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"Califórnia" é o primeiro longa metragem de ficção  da diretora Marina Person.  Por  Rodrigo Qohen Jornalista e qu...

Entrevistas com Marina Person, Clara Gallo e Caio Horowicz do filme Califórnia (2015)


"Califórnia" é o primeiro longa metragem de ficção 
da diretora Marina Person. 





Por Rodrigo Qohen
Jornalista e quadrinista pelo selo independente Baboon Mix


Entrevista inédita com a diretora Marina Person e os atores protagonistas, Clara Gallo e Caio Horowicz, para MaDame Lumière. Imperdível!

Agradecimentos a todos pela excelente entrevista e todo profissionalismo.

Viva ao Cinema Brasileiro! Viva a Cinefilia!

Um abraço,

Editora, Cristiane Costa





Num ambiente aberto, entre mesinhas de café do espaço anexo do Espaço Itaú de Cinema, o casal protagonista do filme e a diretora Marina Person passavam de mesa em mesa para conversarem com os jornalistas. Madame Lumiére cumprimentou os jovens Clara Gallo e Caio Horowicz, elogiou o filme que acabara de assistir e então os três sentaram-se.


Madame Lumiére: Começando descontraindo, quero perguntar qual a banda preferida de vocês?

Um pouco constrangidos com a dificuldade da inesperada pergunta, responderam:

Clara Gallo: Essa pergunta é muito foda
Caio Horowicz:  Dá para elencar UMA banda favorita? É uma grande pressão.

ML: Uma recente, então. Que vocês têm ouvido muito.

Caio: Uma das minhas bandas favoritas, que eu gosto muito e de um amigo meu, o Vinicius Calderoni, é o 5 a Seco, uma banda brasileira atual.
Clara: acho que minha favorita – e eu nem tenho ouvido muito – para eleger assim, é The Doors.



Caio Horowicz e Clara Gallo : boa preparação e jovens talentos em cena



ML: E alguma coisa mudou no gosto musical de vocês depois de ter feito o filme? Imagino que a imersão no começo dos anos 80 tenha sido influente.

Caio: O JM ouve muito The Cure, além de Joy Division, Smiths, e eu não conhecia nada dessas bandas. A única música que conhecia de The Cure é “Boys Don’t Cry”, mas era aquela música que você ouve e não sabe muito bem de quem é. Até sabia quem era o grupo, mas nunca tinha visto nenhuma imagem deles. Comecei a ouvir por causa do filme, dei uma estudada e hoje eu gosto muito.

Clara: Eu já conhecia a maioria das músicas, das bandas, mas não era nenhuma fanática.

ML: Foram vocês que foram atrás delas, por terem lido o roteiro e ter a noção da ambientação do filme ou foi passada alguma lista para vocês?

Caio: Como a Marina (Person) esteve sempre com a gente desde o primeiro teste, ela foi meio que passando umas lições de casa. Não era exatamente “uma lista”, mas ia nos falando “vai ouvindo Joy Division, Smiths, pesquisem sobre elas”. Pra mim, The Cure, principalmente, e então eu ia ouvindo e ela me passando cada vez mais coisas. Hoje, gosto muito.

Clara: Mesmo essas brasileiras, né? Titãs, Legião Urbana.

ML: Titãs, lógico, né? (O ator Paulo Miklos, vocalista da banda, está no elenco do filme)
Clara: (risos). Titãs tinha que ter, né? Não podia faltar.



ML: Vocês chegaram a usar essas fortes influências musicas para ajudar na construção dos personagens?


Caio: Sim, claro. Tem uma música muito importante para o JM, que é “Killing An Arab” (The Cure), que até está no roteiro do filme, faz parte da história. É uma música que tem ligação com o livro “O Estrangeiro”, do (Albert) Camus, como é contado no longa, e que eu nunca tinha escutado. A Marina me passou na preparação e foi bastante importante para entrar no personagem, para entender mais o JM. Eu até já tinha lido o livro do Camus, mas nunca tinha escutado a canção, nem conhecia sua história.


Clara: Pra mim foi mais o (David) Bowie, afinal a Estela é fanática por ele. Eu nem gostava muito dele, só sabia que era bom. Atualmente eu curto bem mais. Acho que a Estela me ensinou a gostar de David Bowie.




Caio Horowicz : "Acho que, para um ator, tem duas coisas que ajudam:
 as coisas que são muito próximas e as distantes."



ML: Caio, por causa do seu personagem, que é bastante complexo, apesar da pouca idade, como você fez para entrar nele, para conseguir dar essa feição a ele?


