena. bjs

    Oi Brunão: A grande perda que o Oscar teve foi não reconhecer Quentin Tarantino como ele merece.Baster ter ganhado só 1 Oscar é uma vergonha não para Tarantino, mas para a Academia mesmo. bjs

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