Já que vocês estão começando a conhecer Madame Lumière, tenho que abrir-lhes o meu coração e confessar que por trás da fina casca glamurosa e madura que lhes fala, há uma mulher que ama comédias românticas, das mais sublimes às mais tolas, sou uma completa adolescente que suspira ao mais inocente e carinhoso riso de flerte entre os amantes a ponto de girar os meus lindos pés sem parar, muito feliz e extasiada quando a química perfeita entre os casais - amor e senso de humor - se materializam passando da tela para a minha sonhadora realidade. Não há como negar uma verdade nua e crua: até madames se descabelam, choram, suspiram e se apaixonam pelo eterno romance com toques de risos, beijos e sorrisos e, principalmente, o (re)encontro de apaixonados casais.
E falando sobre a verdade nua e crua, este é o título da recente comédia que me ofereceu uma agradável e divertida opção de entretenimento, bem equilibrada entre o riso, a paixão, o romance e a verdade de todo o relacionamento homem-mulher. O filme é estrelado por um maravilhoso duo de atores que me apetece muito e que já fez bonito em outras comédias: Katherine Keigl, excelente e carismática atriz em comédias como Vestida para casar (27 dresses) e Ligeiramente grávidos (Knocked-up) e Gerard Butler que marcou os corações românticos com seu inesquecível personagem Gerry em P.S. Eu te amo (P.S. I love you).
Em verdade nua e crua, Katherine Heigl faz o papel de Abby Richards, uma controladora, independente e bem sucedida produtora de um programa de TV que tem uma vida amorosa praticamente nula, além de idealizar o homem perfeito e detestar as idéias machistas do mulherengo apresentador Mike Chadway (Butler), o total anti-exemplo de homem para ela. Até que um dia eles se conhecem melhor, se tornam amigos e ele começa ajudá-la a conquistar um "partidão" bem nos moldes dela: um médico bonitão. Com isso, alguns paradigmas sobre relacionamento e amor são quebrados ao longo do filme o qual se transforma em um microcosmo da diferença entre homens e mulheres quando o assunto é relação afetiva, o famoso homens são de Marte e as mulheres de Vênus com direito à alguns aprendizados entre os sexos.
Com relação à criatividade em comédia romântica, não espere que este filme seja brilhante como comédias do nível de Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine) , mesmo porque isso é comédia romântica, bem dentro dos padrões "água com açucar" dos enredos românticos e é para diversão, não para filosofar sobre a complexidade das pulsões freudianas que influencia os comportamentos do homem no amor e no sexo .Ele é , acima de tudo, um filme comercial que trabalha sobre um tema recorrente, estereotipado, um verdadeiro clichê dos relacionamentos amorosos e, por isso, tem audiência porque, no fundo, homens e mulheres nunca terão a fórmula mágica que resolva suas diferenças, eles simplesmente se apaixonam por afinidades ou não, se entregam ou não à relação e aprendem com isso sobre si e os outros. No filme, há um envolvimento amoroso dos opostos, por mais que eles custem a perceber e aceitar isso, logo, esta é a grande lição do filme que, embora, não seja nenhuma novidade, possibilita que através da tela, percebamos como os padrões comportamentais de homens e mulheres se repetem, para a alegria ou para a tristeza, para o compromisso ou não, para o amor ou não, para o sexo ou não, para sempre ou não.
Eu, particulamente, penso que o filme é ótimo para o público feminino mesmo com os clichês feministas e chauvinistas. Mais uma vez porque, somos nós mulheres que idealizamos a relação até de uma forma muito hipócrita, permita-me dizer abertamente com todo o respeito pois adoro ser mulher; de fato nós gostamos de homens um pouco cafajestes, no melhor dos sentidos. Aquele homem que tem algo de libertário assim como Mike Chadway, que é capaz de tirar uma mulher de sua própria formalidade para o amor e mostrar-lhe uma nova perspectiva de conhecer seus próprios desejos, de se permitir ser feliz fora dos padrões de contos de fadas que ouvimos desde que éramos crianças de que o princípe ainda virá, só que agora mais modernizado em um carro do ano, um emprego bem remunerado, uma perspectiva de crescimento e segurança, inteligência, beleza, dinheiro, amor, amizade, fidelidade, blá, blá, blá...
