
Mike é um jovem que vive em Kingman, uma cidade no interior do Arizona, totalmente tranquila e, também chata para se adequar à coerência do filme e ao personagem de Steve Zahn que, embora um homem muito bacana, simples e divertido, é imaturo soando no início como um imbecil. Ele vive com os pais no hotel da família, pratica yoga e não tem todos aqueles atrativos de um jovem sedutor. Certo dia ele conhece Sue, uma executiva que vende quadros a empresas que se hospeda no hotel durante uma viagem de negócios. Inevitavelmente, Mike se sente muito atraído por ela e a visita no período noturno, oferecendo bebidas por conta da casa, sem ao menos saber flertar mas fazendo o carinhoso esforço de agradá-la. Para a sorte dele, sua estratégia funciona. Pinta uma atração entre ambos após Sue deixá-lo colocar a mão no traseiro dela (ótimo!) e, então, no dia seguinte eles transam (sim, somente no dia seguinte... risos). Logo mais, seguindo o ditado reestruturado: "transa de verão nem de negócios sobe no avião", Sue vai embora para Maryland, cidade onde mora e trabalha deixando Mike apaixonado.

Por isso, Amor pede passagem é como pedir passagem ao amor, tirando estes obstáculos baseados em conceitos pré-concebidos que colocamos na cabeça, principalmente as mulheres exigentes. Mike acaba se apaixonando da forma que toda mulher quer ser amada, com um toque de insanidade, de tirar o homem do sério a tratando como uma deusa, como a única mulher que interessa na face da terra, no entanto, preocupados em nossos objetivos profissionais e visionários acabamos sendo seletivos com o tipo de amor que queremos nos apaixonar, acabamos fazendo sacrifícios e esquecemos de nós mesmos, esquecemos de ter uma vida mais espontânea e lembramos sempre de pensar muito antes de viver. Há uma parte do filme que, considero a mais bonita e reveladora, quando Mike diz para Sue algo assim : "Você se preocupa em salvar as pessoas do mundo exceto a você mesma".
É isso... o amor tem que pedir passagem para que não morramos um pouco mais, mas ele só abrirá passagem se permitamos que ele opere.
Título Original: Management
Origem: Estados Unidos
Gênero(s): Comédia Romântica
Duração: 94 min
Diretor(a): Stephen Belber
Roteirista(s): Stephen Belber
Elenco: Jennifer Aniston, Steve Zahn, Margo Martindale, Fred Ward, James Hiroyuki Liao, Woody Harrelson, Katie O'Grady, Yolanda Suarez, Kevin Heffernan, Don Burns, Kimberly Howard, Collin Crowley, Gilberto Martin del Campo, Mark Boone Junior, Garfield Wedderburn
Confesso que não me interessei muit por esse filme não. Tanto por isso não fui conferi-los no cinema, mas seu olhar me despertou a curiosidade. Vou dar uma chance para esse filme.
ResponderExcluirBjs madame!
Oi Reinaldo,
ResponderExcluirNa verdade, se você não assistí-lo não fará diferença porque o filme é muito parado e não tão charmoso como outras comédias românticas, mas pensando sob a ótica de nos "darmos a chance para sermos felizes com quem menos imaginemos", vale uma sessão da tarde.
PS: Pra falar a verdade, achei o filme meio chatinho por conta de não fazer-me suspirar de amores ou de risadas . Uma pena! Passa longe do charme das fitas de A proposta e a verdade nua e crua, por exemplo.
Beijos da Madame!
Esse que é o legal da crítica. Separar o emocional do racional. As vezes um filme pode não corresponer emocionalmente a teus anseios e expectativas e ainda assim ser um material digno em algum nível. acho que isso ficou bem claro com a sua crítica madame.
ResponderExcluirBeijos
É vero, Rei... nós, como cinéfilos e apaixonados pela sétima Arte temos esta missão de ver além da tela, não é mesmo?
ResponderExcluirBeijo da Madame!