Madame Lumière será implacável com você, caro leitor, caso você não tenha assistido ou não assista Busca Implacável com Liam Neeson em uma interpretação cheia de ação, fúria e vingança, absolutamente memorável. O filme relata a história de Bryan ( Liam Neeson), um pai protetor que vive solitário em Los Angeles e é um hábil e experiente ex-espião do governo cuja única filha Kim (Maggie Grace) é raptada durante uma viagem à Paris por um grupo de perigosos albaneses que comercializam jovens turistas no mercado negro de tráfico de mulheres. Elas são observadas assim que chegam ao aeroporto, enganadas por homens sedutores, raptadas e forçadas a se drogarem e se prostituírem além de serem vendidas a homens influentes. Busca Implacável é dirigido pelo diretor Francês Pierre Morel e produzido por Luc Besson, uma competente dupla explosiva que, no próximo ano, lançará o também Dupla Explosiva (From Paris to Love) com John Travolta e Jonathan Rys Meyers.
Convém ilustrar, como prioridade, que o aspecto emotivo da fúria de Bryan é bem fundamentado no enredo, o que torna a sua vingança mais justa para o espectador e, consequentemente, o filme mais interessante. Esta fúria implacável ocorre não somente pelo fato da filha dele ser raptada, mas por duas razões: a primeira, porque é uma filha a qual ele protege ao extremo mesmo que ela viva com a mãe (Famke Janssen) e o padrastro. Ele tem imensurável afeto a ponto dela ser a prioridade de sua vida, também muito em função dele ter se ausentado da família durante o período que trabalhava como ex-soldado; definitivamente agora Bryan está e quer permanecer mais próximo à Kim como um verdadeiro pai. A segunda é porque os criminosos são repugnantes, inescrupulosos ao extremo e traficam mulheres e, um dos crimes mais hediondos que a humanidade pode cometer é ferir os direitos humanos de que pessoas são livres e não são mercadorias. Ninguém deve lucrar com isso, jamais! Ver mulheres sendo tiradas de suas famílias e obrigadas a ser dependentes de drogas, prostitutas e mercadorias de leilão para ricaços é revoltante, por isso, de imediato, o público deseja que Bryan acabe com todos os criminosos, sendo muito mau, uma máquina de guerra sem compaixão.
Busca Implacável afirma que família é assunto sério, filhos muito mais e, espera-se, principalmente, que os pais protejam seus filhos, principalmente quando são mulheres que esperam que seus pais sejam provedores de proteção e amor, como um super herói a defendê-las. Em uma modernidade doentia na qual, a maioria dos abusos sexuais contra crianças e adolescentes são provocados por familiares, assistir Liam Neeson quebrando tudo e todos para rever sua filha é magnífico e dá uma lição de moral de que pai foi feito para proteger a família e não para abusar de filhos e espancar esposas.
Com isso, Busca Implacável ressalta esta objetividade de não ter perdão e nem ser sensível quando somos atingidos no âmago da nossa prole, ainda que o filme seja uma ficção, é possível se sensibilizar com a dor de Bryan e como agiríamos se estivéssemos no lugar dele e se pudéssemos agir com violência. Ver uma filha virgem prestes a ser a prostituta drogada de um Sheik após um rapto transformaria pais e mães em máquinas mortíferas. Eu, particulamente, seria como loba feroz cuidando da minha matilha e buscaria justiça implacavelmente, mesmo que não pudesse ser com minhas próprias mãos, afinal o "crime não compensa" e sangue derramado não lava a alma, mesmo que a lei não funcione eficazmente.
Liam Neeson está tão fantástico no papel porque Bryan consegue equilibrar a emoção pela perda temporária da filha e o seu caratér vulnerável e humano como pai (pólo emocional) e a busca implacável, impiedosa, impregnada de razão, ágil ação e habilidosa técnica militar (pólo racional), logo, o dinamismo das cenas de violência graças à habilidade e à experiência da produção e da direção fazem de Busca Implacável um dos melhores filmes de ação dos últimos tempos. Prático, rápido, equilibrado e funcional, virtudes que fazem a diferença na busca de tudo que nos é precioso.
Origem: França
Gênero(s): Ação, Suspense
Duração: 93 min
Diretor(a): Pierre Morel
Roteirista(s): Luc Besson, Robert Mark Kamen
Olha ainda não li a critica, mas já tenho que tecer um comentário sobre o inicio da mesma: "implacável" rsrs
ResponderExcluiradorei
Gostei muito da critica. Ela sintetiza tudo o que senti ao ver o filme. Esses são os bons filmes de ação. Ecos dos anos 80. Com personagens celebres como John McLane. Busca implacavel é como Desejo de matar com Charles Bronson. Só que com o talento drámatico de Liam Neeson a seu serviço.
ResponderExcluirBjs madame
Obrigada, Reinaldo. Seremos implacáveis!!!!
ResponderExcluirHmmm, John McLane, Charles Bronson... excelentes referências. Eu gostei tanto de Busca Implacável que assisti 2 x, uma atrás da outra. Praticamente tive um caso com Liam Neeson, o acompanhando nesta impiedosa jornada (rs)...
Beijo da Madame!