Sou MaDame Lumière. Cinema é o meu Luxo.

Queridinho do Festival do Sundance de 2010, Blue Valentine é uma realista e poderosa história de amor, em todas as suas mais dolorosas e af...

Um Filme, Uma Canção: You and me, Penny & the Quarters em Blue Valentine (2010)




Queridinho do Festival do Sundance de 2010, Blue Valentine é uma realista e poderosa história de amor, em todas as suas mais dolorosas e afetuosas contradições. Estrelado por Ryan Gosling e Michelle Williams, que interpretam um casal em crise no casamento, o filme é um belo e raro exemplar cinematográfico de que o matrimônio desgastado é impregnado de complexidades afetivas que, no mais louvável antagonismo, são mais simples do que se imagina: assim, cotidianas verdades que vêem à tona após e durante conjugais silêncios ou a qualquer momento que traz a carga dramática de problemas mal resolvidos ou simplesmente problemas, afinal o bem da verdade é que relacionamentos não são feitos para serem estáveis e muito menos perfeitos. Na seara da diversidade dos relacionamentos amorosos e seus mais variados conflitos , Blue Valentine tem uma bela verdade que permeia toda a película: essa é uma história de nós dois, de Dean e de Cindy; em uma relação, não importam os outros e sim, o 'nós', o 'você e eu', como bem dito pela música do casal, You and Me do Penny & The Quarters.



Essa canção é uma perfeita escolha para representar o casal Dean and Cindy; porque é uma música exclusiva que já começa pelo seu título: Você e eu, e de como ela é apresentada no filme. You and me não é uma música qualquer, é a "nossa música" segundo Dean ao levar o CD para Cindy, no dia em que ele conhece os pais dela. Também em uma trilha sonora, na maioria, com músicas de Grizzly Bear, essa é uma das poucas pertencentes a outra banda, o que já dá um tom especial, único. A letra e a melodia de balada nostálgica combinam com a atmosfera e a narrativa do filme, que intercala cenas do passado e do presente, e representa algo bem mais forte que os une desde o passado: essa conexão do você e eu que começou no passado e, mesmo que ofuscada pelos problemas conjugais, ainda permanece no presente! Se o amor é real, ele estará evidente com todas as suas imperfeições, não importa se Dean não tem fama, nem dinheiro, nem ambição, não importa se Cindy o trata com indiferença e não tem o mesmo desejo de fazer amor com ele. No final das contas, o que importa é o Você e Eu!








Um comentário:

Caro (a) leitor(a)

Obrigada pelo seu interesse em comentar no MaDame Lumiére. Sua participação é muito importante para trocarmos percepções e opiniões sobre a fascinante Sétima Arte.

Madame Lumière é um blog engajado e democrático, logo você é livre para elogiar ou criticar o filme assim como qualquer comentário dentro do assunto cinema e audiovisual.

No entanto, não serão aprovadas mensagens que insultem, difamem ou desrespeitem a autora do blog assim como qualquer ataque pessoal ofensivo a leitores do blog e suas opiniões. Também não serão aceitos comentários com propósitos propagandistas, obscenos, persecutórios, racistas, etc.

Caso não concorde com a opinião cinéfila de alguém, saiba como respondê-la educadamente, de forma a todos aprenderem juntos com esta magnífica arte. Opiniões distintas são bem vindas e enriquecem a discussão.

Saudações cinéfilas,

Cristiane Costa, MaDame Lumière