Katherine Heigl, no começo do filme, tem o perfil da mulher moderna. Independente, exigente, crítica e bem sucedida mas, ao mesmo tempo, vulnerável quando o assunto é o coração. Abby Richards tem um cargo de comando em um programa de TV, mora em sua própria casa, com direito a gatos e peixinhos, mas não tem um relacionamento amoroso que ela julga à altura de suas exigências e ainda persegue encontrar um homem que atenda a lista de requisitos básicos para uma relação. Consegue identificar uma mulher como esta em nossa contemporaneidade? Não precisa ir muito longe, ela pode estar ao seu lado. Afinal, é triste assumir a própria vulnerabilidade do sexo feminino que naturalmente é mais condicionado a amar e a pensar no amor perfeito, sensível e companheiro, além de sofrer as labutas de lidar com a máquina programada que homens podem ser.
Por outro lado, o filme nos leva a pensar que a mulher também tem que se dar o valor como mulher e não sair por aí com todo o tipo de homem atendendo "mesmo que disfarçadamente" os requisitos padrão da ala masculina, principalmente porque a personagem de Heigl tem um momento que considero catártico, uma revelação de que ela tem que ser ela mesma, independente se ficará com o "homem perfeito" ou o "imperfeito" no filme. Quando ela se dá conta de que está representando uma personagem para agradar o médico "partidão" que está namorando, é como descobrir que ela acabou caindo na própria armadilha que tanto abomina: acabou sendo o que os homens esperam que ela seja. Quanta ironia do destino!
O relacionamento pode estar onde menos se imagina, sem dúvidas, esta é a verdade nua e crua.
Por Madame Lumière
Título Original: The ugly truthE falando sobre a verdade nua e crua, este é o título da recente comédia que me ofereceu uma agradável e divertida opção de entretenimento, bem equilibrada entre o riso, a paixão, o romance e a verdade de todo o relacionamento homem-mulher. O filme é estrelado por um maravilhoso duo de atores que me apetece muito e que já fez bonito em outras comédias: Katherine Keigl, excelente e carismática atriz em comédias como Vestida para casar (27 dresses) e Ligeiramente grávidos (Knocked-up) e Gerard Butler que marcou os corações românticos com seu inesquecível personagem Gerry em P.S. Eu te amo (P.S. I love you).
Em verdade nua e crua, Katherine Heigl faz o papel de Abby Richards, uma controladora, independente e bem sucedida produtora de um programa de TV que tem uma vida amorosa praticamente nula, além de idealizar o homem perfeito e detestar as idéias machistas do mulherengo apresentador Mike Chadway (Butler), o total anti-exemplo de homem para ela. Até que um dia eles se conhecem melhor, se tornam amigos e ele começa ajudá-la a conquistar um "partidão" bem nos moldes dela: um médico bonitão. Com isso, alguns paradigmas sobre relacionamento e amor são quebrados ao longo do filme o qual se transforma em um microcosmo da diferença entre homens e mulheres quando o assunto é relação afetiva, o famoso homens são de Marte e as mulheres de Vênus com direito à alguns aprendizados entre os sexos.
