Sobre The Affair - 1ª Temporada: The Affair é uma série Americana do gênero Drama que iniciou em 2014 e foi veiculada pelo Showtime. Ganhou o Globo de Ouro 2015 de melhor série dramática e promete uma segunda temporada ainda não prevista. A história aborda os efeitos emocionais de uma relação extraconjugal, colocando como principais protagonistas os amantes Alison Lockhart (Ruth Wilson) e Noah Solloway (Dominic West), ambos casados com outros parceiros, respectivamente Cole Lockhart (Joshua Jackson) e Helen Solloway (Maura Tierney). Alison e Noah se envolvem em uma sensual, misteriosa e dramática relação e colocam seus casamentos em risco. A narrativa ocorre em Montauk (Long Island, USA), Alison é uma garçonete cuja perda do filho e o difícil relacionamento com Cole a atormenta. Noah é um professor e escritor de romances de Nova York, que depende financeiramente da rica família de Helen e está entediado com as perspectivas de carreira. Durante as férias da família Solloway em Montauk, Alison e Noah se envolvem em um tórrido caso.
Opinião Geral: The Affair é uma boa série sobre relacionamentos. Abordará o casamento, a traição, o desejo, a frustração e todas as demais rachaduras e efeitos psicológicos das relações em questão, porém não é uma série qualquer; a traição é enfocada entre duas pessoas que são casadas, o que as coloca em uma condição de "igualdade" para trair seus cônjuges e depois lidar com as consequências. Além do mais, a história é projetada com dois pontos de vista, o de Noah e Alison, que relatam diferentes perspectivas do vivenciado em um dado tempo narrativo, além de ser entrecortada por uma investigação policial misteriosa. Esse conjunto de virtudes no processo narrativo é um dos destaques da série.
Por consequência, The Affair é intrigante e joga com a ambiguidade das personagens, afinal, quem está falando a verdade? Noah ou Alison? Qual é a melhor versão da história? Não sabemos e isso pouco interessa. O mais importante é a intensidade e realismo dramáticos dos conflitos e como as duas versões dos amantes são construídas narrativamente na tela em um excelente trabalho de direção de atores e do elenco. Para a segunda temporada, os criadores da série foram espertos e criaram a vantagem de ter um gancho forte: os rumos da investigação.
A série também apresenta como outros diferenciais a forma realista de como as relações e os ecos nos casamentos e na família ocorrem, o texto bem escrito, a química sexual entre os amantes e o suspense criado por toda a temporada através dos pontos de vista de Noah e Alison relatados a um detetive. As situações têm pouquíssimos clichês e, mesmo quando eles surgem, eles permanecem em segundo plano por conta da atuação crível do elenco. O roteiro investe em um approach narrativo vigoroso e profundo que deixa ao público o desafio de analisar essas personagens e se a relação extraconjugal é apenas sexo, prazer, carência ou é um inevitável amor. Ele abre espaço para o espectador analisar o provável caráter de cada um, como seriam seus passados, como reagem a traições e ao perdão, quais próximas ações podem tomar e, assim, a experiência é mais envolvente. Com isso, o público tem a opção de acompanhar a série com maior intimidade com as personagens, tentar entender seus comportamentos, paixões, dilemas e decepções.
Contra(s): Inicialmente, observar duas perspectivas distintas sobre uma mesma situação pode ser entediante e repetitivo para um roteiro mas, a partir do meio da temporada (episódio 6), a história cresce no seu efeito dramático e tudo passa a fazer mais sentido nessa construção narrativa.
Cena(s) imperdível(is): Todas as cenas nas quais os casais discutem verbalmente sobre a traição, as cenas mais intimistas de Alison com suas crises existenciais e tentativas de se recuperar de sua tragédia pessoal.
Por que você deve assistí-la? Paixão, desejo, amor, decepção etc, mais silêncios inquietantes, desabafos inevitáveis e uma clara evidência de dramas dolorosos, em especial, o de Alison, personagem mais trágica e melhor desenvolvida da série e que rendeu um Globo de Ouro merecido à atriz inglesa Ruth Wilson.
Opinião Geral: The Affair é uma boa série sobre relacionamentos. Abordará o casamento, a traição, o desejo, a frustração e todas as demais rachaduras e efeitos psicológicos das relações em questão, porém não é uma série qualquer; a traição é enfocada entre duas pessoas que são casadas, o que as coloca em uma condição de "igualdade" para trair seus cônjuges e depois lidar com as consequências. Além do mais, a história é projetada com dois pontos de vista, o de Noah e Alison, que relatam diferentes perspectivas do vivenciado em um dado tempo narrativo, além de ser entrecortada por uma investigação policial misteriosa. Esse conjunto de virtudes no processo narrativo é um dos destaques da série.
Por consequência, The Affair é intrigante e joga com a ambiguidade das personagens, afinal, quem está falando a verdade? Noah ou Alison? Qual é a melhor versão da história? Não sabemos e isso pouco interessa. O mais importante é a intensidade e realismo dramáticos dos conflitos e como as duas versões dos amantes são construídas narrativamente na tela em um excelente trabalho de direção de atores e do elenco. Para a segunda temporada, os criadores da série foram espertos e criaram a vantagem de ter um gancho forte: os rumos da investigação.
A série também apresenta como outros diferenciais a forma realista de como as relações e os ecos nos casamentos e na família ocorrem, o texto bem escrito, a química sexual entre os amantes e o suspense criado por toda a temporada através dos pontos de vista de Noah e Alison relatados a um detetive. As situações têm pouquíssimos clichês e, mesmo quando eles surgem, eles permanecem em segundo plano por conta da atuação crível do elenco. O roteiro investe em um approach narrativo vigoroso e profundo que deixa ao público o desafio de analisar essas personagens e se a relação extraconjugal é apenas sexo, prazer, carência ou é um inevitável amor. Ele abre espaço para o espectador analisar o provável caráter de cada um, como seriam seus passados, como reagem a traições e ao perdão, quais próximas ações podem tomar e, assim, a experiência é mais envolvente. Com isso, o público tem a opção de acompanhar a série com maior intimidade com as personagens, tentar entender seus comportamentos, paixões, dilemas e decepções.
Contra(s): Inicialmente, observar duas perspectivas distintas sobre uma mesma situação pode ser entediante e repetitivo para um roteiro mas, a partir do meio da temporada (episódio 6), a história cresce no seu efeito dramático e tudo passa a fazer mais sentido nessa construção narrativa.
Cena(s) imperdível(is): Todas as cenas nas quais os casais discutem verbalmente sobre a traição, as cenas mais intimistas de Alison com suas crises existenciais e tentativas de se recuperar de sua tragédia pessoal.
Por que você deve assistí-la? Paixão, desejo, amor, decepção etc, mais silêncios inquietantes, desabafos inevitáveis e uma clara evidência de dramas dolorosos, em especial, o de Alison, personagem mais trágica e melhor desenvolvida da série e que rendeu um Globo de Ouro merecido à atriz inglesa Ruth Wilson.
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Cristiane Costa, MaDame Lumière