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2009 foi o ano da volta de Nia Vardalos , atriz canadense que ficou famosa ao protagonizar a comédia Casamento Grego com o charmoso ator Joh...

Falando Grego ( My Life in Ruins ) - 2009


2009 foi o ano da volta de Nia Vardalos, atriz canadense que ficou famosa ao protagonizar a comédia Casamento Grego com o charmoso ator John Corbett. Por incrível que pareça, ela não é grega, mas filmes com conteúdo grego ou são uma benção e/ou um karma na vida da atriz. Este ano, ela volta às telas com duas novas comédias e totalmente recauchutada nos seus quase 50 anos de idade. Além de estrear no filme "Eu odeio o dia dos namorados" também ao lado de Corbett, ela está em "Falando Grego", comédia romântica dirigida por Donaldd Petrie que se especializou no gênero e tem no currículo filmes como "Sorte no Amor" , "Miss Simpatia" e "Como perder um homem em 10 dias".




Em Falando Grego, Nia é Georgia, uma guia de turismo formada em História Clássica que nasceu nos Estados Unidos mas que vive e trabalha na Grécia. Ela tem o típico emprego que tinha tudo para ser perfeito: conhecer pessoas de várias nacionalidades, se socializar em um ambiente intercultural, viajar e ganhar dinheiro ao mesmo tempo e desfrutar lindas paisagens gregas, mas o emprego é quase um pesadelo. Ela sempre fica com o pior grupo de turistas já que sua "superior" puxa o saco do outro guia turístico puxa saco, o trapaceiro Nico (Alistair McGowan). Por ser uma mulher que valoriza a Arte, a História e a Cultura da região, Georgia é daquelas guias de turismo mais formais que gosta de contar estes detalhes sobre a Grécia aos turistas durante os passeios, no entanto, o grupo é tão difícil e desinteressado que ela começa a se desmotivar mais e mais, além disso ela passa maus bocados durante a excursão como: hospedagem em espeluncas, ônibus em mau estado e sem ar condicionado, turistas complicados e as trapaças de Nico empenhado em fazê-la perder o emprego. Com este cenário e, considerando que ela não tem qualquer vínculo emocional na Grécia, é solteira, solitária e não transa há 1 século, ela perde totalmente o seu Kefi, que na língua grega, é a vivacidade do povo grego, a tal ponto que ela decide que esta será a última excursão; ela pedirá demissão e voltará para a América.



Neste grupo de turistas, Georgia conhece Irv (Richard Dreyfuss) que perdeu a esposa há 3 anos e está viajando sozinho. Ele, sendo mais "espiritualizado" e bem humorado, começa a influenciá-la a mudar e recuperar esta vivacidade grega. Georgia vai ficando mais informal e afetuosa e, a partir daí, ela começa a enxergar seu grupo de turistas com outros olhos. Em contrapartida, ela também acaba sendo mais aceita pelo grupo que se torna mais coeso, mais unido e amigável. Com um novo olhar frente à vida e seguindo os "toques" de Irv, ela acaba percebendo que o motorista do ônibus Poupi ( Alexis Georgoulis) está apaixonado por ela e, eles acabam se envolvendo amorosamente. Os conceitos de Georgia mudam, ela se transforma em uma nova mulher, a vida dela se transforma com novas resoluções no amor e no trabalho e o Kefi é recuperado.Adeus, América! Viva à Grécia!



O filme não é uma fenomenal comédia romântica e se limita a ter belas cenas da Grécia, a simpatia de Nia Vardalos com sua veia cômica e ser uma razoável opção para entretenimento vespertino, no entanto é um bom laboratório comportamental para perceber que temos que nos dar a chance de mudar a nós mesmos para que a vida mude com a gente. Temos que, no mínimo, tentar mudar se algo é tão insatisfatório como era a vida de Georgia, mas este mudar implica olhar para dentro antes de olhar para fora. Não fico surpresa dela querer fugir do país porque, eu mesma, já o quis várias vezes, tanto que já morei fora da minha cidade natal e hoje percebo que também era uma questão de "fuga". Eu simplesmente queria fugir de uma vida que eu achava ainda inexpressiva para o meu alto grau de expressiva paixão, mas depois descobri que muitas vezes o problema é mais conosco do que com o mundo e que temos que catalisar a mudança nos vários níveis.



A questão principal em Falando Grego é que Georgia não "falava a mesma língua da Grécia". A vida dela estava em ruínas nas gregas ruínas. Ela não "dançava" na tragédia, ela não "chorava" na comédia. Ela era estática demais e, até mesmo como guia de turismo, ela não tinha aquela "leitura" do ambiente e das pessoas. Ela era uma estrangeira na mais "outsider" das expressões. A felicidade só apareceu quando ela se dispôs a mudar e a ouvir Ivr, Poupi e outros, quando ela começou a entender a "língua" da vida que possibilita novas vivências e novas conquistas.


Avaliação Madame Lumière



Título Original:
My Life in Ruins

Origem: Estados Unidos, Espanha
Gênero(s): Comédia Romântica
Duração: 95 min
Diretor(a): Donald Petrie
Roteirista(s): Mike Reiss
Elenco: Nia Vardalos, Richard Dreyfuss, Alexis Georgoulis, Alistair McGowan, Harland Williams, Rachel Dratch, Caroline Goodall, Ian Ogilvy, Sophie Stuckey, María Botto, María Adánez, Brian Palermo, Jareb Dauplaise, Simon Gleeson, Natalie O'Donnell

4 comentários:

  1. Olha, confesso que não vi esse filme por resistÊncia a Nia Vardalos que simplesmente não quer abandonar o status quo de Casamento grego.
    Já deu o que tinha que dar né?! rsrs
    Bjs

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  2. Haha... gostei da "resistência" a Nia Vardalos. Também acho chato ela ter entrado tão a fundo neste estereótipo de sempre estar relacionada a algo grego... Das duas uma: ou ela ama ou ela não tem outra opção!

    Obrigada pela fiel visita!

    beijo da Madame!

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  3. Acho que ela pensa que não tem outra opção. Sempre evocando seu maior sucesso. Seja John Corbett (Eu odeio o dia dos namorados) e a inadequação a certos preceitos sociais ou seja a cultura grega propriamente dito como nesse filme. O quanto antes ela se desvencilhar desse insegurança, melhor para ela ( e para nós, rsrs )
    Bjs

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  4. Assino embaixo. Ela ficou um tempinho fora dos longas... estou achando que ela se apegou a este temática com todas as forças... mas por outro lado, penso que ela deve ter problemas para conseguir outros papéis. Sejamos sinceros, Hollywood é uma grande corporação, com a elite do cinema e aqueles que sempre ficarao com papéis medianos e/ou totalmente descartáveis.

    Beijo da Madame!

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