Sou MaDame Lumière. Cinema é o meu Luxo.

Verdadeiras Madames nunca perdem sua jovialidade expressa além da pele bem conservada pelo uso inteligente de filtro solar. São "vampi...

A saga do Crepúsculo : Lua Nova ( The Twilight Saga: New Moon) - 2009


Verdadeiras Madames nunca perdem sua jovialidade expressa além da pele bem conservada pelo uso inteligente de filtro solar. São "vampiras" maduras, modernas e sofisticadas mas que mantêm um charme jovial e cativante, um Q de Mademoiselle que, por conseguinte, tem um Q de Jeune Femme(jovem garota). Mulher de verdade não deixa escapar aspectos pueris e adolescentes da sua doce feminilidade que, incluem, adorar histórias românticas e juvenis como o casal star do cinema atual, os apaixonados Edward Cullen (Robert Pattinson) e Bella Swan (Kristen Stewart) da aclamada Saga Crepúsculo, a mina de ouro da escritora Stephenie Meyer.




Por este motivo, gosto desta Saga e, confesso descaradamente, fico enlouquecida para ver todos os filmes ainda que saiba claramente que a história é muito simples - uma história de amor entre um vampiro e uma humana - com toda a ornamentação literária do amor exaltado, com juras de amor, suas dificuldades de plena realização e conflitos entre homens, vampiros e lobisomens. Não à toa, a obra de Stephenie Meyer é um produto altamente comercial para um público que facilmente adota ídolos fantásticos, mágicos, espirituais, medievais, etc assim como foi Harry Potter e O Senhor dos Anéis, com a diferença que a Saga Crepúsculo é muito mais marketeira com um enredo não muito ativo e muito mais mediano baseado no romance. O amor sempre vende livros. Vampiros também. Humanos seduzidos e apaixonados por vampiros vendem muito mais. E, de repente, vejo-me transmutada, sendo sugada pelo espírito das massas que amam a série.




No fundo, sou uma eterna romântica e passional madame, daquelas que sempre vivem um amor como se fosse o primeiro, fiel e apaixonadamente e, por isso, entendo como é sentir-se Bella. Deixo esta febre Crepusculiana ferver meu sangue meloso pelas dóceis declarações de amor entre Bella e Edward mas, para que me apredejem um pouco por ser um tanto realista demais, ainda tenho os pés no chão para lhes afirmar (e, os Twilighters na beira da loucura idólatra podem reclamar de mim como quiserem): Tanto Crepúsculo quanto Lua Nova foram filmes que, como a maioria caracterizada por filmes com continuação, deixaram a desejar e terminam me dando a impressão de que o filme não tem nexo, nem conteúdo e nem ação e, ainda tem o azar de não criar uma coesão tão imediata quanto é possível fazer ao ler e reler as sequências nos livros.



É triste ver que Lua Nova não encantou o suficiente superando os problemas do primeiro filme Crepúsculo o qual embora tenha causado a excitante expectativa de apresentar os personagens da saga, teve um fim non sense, deixando a audiência com aquela sensação "Já acabou? Não acredito que o fim do filme é este!". Imagine que, ao iniciar Lua Nova, eu estava a contemplá-lo como se fosse uma lua, brilhante, fascinante. Após Bella levar um fora no qual Edward a dispensa friamente, a lua foi ficando dark, negríssima. Quando Bella começou a ter uma amizade mais próxima com Jakob (Taylor Lautner), a lua começou a emitir uns pontos radiantes, mas a cada vez que Jakob tentava aproximar-se dela e ela se esquivava, a lua emitiva uma luz vermelha que não é de paixão, mas de irritabilidade, afinal eu ficava irada . E adivinha por quê? Porque Bella é fofa , tem cabelos que eu adoro e tem um estilo que eu aprecio, mas ela é cansativa em Lua Nova. Muito cansativa e cansa a minha beleza e a do Jakob, enrolando o pobre do menino lobo.


