Sobre Orange is the new Black - 1ª Temporada: Orange is the new black é uma série americana do gênero comédia dramática, baseado no livro Orange is my new Black, my year in a women's prison, de Piper Kerman. Criada em 2013 por Jenji Kohan e exibida pelo canal streaming Netflix, a série ocorre em uma prisão federal no qual Piper Chapman (Taylor Schilling), uma jovem bonita e bem educada, é presa por ter participado de um transporte de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Após ser denunciada pela ex-namorada Alex Vause ( Laura Prepon), ela vê o seu mundo mudar completamente. Com histórias marcantes e sensíveis de outras detentas e uma diversidade de etnias, procedências e experiências de vida, a série mostra o dia a dia da prisão, como sobrevivem, como se ajudam, se defendem contra abusos e injustiças e o que as levou a cometer os crimes.
Opinião Geral: Essa série é incrível por variados motivos, dentre os quais um dos mais importantes é a sua perspectiva humanizada através de um senso de humor negro equilibrado com histórias reais e dramáticas e roteiros bem escritos e dinâmicos. A intenção da série não é mostrar a violência extrema e um clima pesado em uma prisão federal feminina, mas usar o gênero da comédia para contar grandes histórias de uma forma mais suave e não menos eficaz. É como utilizar o humor para falar de coisas sérias.
Por mais triste que sejam as realidades vivenciadas por essas mulheres, a série se destaca pela sua articulação narrativa de conciliar humanidade com a diversidade das histórias, demonstrando que todos erram e todos são imperfeitos, até nas ditas "melhores famílias" como a de Piper Chapman, uma mulher inteligente, bonita e de nível cultural mais elevado. Mesmo sendo "bem nascida", ela foi condenada por cometer uma ação ilegal. Pagará por isso e essa fase lhe trará maturidade, assim como para as demais personagens afinal a série não oculta o quão agressivas elas foram e podem ser. Ao invés de criticar e estigmatizar a mulher presidiária, a série mostra que elas são como qualquer um, seres humanos. Como ocorre nos históricos de muitas presidiárias, muitas da série foram parar na prisão por motivos muito recorrentes e normalmente movidos por emoções, contexto e condição sociais ou más companhias como roubo, drogas, vingança etc.
Embora Chapman seja uma protagonista essencial, a série tem outra excelente qualidade: todas as personagens têm protagonismo. Cada uma tem um estilo, uma origem, uma história, defeitos e qualidades. Podem ser perigosas em um momento e oferecer ajuda e se arrepender por uma atitude em outro. Essa dinâmica comportamental é muito interessante e, em momentos chave, ela é comovente e realista. A construção da narrativa é eficiente ao alternar presente e passado entre planos e focar em alguns personagens por episódios, dessa forma, é exatamente essa diversidade de pessoas, histórias e grande elenco que faz Orange is the new black ter uma voz própria dentre as séries atuais. As mulheres precisam sobreviver ao período de condenação e , mesmo com suas diferenças, elas se entendem e aprendem sobre a convivência. Elas são personagens muito cativantes, divertidas e autênticas e todas têm a oportunidade de cativar o público , com destaque para a Taystee (Danielle Brooks), Suzanne "Crazy Eyes" ( Uzo Aduba) e Sophia Burset (Laverne Cox).
O crime está lá, os comportamentos hostis também e, inclusive, a hierarquia entre as presas e o abuso das autoridades. Essa prisão é um sistema e ela tem um forma de funcionamento que fornece mensagens ao público. Há grupos de negras, latinas, brancas. Há tráfico de drogas e corrupção. Há mortes, brigas e intrigas. Há sexo, romance, mágoa e solidão. Essa riqueza de detalhes colocados em roteiros muito bem amarrados entre episódios e excelente edição oferecem uma série que não promove só o riso pelo riso, pelo contrário, faz o público pensar sobre como é a experiência e vida dessas mulheres.
Contra(s): Seria bom explorar mais as personagens ligadas às autoridades da prisão, que não são tão fortes como as detentas. Ainda que o foco sejam as mulheres presas, explorar as situações de confronto entre elas e quem comanda pode mostrar ao público outras camadas dos conflitos e desafios encontrados nas prisões femininas.