Com relação à criatividade em comédia romântica, não espere que este filme seja brilhante como comédias do nível de Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine) , mesmo porque isso é comédia romântica, bem dentro dos padrões "água com açucar" dos enredos românticos e é para diversão, não para filosofar sobre a complexidade das pulsões freudianas que influencia os comportamentos do homem no amor e no sexo .Ele é , acima de tudo, um filme comercial que trabalha sobre um tema recorrente, estereotipado, um verdadeiro clichê dos relacionamentos amorosos e, por isso, tem audiência porque, no fundo, homens e mulheres nunca terão a fórmula mágica que resolva suas diferenças, eles simplesmente se apaixonam por afinidades ou não, se entregam ou não à relação e aprendem com isso sobre si e os outros. No filme, há um envolvimento amoroso dos opostos, por mais que eles custem a perceber e aceitar isso, logo, esta é a grande lição do filme que, embora, não seja nenhuma novidade, possibilita que através da tela, percebamos como os padrões comportamentais de homens e mulheres se repetem, para a alegria ou para a tristeza, para o compromisso ou não, para o amor ou não, para o sexo ou não, para sempre ou não.
Eu, particulamente, penso que o filme é ótimo para o público feminino mesmo com os clichês feministas e chauvinistas. Mais uma vez porque, somos nós mulheres que idealizamos a relação até de uma forma muito hipócrita, permita-me dizer abertamente com todo o respeito pois adoro ser mulher; de fato nós gostamos de homens um pouco cafajestes, no melhor dos sentidos. Aquele homem que tem algo de libertário assim como Mike Chadway, que é capaz de tirar uma mulher de sua própria formalidade para o amor e mostrar-lhe uma nova perspectiva de conhecer seus próprios desejos, de se permitir ser feliz fora dos padrões de contos de fadas que ouvimos desde que éramos crianças de que o princípe ainda virá, só que agora mais modernizado em um carro do ano, um emprego bem remunerado, uma perspectiva de crescimento e segurança, inteligência, beleza, dinheiro, amor, amizade, fidelidade, blá, blá, blá...
Katherine Heigl, no começo do filme, tem o perfil da mulher moderna. Independente, exigente, crítica e bem sucedida mas, ao mesmo tempo, vulnerável quando o assunto é o coração. Abby Richards tem um cargo de comando em um programa de TV, mora em sua própria casa, com direito a gatos e peixinhos, mas não tem um relacionamento amoroso que ela julga à altura de suas exigências e ainda persegue encontrar um homem que atenda a lista de requisitos básicos para uma relação. Consegue identificar uma mulher como esta em nossa contemporaneidade? Não precisa ir muito longe, ela pode estar ao seu lado. Afinal, é triste assumir a própria vulnerabilidade do sexo feminino que naturalmente é mais condicionado a amar e a pensar no amor perfeito, sensível e companheiro, além de sofrer as labutas de lidar com a máquina programada que homens podem ser.
Por outro lado, o filme nos leva a pensar que a mulher também tem que se dar o valor como mulher e não sair por aí com todo o tipo de homem atendendo "mesmo que disfarçadamente" os requisitos padrão da ala masculina, principalmente porque a personagem de Heigl tem um momento que considero catártico, uma revelação de que ela tem que ser ela mesma, independente se ficará com o "homem perfeito" ou o "imperfeito" no filme. Quando ela se dá conta de que está representando uma personagem para agradar o médico "partidão" que está namorando, é como descobrir que ela acabou caindo na própria armadilha que tanto abomina: acabou sendo o que os homens esperam que ela seja. Quanta ironia do destino!
O relacionamento pode estar onde menos se imagina, sem dúvidas, esta é a verdade nua e crua.
Por Madame Lumière
Origem: EUA
Gênero(s): Comédia romântica
Duração: 97 minutos
Diretor(a): Robert Luketic
Roteirista(s): Nicole Eastman, Karen McCullah Lutz, Kirsten Smith
Elenco: Katherine Heigl, Gerard Butler, Bree Turner, Eric Winter, Nick Searcy, Jesse D. Goins, Cheryl Hines, John Michael Higgins, Noach Matthews, Bonnie Somerville, John Sloman, Yvette Nicole Brown, Nathan Corddry, Allen Maldonado, Steve Little.
Foto prèmiere créditos: Acess Hollywood e Wondercelebrity
Texto: Copyright Madame Lumière
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Cristiane Costa, MaDame Lumière