Os foras dela em Jakob foram uma tragicomédia e, os relacionamentos impossíveis têm estes requintes de sado-masoquismo. Sabe aquela história clássica de desencontros? João ama Maria, Maria ama José, José ama Aninha que ama João. Aqui o padrão se repete. Jakob ama Bella. Bella ama Edward. Edward ama Bella e lida com os conflitos da relação que nem ele mesmo consegue resolvê-los. Desencontros não me irritam, pelo contrário, já tive tantos que me sensibilizo com as personagens e seus amores de idas e vindas, certezas e incertezas. No entanto, nesta altura do filme, irritei-me com aquela enrolação amorosa de meninas complicadas . Eu sou complicada, mas sou prática e sensível com homens como Jakob. Bella representa a garota que, classicamente, diz no final do filme "Jakob, Eu te amo mas não me faça escolher porque será Edward, sempre foi Edward". Sentiu a incoerência? Eu a senti e também senti um desperdício de abdômem, bíceps e tríceps sarados por Jakob que eu, a loba segundo a Psicanálise, poderia tê-los prazerosamente em minha matilha.

Ainda que eu torça para o casal Swan e Cullen a tal ponto de querer somente vê-los na minha frente quando assisto a saga, acho péssimo como Jakob é usado por Bella para que ela não se sinta sem o amigo nos momentos de fossa juvenil que ela tem. Eu, no lugar dele, viraria o lobo mau , só que não comeria nem a vovó e nem a Bella. Pra quê? Mulher não gosta de cara muito fácil, mulher gosta de caras difíceis, imprevisíveis, nada óbvios. Independente disso, penso que ela se preocupa somente com ela e as neuras dela, ter o pobre coitado ao seu lado é cômodo, gerenciando a amizade e o amor não correspondido por ela e, tendo Edward Cullen indeciso ao lado dela enquanto ela tenta convencê-lo a transmudá-la à Srta Vampira Cullen. Enfim, apesar das coisas feias que Bella faz com o pobre do lobisomen, é engraçado ver os tipos de homens que ela se envolve - muito bizarros. Qual será a próxima criatura? Se for lindos, manda um pra cá. Adoro dentes caninos, mordidas de outro mundo.



Ainda que eu goste lealmente de um drama de amor bem açucarado com frases românticas, encontros e desencontros by Twilight, o que matou Lua Nova como filme (e eu já sabia por causa do livro) é o desaparecimento de Edward Cullen em boa parte desta produção. Ele é muito importante no cast para desaparecer assim, por isso, o filme perdeu o seu sabor vermelho, apetitosamente vampírico. Seriamente pensei que roteiristas otimizariam esta triste lacuna com algumas aparições extras, mas não. Infelizmente, não há tanto de Cullen para que contemplemos o romance do casal que é a mola propulsora de toda esta veneração global e poderia render um caldo. Além disso não há nem como desfrutar o triângulo amoroso e as tensões do mesmo, logo este triângulo amoroso é praticamente irrelevante no filme, ele simplesmente não existe na prática, pelo menos, não da forma que julgo excitante, ainda que dramatizante. A frustração de ver Edward Cullen somente 20-30 minutos antes de terminar Lua Nova é uma dentada além de um bofetão na cara da audiência mais criteriosa. Basicamente umas cenas finais nas quais Bella o salva de uma exposição vampírica pública, eles se abraçam e se beijam e, depois, ele apanha um pouquinho dos Vultori(clã poderoso de vampiros que, honestamente, pensei que ia dar mais trabalho no filme, propiciar bastante perigo e maldade, mas uma pena terem sido sub-utilizados), enfim nada realmente emocionante e bem ornamentado nos efeitos especiais que justifique sentirmos a dor no lugar de Edward.

Dor é esperar tanto por um lançamento e ver a lua dando risada na minha cara mas, como boa romântica e apaixonada pelo casal Bella e Edward, aguardo esperançosamente pelo Eclipse de 2010.