Caio: Como eu tinha dito antes, a Marina estava desde o princípio com a gente, desde os primeiros testes, o que é muito raro hoje em dia. Foi ela quem me deu a base para entender o personagem, ainda mais que o roteiro. Eu conversei muito com ela sobre o JM e como ele tem muita coisa parecida comigo, como o fato dele ser um cara tímido, mais na dele, isolado, ficou mais fácil. Mas, por outro lado, ele tem muitas coisas diferentes. Eu não sabia o que era o movimento pós-punk, por exemplo, e fui entendendo isso. Acho que, para um ator, tem duas coisas que ajudam: as coisas que são muito próximas e as distantes. Então, por exemplo, coisas que eram totalmente diferentes de mim ajudaram a criar quem é esse personagem. No caso das coisas parecidas, é tudo mais natural, meu corpo fala por si só.

ML: E você, Clara, o quanto tinha de parecido e diferente com a Teka?


Clara: Na época que eu fiz o filme, era relativamente diferente dela, mas, um pouco antes, quando eu tinha uns 15 anos, era muito parecida com a Estela. Essa coisa de ser mais tímida, mas ao mesmo tempo de querer conhecer coisas desconhecidas, sabe? Também o lance da sexualidade, do tipo “não preciso estar namorando para perder a virgindade” e estar super aberta para tudo, para descobrir a vida. A maior diferença entre eu e a Estela, acho que são os pais. Os meus são super liberais e eu posso falar de qualquer coisa com eles. Eu também tive uma babá, com quem eu sempre fui muito próxima, que nem a Estela é da Denizete. Então acho que é meio o que o Caio falou, essa coisa de semelhanças e diferenças que compõe a personagem e se não tivessem as desigualdades, seria você ali.




Clara Gallo: "A equipe inteira era amiga"





ML: Foi um pouco intimidador trabalhar com atores veteranos como Paulo Miklos e Caio Blat?

Clara: Nada intimidador. O oposto disso.  Eu trabalhei muito mais com o Caio -principalmente na preparação – e ele é um amor de pessoa, super aberto, queria me conhecer, me dava várias dicas e a gente ficou super próximo. Foi uma delícia trabalhar com ele. O Paulo Miklos é o cara mais divertido, engraçado e está sempre fazendo brincadeiras. É totalmente diferente do personagem. Os dois me deixaram ainda mais confortável no set.

ML: O clima do set era assim, então? Confortável, descontraído...

Clara: Era muito bom. A equipe inteira era amiga.
Caio: A equipe era incrível. Desde a Marina, diretora, até a galera da maquinaria ou quem “colava” menos no set.
Clara: Até as mulheres da cozinha (risos).
Caio: E isso tudo ajuda bastante. Principalmente pra gente que está começando. Ter um set mais descontraído, um ambiente com pessoal próximo, com todo mundo ali querendo se ajudar.



Clima no ar! Juventude, desejo, sentimentos e novas descobertas!
Venha para "Califórnia"!




ML: Peço até desculpas pelo constrangimento para a pergunta que vem agora - pausa para rostos vermelhos e embaraço dos atores que já previam o tema que viria a seguir. Também foi tranquilo para filmar as cenas de sexo? Foi complicada a primeira vez?


Clara: (Risos). Literalmente.
Caio: Foi muito, muito difícil. Brincadeira (risos). Foi muito tranquilo.

ML: Doeu?

Caio: Doeu nada (risos). Foi demais. A Marina também conversou muito com a gente, desde o princípio. Ela ficava preocupada com a gente. Em como nós iríamos nos abrir durante a cena, até por sermos mais inexperientes como atores, mesmo. Se estaríamos com o corpo aberto para fazer a cena. A gente conversou muito, combinou coisas que a gente não gostaria de fazer e as que a gente estava disposto.

Clara: E a equipe também foi reduzida e isso foi muito legal. Só tinha a Marina, a Flora (Dias), diretora de fotografia, a assistente de fotografia e o técnico de som, que estava escondido no banheiro e nem olhava a cena.

Caio: O boom (equipamento para a captação de som) estava preso no teto. A gente nunca ensaiou a cena, pois queríamos o frescor da hora, da primeira vez que nos víssemos pelados, enfim. Uma coisa que a gente sempre fala que é engraçada, é que a Marina ia falando durante a cena: “agora beija o pescoço da Clara. Isso. Pega no mamilo. Morde o mamilo” (risos).








Sorridente e ainda empolgada com a exibição do longa, Marina senta-se para a a rodada de perguntas com a Madame Lumiére e vestindo uma camiseta do cantor David Bowie.

Madame Lumiére: O fascínio por Bowie vai além das telas, então?

Marina: (Risos) essa parte é altamente auto-biográfica.

