por Cristiane Costa
Com a comodidade de ter plataformas como Netflix a poucos segundos do controle remoto vem a responsabilidade de escolher bons títulos. Parece tarefa fácil, mas não é. Vários espectadores já passaram por aquele momento em que navegar pelas categorias do menu dura mais de 10 minutos (e até muito mais). Haja paciência para encontrar alguma novidade que faça valer a pena o tempo, não é mesmo? Mas, acredite! Quem procura bem, acha coisa boa!
Apesar do catálogo ainda carecer de grandes lançamentos com agilidade na disponibilização, Netflix é uma diversão imprescindível para alegrar os lares e tem um potencial cada vez maior de trazer títulos que não entrariam em cartaz ou que passam muito rápido pelas salas de cinema. Uma das maiores vantagens também é descobrir filmes de vários países que, não necessariamente, foram ovacionados em vários festivais e nem todos passaram pelos cinemas Brasileiros.
Pensando na sua comodidade, MaDame Lumière selecionou 10 filmes para você quebrar a sua rotina. Foram escolhidos 10 diretores(as) de diferentes países que se destacam na categoria de filmes estrangeiros e também para assegurar a diversidade na seleção.
Além dos longas serem ótimas diversões, eles tratam de temas de interessante apelo como o desejo e diferentes formas de prazer, a tradição e impactos familiares em histórias da Índia, Itália e Israel, o difícil universo da moda e da profissão de top model e outros temas como canibalismo, zumbis, homossexualidade, paixão e relações de poder, amor e amadurecimento.
Esta seleção está imperdível!
Boa sessão!
Cristiane Costa
Editora e crítica de Cinema
MaDame Lumière
10. Top Model (The Model, 2016)
Diretor: Mads Matthiesen, Dinamarca
Quando o sonho de ser modelo, uma paixão obsessiva e os riscos do mercado da moda se encontram, uma jovem e sedutora mulher é levada a situações extremas. A top model Emma (Maria Palm) tem uma beleza misteriosa e desabrochante. Seu tórrido caso de amor com o badalado fotógrafo Shane White (Ed Shrein) transforma o filme em um enigmático drama que denuncia o lado amargo do sedutor mundo fashion.
9. Queda livre (Freier Fall, 2013)
Diretor: Stephan Lacant, Alemanha
Um amor explosivo entre dois policiais, Marc (Hanno Koffler) e Kay (Max Riemelt) levam ambos a uma dramática queda livre em suas vidas. Marc está dividido entre a família e a opinião dos amigos, Kay está perdidamente apaixonado e ama com intensidade. As boas atuações dos dois atores garantem cenas realistas que mostram paixão, sofrimento e desejos reprimidos.
8. Kiki, os segredos do desejo (Kiki, el amor se hace, 2016)
Diretor: Paco León, Espanha
Esta divertida comédia erótica é uma celebração de vários tipos de desejo e prazer: do amor a três à libido por pessoas que dormem, o longa liberta sem qualquer inibição diversas taras, sempre com diálogos engraçados e situações inusitadas. O mesmo espírito Almodovariano prevalece aqui, conta os segredinhos libidinosos, atiça a imaginação e esquenta a sessão.
7. A garota Húngara (Demimonde/Félvilág, 2015)
Diretor: Attila Szász, Hungria
As relações de poder, amor e sedução se desenvolvem na casa habitada pela prostituta Elza (Patricia Kovács) e suas duas empregadas, Rószi (Dorka Gryllus) e Kató (Laura Döbrösi). Um sedutor jogo de poder, obsessão, vingança e morte conduzem o espectador a um trágico desfecho e mostra que algumas histórias pessoais já nascem para ser tragédias sociais.
6. Raw (Grave, 2016)
Diretora: Julia Ducournau, França
Uma universitária vegetariana come carne durante o trote na faculdade. A partir daí, é possuída por um desejo voraz de devorar carne humana. Raw é cru como o título, um filme de horror sobre canibalismo com cenas viscerais de dar embrulho no estomago. A excelente atuação de Garance Marillier no papel de Justine cresce à medida que ela se torna mais letal em seu frágil corpo. Muito mais que um drama pessoal, Raw é um drama familiar.
5. Tempestade de Areia (Sufat Chol, 2016)
Diretora: Elite Zexer, Israel
Layla (Lamsi Ammar) é a jovem libertária que luta contra as tradições impostas por sua família em uma aldeia beduína em Israel. Convivendo com pais rígidos e em conflito em um local pobre, silenciada até mesmo no direito a amar e negociada como mercadoria para um casamento, esse belo drama tem a força da rebeldia mas também a fraqueza imposta às mulheres por uma cultura tradicionalmente machista.
4. Masaan (Masaan, 2015)
Diretor: Neeraj Ghaywan, India
Com uma excelente direção que ganhou o prêmio Un Certain Regard de Cannes 2015, Masaan é um drama moderno que mostra a realidade dos jovens em uma Índia ainda tradicional e miserável. Com 4 histórias que se cruzam no roteiro, a repressão, o suicídio, a corrupção, a pobreza e o preconceito de castas surgem como subtemas entrelaçados a essa dramáticas realidades e fazem parte das duras consequências que impõem sofrimento e falta de liberdade às novas gerações.
3. Invasão Zumbi (Train to Busan, 2016)
Diretor: Sang-ho Yeon, Coréia do Sul
Uma história dinâmica sobre sobrevivência na qual os passageiros pegam o trem de Seul a Busan e fogem de um bando de zumbis. Com maestria, este é um imperdível zombie film Coreano que dá de dez a zero em muitos blockbusters americanos. O diretor Yeon assegura um ótimo ritmo, com uma combinação crível entre ação e drama familiar que garante momentos de tirar o fôlego e arrancar algumas lágrimas. O excelente elenco tem Yoo Gong e Dong-seok Ma, respectivamente, o executivo em redenção e o herói que rouba a cena e cuida da mulher grávida.
2. Um sonho de amor (Io sonno L'Amore, 2009)
Diretor: Luca Guadagnino, Itália
A tradição dos Recchis, uma família industrial Italiana é colocada em xeque quando a refinada matriarca Emma (Tilda Swinton) cede ao desejo, amor e prazeres ao conhecer o chef Antonio (Edoardo Gabbriellini). O êxito (e sedução) do filme é a direção sensorial, envolvente e provocativa de Guadagnino que, com a excepcional atuação de Swinton, faz desmoronar o castelo de cartas desta riquíssima e conservadora família.
1. Sing street : música e sonho (Sing Street, 2009)
Diretor: John Carney, Irlanda
Imagine um filme gracioso e agradável de assistir que reúne várias referências pop rock e cinéfilas e mostra um encantador rito de amadurecimento com muitas músicas cool, um garoto apaixonado (Ferdia Walsh-Peelo), uma musa inspiradora (Kelly Thornton) e uma turminha de amigos que montam uma banda? Imaginou? Ele é "Sing Street". Com um jeito criativo e descolado que não deixa a tradição dos músicos atrás e nem mesmo o lado deprê da criação, John Carney realiza um longa nostálgico e, ao mesmo tempo, futurista para os jovens. Cheio de sonhos, romance e música, o filme retrata a época de escola, de descobrir músicas, de se apaixonar, fazer amigos e aspirar conquistas. Tem de tudo para tocar os corações de adultos e jovens.
Lista e ranking elaborados por Cristiane Costa para MaDame Listas
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