Por Madame Lumière

Avaliação Madame Lumière





Título Original: New Moon
Origem: Estados Unidos
Gênero(s): Fantasia, Romance
Duração: 130 min
Diretor(a): Chris Weitz
Roteirista(s): Stephenie Meyer, Melissa Rosenberg
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lutner, Ashley Greene, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Kellan Lutz, Nikki Reed, Jackson Rathbone, Bronson Pelletier, Alex Meraz, Kiowa Gordon, Billy Burke,Chaske Spencer, Edi Gathegi

Créditos fotos: Lua Nova

5 comentários:

  1. E eu acho que Eclipse vai dar um caldo. David Slade, diretor de filmes como menimamá.com e 30 dias de noite está a frente da adaptação e boatos dão conta de que Tim Burton pode assumir o quarto livro. Concordo com vc madame. Lua nova é cheio de incoerências, excessos e equívocos, mas ainda assim, para quem gosta de um romance trágico, é irresistível.
    Bjs

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  2. Wow, Tim Burton! Mudaria totalmente o rumo da direção! Adoro as esquisitices dele!

    Apesar das minhas críticas, ainda é Crepúsculo, né Monsieur? A alma sempre se rende aos dramas românticos que todo o coração sabe bem o que é. Eu acredito no Amor!

    Beijos da madame!

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  3. Gostei do filme, apesar de que o final (nao li nenhum dos livros ainda, apesar de te-los)me surpreendeu...simplesmente acaba assim? Edward pedindo Bella em casamento?? Com certeza a continuidade deve ser no Eclipse, mesmo assim achei meio "cortante". Sou fanatica por titulos q se refiram a vampiros e lobisomens, sao fascinantes. Dando uma forca ao nosso Brasil, Vooces conhecem o Autor literario Andre Vianco neh? MARAVILHOSO OS LIVROS. DARIAM OTIMOS FILMES

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  4. Olá Will, obrigada pela sua visita.

    O problemas das continuações é exatamente este, os finais são péssimos e, normalmente, os filmes, embora agradáveis a depender da franquia, dificilmente são coesos entre si.

    Em Crepúsculo, o final deixou um gosto de "quero mais romance, quero que Bella seja transmutada e viva feliz para sempre ao lado de Edward". Em Lua Nova, o final deixou um gosto de "quero mais Edward e Bella juntos no próximo filme já que só vi mais Jacob e Bella".

    Vamos esperar Eclipse. Espero que seja melhor que este último!

    Também gosto destes filmes. São tão sensuais. Eu não conheço este Autor, mas irei buscar os títulos. Obrigada pela dica!

    Abs!

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  5. Comentário extra:

    Após assistir Eclipse, concluo que este é o que deixa mais a desejar, mas ainda cumpre mais o livro do que Eclipse. O Livro de Eclipse é bem superior a Lua Nova e, na hora da filmagem, tinha mais coisa a ser acrescentada, mas enfim, de maneira geral, os filmes não tinham muito para onde escapar. Este é o mal das continuações, exigem uma certa coerência que nem sempre cobre tudo que a literatura se dispõe.
    Eu acho que Lua Nova é um filme que está em uma posição mais "difícil", isso deve ser considerado ao compará-lo com o primeiro e o terceiro filmes.

    Ele está entre o começo da história, na qual a diretora Catherine Hardwicke (de Crepúsculo) tinha que conquistar a audiência (o que é uma grande responsabilidade) e enfrentar o desafio de criar o mundo Crepúsculo, das cores que Bella usaria até quem seria o galã Edward, além disso ela tinha que deixar um final que teria continuação. Depois veio Lua Nova, com um outro diretor que tinha a responsabilidade de criar um ambiente melancólico para Bella. Ela fica longe do seu Edward e, muito do efeito contra do filme é que não há tanto romance entre a humana e o vampiro, há muito sofrimento porque ela leva um 'mini-fora' de Edward e, uma Bella que recorre a um amigo Jacob que, ela descobre ser um lobisomen, ou seja, mais novidade para a vida dela. O final de Lua Nova é ruim porque aquela briguinha entre Jacob e Edward foi tosca e há aquela velha questão: "pobre Jacob, ajudou, ajudou a Bella e ficou em segundo plano". Para quem simpatiza com Jacob e sabe que amar alguém e não ser correpondido é uma merda, provavelmente se incomodou com este final.

    Depois vem Eclipse e, é um filme mais ágil, mais passional, mais 'ménage a trois', o triângulo e a criação dos recém-nascidos dispostos a trucidar Bella torna o filme mais interessante, mas há uns probleminhas clássicos como em toda a sequência, ainda assim Eclipse tem o melhor livro e, por isso, um enredo mais interessante.

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