ML: E nem toca “Heroes”, no filme, né? Ultimamente essa música tem sido muito usada.

Marina: “Heroes”, “Space Oddity” ou “Modern Love” são as mais utilizadas.

ML: Pois é. Gostei da escolha por “Five Years”. Você já ouviu um álbum do Seu Jorge com covers de David Bowie?

Marina: sim. Ele fez pro filme do Wes Anderson, “A Vida Marinha com Steve Zissou”. É ótimo!

ML: Aproveitando o clima de descontração e referências que o Bowie deixou pra gente, pergunto: qual seu filme favorito do começo dos anos 80, período em que passa Califórnia?

Marina: “Clube dos Cinco” (John Hudges, 1985)! “Vidas Sem Rumo” (Francis Ford Coppola, 1983) também gosto muito. Eu era louca pelo Coppola e pelo Matt Dillon. Amava eles. “Clube dos Cinco” foi um filme que acho que, além de ter marcado muito a minha geração, foi forte referência para o “Califórnia”. Eu gosto muito do John Hudges e acho que o clube tem uma coisa especial de tentar pegar todos os arquétipos do adolescente americano. Ele brinca um pouco com isso e, propositalmente, faz esses estereótipos. Acho também muito bem resolvido, tem diálogos engraçados e os atores estão ótimos.

ML: Até percebi um pouco de “A Garota de Rosa Shocking” (Howard Deutch, 1986), pelos dois meninos, um mais esquisito, o outro que é o bonitão...

Marina: Isso é um clássico. Outro dia estava vendo “Karatê Kid” e meu marido –  que não lembrava do filme – reparou nesse negócio do loiro/moreno e falou para mim: “você fez o Karatê Kid!” (em referência aos dois personagens que disputam o coração da protagonista de “Califórnia”).



Marina na pré-estreia do filme. 



ML: As referencias que constroem a ambientação do longa, certo? E como que você buscou isso? Qual foi a sua base? Por que especificamente essas músicas, esses pôsteres, as decorações do quarto da Estela? Eram coisas suas ou você escolheu pela representatividade no período?


Marina: Algumas são minhas. Por exemplo, eu tinha um (pelúcia do) Garfield, adorava o ET. Quando era pré-adolescente, eu e minha irmã piramos no filme. Todo mundo, né? Até hoje eu assisto o ET com interesse. Eu queria botar as referências da nossa época, mas sem ficar muito almanaque. No começo do projeto tinha muito mais, afinal a vontade é de colocar tudo que foi importante, que você tinha, que te representa. Acho que desafio para fazer “Califórnia” – ou qualquer outro filme – é que você tem que priorizar. A gente, por sinal, usou muito o “Almanaque Anos 80” (Editora Ediouro, 2004) e é muito legal recordar, mas o filme tinha que ir além disso. O que conseguimos fazer com a direção de arte foi deixar essas coisas como pano de fundo, parte da ambientação, e tinha muito mais referencias que cortamos no roteiro e na montagem, pois estava demais.

ML: Quanto de você e da sua juventude tem na Estela?

Marina: Tem muita coisa minha. A história não é autobiográfica, mas tem muitos elementos na figura da Teka e do JM. Logo no comecinho tem aquela carta dela para o tio perguntando se “é verdade que tem um canal de música os Estados Unidos” e eu lembro quando a MTV apareceu nos EUA e eu pensei: “como assim? Tem um canal só disso o dia inteiro?”. Achava bom demais para ser verdade! Outras coisas pequenas também, como a cena que a protagonista está no Madame Satã (clube muito popular entre os jovens nos anos 80 e 90 que fechou em 2009, mas reabriu em 2012) e o menino que ficava com ela fala “vou ali no banheiro e já volto”, some e já está com outra menina. Aquilo aconteceu comigo também.


ML: Você escolheu justo o ano de 1984 pois foi o que passou a adolescência?


Marina: Foi principalmente por causa das Diretas Já. Na verdade, a Estela é um pouco mais velha do que eu. Em 84 eu tinha 15 anos e ela tem 17. Eu achava importante deixar marcado o ano das Diretas, afinal passamos vinte anos no regime militar, um período muito duro, onde muita gente morreu, sumiu, foi torturada. Fora isso, tinha o fato da AIDS. A doença foi nomeada em 82 e em 84 foi uma espécie de auge da epidemia, repleto de ignorância e preconceito. A AIDS estava muito presente ali e tinha essa coisa de ser uma doença desconhecida, velada. As pessoas não falavam muito disso. Vários discos bons foram lançados também nesse ano, como o “Legião Urbana”, Titãs.

