Sobre a história: Oren Little (Michael Douglas) é dono de um condomínio no qual mora e costuma ser antipático com seus vizinhos e inquilinos. Após perder a esposa e ter um relacionamento distante com o seu único filho, ele tem uma grande surpresa ao conhecer a sua neta Sarah (Sterling Jerins). Com a vinda de Sarah, ele e sua viúva vizinha Leah (Diane Keaton) ficam mais próximos.
Opinião Geral sobre o filme: Embora o filme tenha um título mal traduzido para o português que não dá uma boa dimensão da história, a nova comédia sob a direção de Rob Reiner é uma doce surpresa. É uma história sobre segunda chance não só para o amor maduro entre duas pessoas que ficaram viúvas mas também uma chance para reconstruir o relacionamento familiar. O diretor tem experiências em comédias românticas assim como Michael Douglas e Diane Keaton têm carisma e habilidade humorística, o resultado é uma comédia que ganha muito mais pela leveza de não problematizar as relações amorosas como se fossem adolescentes e idealizadas e passa a abordar naturalmente uma potencial relação madura. O roteiro tira mais o foco no casal e o coloca na mudança comportamental de Oren Little, um homem que, seja por medo, por orgulho, por decepção pela morte da esposa ou demais motivos, se fechou para o amor e para a família. Ele apresenta um mal humor e atitude antissocial. Aos poucos, a transformação ocorre, mesmo que ela seja simplista sob os moldes de um roteiro mediano . Nesse filme, não há um roteiro e nem uma direção como o de Harry & Sally - feitos um para o outro ou O primeiro amor (Flipped), boas comédias românticas de Rob Reiner, por outro lado o que importa valorizar aqui é observar as experiências do diretor e dos atores no gênero em tornar a atmosfera da comédia agradável, além de trazer uma lição de vida sob a perspectiva familiar. Rob Reiner aparece em cena e entra na diversão. Com Um amor de vizinha, ele contribui para o hall das comédias recentes e ligeiras para o público mais velho.
O desprazer: A personagem de Diane Keaton tinha melhor potencial de desenvolvimento do papel. Ela é uma grande atriz de comédia e merecia um destaque maior. O roteiro também poderia ser melhor explorado nos diálogos entre ela e Michael Douglas e perde sua força quando apela para conversas mais rasas.
Por que vale a rapidinha? Por ser um filme sobre segunda chance e com Michael Douglas e Diane Keaton. Ver a atriz cantando, dando o seu simpático sorriso e mostrando a sensibilidade da personagem já é um amor.


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Cristiane Costa, MaDame Lumière