por Cristiane Costa, crítica de Cinema MaDame Lumière
Delegação francesa no Brasil destaca atores jovens como Lou de Lâage e
cineastas como Philippe Le Guay e Roschdy Zem
Um dos outros pontos fortes desta edição é a presença de dramas já premiados em Cannes ou em outros festivais internacionais, desta forma, o Varilux funciona como uma antecipação de estreias do circuito Brasileiro. Dentre os filmes que se destacaram em Cannes, a bola da vez é "Meu Rei" que, ao lado de "Os cowboys", "Agnus Dei" e "Viva a França" fazem parte dos principais dramas da programação. O filme de Maïwenn traz a excelente Emmanuelle Bercot (premiada como melhor atriz em Cannes por esta atuação), ao lado de Vincent Cassel, um dos atores mais admirados e em atividade na cinematografia Francesa. "Meu Rei" é o drama que dá um toque especial ao Varilux que, por tradição, explora muito as comédias dramáticas. Felizmente, este ano, a programação se empenhou em mesclar histórias mais densas. Assim como Emmanuelle dirigiu "De cabeça erguida", um excelente drama sobre a deliquência juvenil e sua potencial redenção, aqui, ela e Vincent apresentam os altos e baixos de um casamento, um amor mais visceral, doloroso, traumático.
Inegavelmente, um dos acertos da delegação francesa que chegou ao Brasil foi trazer a nova geração do Cinema Francês com atores como Lou de Laâge ("Agnus Dei"), Vincent Lacoste ("Lolo, o filho da minha namorada"), Finnegan Oldfield ("Os Cowboys"), além da atriz belga Virginie Efira ("Um amor à altura", de Laurent Tirard) e diretores reconhecidos pelo público e em evolução como Philippe Le Guay e Roschdy Zem. Com o ineditismo dos filmes da programação, o Festival acaba por ressaltar os novos talentos do Cinema Francês como o fez com atrizes como Adèle Haenel e Adèle Exarchopoulous em edições anteriores. Lou de Laâge e Vincent Lacoste já tinham se destacado, respectivamente, em "Respire" e "Hipocrate". Oldfield já trabalha na TV desde os 10 anos de idade e, em "Os Cowboys", tem uma boa performance ao lado de um dos atores mais engraçados da França, François Damiens , agora em um papel dramático.
Não menos interessante, o recorrente chamariz do Festival é rever atores experientes e vivenciar a graça de sua presença e talento. Este ano, a grande surpresa é Jean Rochenfort, um ícone da cinematografia da França e anos sem filmar. Em parceria com Philippe Le Guay (do excelente "As mulheres do 6º andar"), Rochenfort sustenta a comédia dramática sobre envelhecimento e a perda da memória, "Florida", ao lado de outra experiente atriz da França, Sandrine Kiberlain, que também trabalhou com Le Guay no passado. Além de Kiberlain e Damiens, o Festival traz os queridos Jean Dujardin ("Um amor à altura"), James Thièrrée ("Chocolate"), Fabrice Luchini ("A corte"), Dany Boon ( "Lolo, o filho da minha namorada") e Carmem Maura ("La Vanité").
Reservar alguns dias para conferir a programação do Varilux ficou mais fácil e, por isso, você não tem como perder um dos melhores momentos de difusão da cultura Francesa no Brasil. Uma das novidades deste ano é a extensão do Festival, que ganhou uma semana a mais, alcança 50 cidades. Além de maior flexibilidade com ampla programação, os organizadores trazem sessões educativas, workshops e oficinais cinematográficas, democratização de alguns espaços de exibição e debates com a delegação Francesa. Com todas estas delícias cinematográficas, resta-nos um "Merci et Vive la France!"
Programação completa no site: http://variluxcinefrances.com/
Créditos Fotos coletiva de imprensa : MaDame Lumière
Perfis e foto da delegação em São Paulo: Agência Febre/Assessoria Festival Varilux
Amo o Varilux. Assisto todos os filmes há vários anos. Porém acho q organização péssima. E cada ano só faz piorar. Já assisti todos os 16 filmes e não consegui o livro grosso com todos os dados nos 5 cinemas em que procurei. Fiquei triste porque coleciono o livro. Esse ano só havia alguém da organização no primeiro dia. Sou de SP e assisti as 4 primeiras sessões no Cinearte no Conjunto Nacional. Nas 3 primeiras sessões teve debate. Na última o ator programado não apareceu e não havia ninguém do Festival nem ninguém do cinema para informar nada.
ResponderExcluirOutra coisa: os organizadores precisam decidir sobre a data do Festival que não tem um mês certo para acontecer. Quem acompanha não sabe se será em abril, maio ou junho!
Liliane - lifalv@yahoo.com.br