ML: Acho muito legal, por sinal, o Paulo Miklos (vocalista da banda Titãs) estar no filme, numa espécie de metalinguagem.


Marina: (Risos) no começo, a primeira ideia era ter um show dos Titãs, mesmo, da época. A gente ia usar imagens de arquivos e eu brincava que a Estela falaria algo como “papai! O que está fazendo aí?"

ML: Falando nela, a Estela, apesar de ser uma garota nova, virgem, num momento de indecisão e pressão na vida, vestibular, é muito segura de suas decisões. Como você  pensou nessa personagem, pois é comum que jovens sejam retratados com mais incertezas do que realmente têm. Eles não costumam ser muito levados a sério, mas pareceu que você deu uma voz forte para ela.

Marina: Eu queria muito que o filme tivesse esse ponto de vista feminino. De mostrar o quanto esses ritos de passagem são importantes, por mais banais que sejam. Eu não me lembro de filmes desse período que falem sobre o ponto de vista feminino e desse jeito. É sempre uma questão mais “eu preciso perder a virgindade”, ou é levado de uma maneira mais pelo lado cômico, uma coisa mais anedótica. O sexo adolescente é sempre uma coisa muito óbvia, na brincadeira, ou meio Lary Clark (“Kids”, “O Cheiro da Gente”), uma coisa fria, mecânica.










ML: E qual a diferença entre esse “padrão” existente e “Califórnia”?


Marina: Eu queria fazer uma coisa fácil de retratar, esse período dela que deixa de ser criança para ser adolescente quando menstrua e deixa a adolescência para virar uma mulher quando perde a virgindade e isso com todas as inseguranças e elementos que as situações colocam em nós. A gente planeja e se atrapalha, muda de ideia, é tudo muito confuso e tem toda aquela turbulência hormonal. Eu acho que a Estela vai tomando as decisões levadas pela vida e não é a toa que usamos uma frase do John Lennon que define bem o espírito do filme, “a vida é o que te acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos”. A personagem planeja um monte de coisas, ela quer transar com o Xande, namorar e perder a virgindade com ele, quer ir pra Califórnia, mas aquilo lá vai se transformando. A vida é muito mais dinâmica do que isso.



Marina e elenco : só alegria na pré-estreia



ML: Sendo seu primeiro longa-metragem, o que você pode dizer que aprendeu durante o processo na técnica?

Marina: Nossa, tudo. Eu brinco até que eu e eles (os atores Clara Gallo e Caio Horowicz) perdemos a virgindade juntos (risos). Eu nunca tinha dirigido longa-metragem de ficção e eles também nunca tinham feito. Foi uma descoberta mútua, foi muito legal. Eu gostei muito de dirigir os atores, de trabalhar com esses dois jovens, sem vícios, muito abertos e dispostos a tudo e brilho no olho. Nas cenas de sexo, por exemplo, eu estava mais insegura que eles.

ML: Você que é tão cinéfila a tanto tempo e tem pai cineasta, por que só agora dirigiu um filme?


Marina: Pois é, né. Esse projeto é muito antigo, de 2004. Desde as primeiras ideias, até conseguir fazer o argumento, levantar o roteiro, demorou. Eu sempre me iludi achando que enquanto estava na MTV, eu ia conseguir fazer os filmes, mas demora para caramba – ainda mais quando se tem um full time job como aquele. Quando eu sai da MTV que fiquei determinada a tirar o filme do papel e aí a coisa deslanchou. Necessita muita dedicação e dinheiro. É difícil se sustentar enquanto faz o primeiro filme. É um projeto que você tem que bancar e demanda muito tempo. Eu tinha colocado o “Califórnia” na cabeça e quando fui chamada para trabalhar na TV Cultura, fiz um acordo com eles de ir trabalhar só uma vez por semana. Agora também nem sei se vou voltar para a televisão. Estou tão feliz.

ML: Já tem um próximo longa encaminhado?

Marina: Estou fazendo, mas é aquela mesma coisa. Tem que ter dedicação e nenhuma remuneração. Até conseguir levantar de fato, demora um tempinho.




Para mais sobre "Califórnia", visite a crítica do filme, clicando aqui.
Fotos: uma cortesia do filme "Califórnia". 
Distribuição: Vitrine Filmes.





2 comentários:

  1. A cena de sexo destes dois atores, o Caio e a Clara é real? Aconteceu de verdade ou são apenas técnicas posicionais de câmera ou coisa assim por exemplo?

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    Respostas
    1. Olá Joás, foi posicionamento de câmera. Teve realismo na parte dos carinhos nos seios, mas a equipe foi reduzida para que tudo ocorre bem. Conforme dito na entrevista, ficaram mais tímidos inicialmente.
      Abç

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