Cena(s) imperdível(is): Cena com Taystee (episódio 9), entrevista de Larry no rádio e emoções provocadas nas detentas (episódio 11) e apresentação musical e cena final da temporada (episódio 13).
Por que você deve assistí-la? a comédia tem frescor e um mood agradável mesmo tratando assuntos sérios de forma mainstream, o elenco é de primeira e divertido e as histórias são tratadas com humanidade e com camaradagem.
Opinião Geral: Essa série é incrível por variados motivos, dentre os quais um dos mais importantes é a sua perspectiva humanizada através de um senso de humor negro equilibrado com histórias reais e dramáticas e roteiros bem escritos e dinâmicos. A intenção da série não é mostrar a violência extrema e um clima pesado em uma prisão federal feminina, mas usar o gênero da comédia para contar grandes histórias de uma forma mais suave e não menos eficaz. É como utilizar o humor para falar de coisas sérias.
Por mais triste que sejam as realidades vivenciadas por essas mulheres, a série se destaca pela sua articulação narrativa de conciliar humanidade com a diversidade das histórias, demonstrando que todos erram e todos são imperfeitos, até nas ditas "melhores famílias" como a de Piper Chapman, uma mulher inteligente, bonita e de nível cultural mais elevado. Mesmo sendo "bem nascida", ela foi condenada por cometer uma ação ilegal. Pagará por isso e essa fase lhe trará maturidade, assim como para as demais personagens afinal a série não oculta o quão agressivas elas foram e podem ser. Ao invés de criticar e estigmatizar a mulher presidiária, a série mostra que elas são como qualquer um, seres humanos. Como ocorre nos históricos de muitas presidiárias, muitas da série foram parar na prisão por motivos muito recorrentes e normalmente movidos por emoções, contexto e condição sociais ou más companhias como roubo, drogas, vingança etc.
Embora Chapman seja uma protagonista essencial, a série tem outra excelente qualidade: todas as personagens têm protagonismo. Cada uma tem um estilo, uma origem, uma história, defeitos e qualidades. Podem ser perigosas em um momento e oferecer ajuda e se arrepender por uma atitude em outro. Essa dinâmica comportamental é muito interessante e, em momentos chave, ela é comovente e realista. A construção da narrativa é eficiente ao alternar presente e passado entre planos e focar em alguns personagens por episódios, dessa forma, é exatamente essa diversidade de pessoas, histórias e grande elenco que faz Orange is the new black ter uma voz própria dentre as séries atuais. As mulheres precisam sobreviver ao período de condenação e , mesmo com suas diferenças, elas se entendem e aprendem sobre a convivência. Elas são personagens muito cativantes, divertidas e autênticas e todas têm a oportunidade de cativar o público , com destaque para a Taystee (Danielle Brooks), Suzanne "Crazy Eyes" ( Uzo Aduba) e Sophia Burset (Laverne Cox).
O crime está lá, os comportamentos hostis também e, inclusive, a hierarquia entre as presas e o abuso das autoridades. Essa prisão é um sistema e ela tem um forma de funcionamento que fornece mensagens ao público. Há grupos de negras, latinas, brancas. Há tráfico de drogas e corrupção. Há mortes, brigas e intrigas. Há sexo, romance, mágoa e solidão. Essa riqueza de detalhes colocados em roteiros muito bem amarrados entre episódios e excelente edição oferecem uma série que não promove só o riso pelo riso, pelo contrário, faz o público pensar sobre como é a experiência e vida dessas mulheres.
Contra(s): Seria bom explorar mais as personagens ligadas às autoridades da prisão, que não são tão fortes como as detentas. Ainda que o foco sejam as mulheres presas, explorar as situações de confronto entre elas e quem comanda pode mostrar ao público outras camadas dos conflitos e desafios encontrados nas prisões femininas.
Cena(s) imperdível(is): Cena com Taystee (episódio 9), entrevista de Larry no rádio e emoções provocadas nas detentas (episódio 11) e apresentação musical e cena final da temporada (episódio 13).
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Até o próximo MaDame Series Opina
com outras grandes séries
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Cristiane Costa, MaDame Lumière