que marcaram minha (pré)adolescência
Na história, Ellen Aim (Diane Lane) é uma cantora emergente de rock que teve um intenso relacionamento amoroso com Tom Cody (Michael Paré) no passado e ambos se separaram por divergências de objetivos. Ela, uma mulher focada na carreira artística. Ele, um homem de espírito livre e rebelde. Durante um dos seus concertos, Ellen é sequestrada por um líder de gangue de motoqueiros, Raven Shaddock(Willem Dafoe), que nutre uma passional obsessão por ela. Reva Cody (Deborah Van Valkenburgh) avisa o seu irmão do sequestro de Ellen e Tom Cody chega à cidade para salvar a bela rock star. Com a combatente ajuda de McCoy (Amy Madigan), uma ex-soldado que pede moradia e emprego a ele, e com a financeira do empresário e namorado de Ellen, Billy Fish (Rick Moranis), eles partem para resgatar Ellen. A partir do reeencontro dela com Tom, os hormônios entrarm em ebulição transitando entre a atração física, o orgulho e a negação do sentimento do amor e as diferenças que os separam e são irreconciliáveis.
Como um filme inspirado em rock and roll e com um argumento bem simples, a trilha sonora ganha uma importância maior dialogando com as cenas, estrelando outras presenças musicais fascinantes como Countdown to love ( intepretada pelo The Sorels e cantada maravilhosamente em Acapella) e I can dream about you (o memorável hit romântico de Dan Hartman). É devido à musicalidade da trilha sonora que Ruas de Fogo se faz presente nas lembranças cinéfilas de muitos que o consideram um filme para toda a eterna e passional juventude rebelde. A direção de arte é fundamental para transformar o filme em uma fábula, uma fantasia em cena e recria uma ambientação dark, uma Gothan City da juventude transviada com incendiárias brigas e explosões, e muitas motos de homens bardeneiros com topetes e gel no cabelo. No elenco, Diane Lane, ainda em fase bem inicial de carreira, é diva com o frescor de sua jovialidade, vestida de rouge e noir com o status de rock star, e já demonstra personalidade ao pegar no microfone e entregar-se emocionalmente à contagiante canção tema, Tonight is what it means to be young. Michael Paré é sex symbol 80's nesse filme e, embora seu charme não o tenha ajudado a deslanchar na carreira Hollywoodiana, ele cumpre o papel do bom homem valente que, por trás da violenta rebeldia, esconde um coração apaixonado e justiceiro. Quem rouba a cena no elenco é Amy Madigan com ótimas tiradas humorísticas, como a emblemática citação "everywhere I go, there's always an asshole" o que proporciona ao filme momentos de riso descontraído em meio à ação explosiva das gangues.
Lembrar de Ruas de Fogo é lembrar daquela atmosfera cenográfica decadente, obscura, rock n' roll de gangues de motoqueiros e de uma musa rocker de forte personalidade e vulnerável coração que é salva pelo bonitão rebelde e sem futuro na vida pelo qual ela é apaixonada. Lembrar de Ruas de Fogo é lembrar de Tom Cody e Ellen Aim , o casal da fábula de Rock and Roll com deliciosa química que se eternalizou na memória do Cinema ao se beijarem loucamente na chuva. Lembrar de Ruas de Fogo é lembrar da maquiagem esbranquiçada do maquiavélico Raven Shaddock e se deliciar como vilões merecem apanhar. Lembrar de Ruas de Fogo é lembrar da masculinizada e corajosa McCoy, parceira de briga de Tom Cody e seu irônico humor. Lembrar de Ruas de Fogo é lembrar do baixinho e arrogante Billy Fish que mesmo namorando a super star é um completo idiota endinheirado. Lembrar de Ruas de Fogo é dançar, pular e se descabelar ao ouvir Tonight is what it means to be young, é lembrar de ser anos 80, de ser MaDame Teen, de ser jovem para sempre.
Título Original: Streets of Fire
Origem: EUA
Gênero(s): Ação
Duração: 93 min
Diretor(a): Walter Hill
Roteirista(s): Larry Gross, Walter Hill
Elenco: Michael Paré, Diane Lane, Rick Moranis, Amy Madigan, Willem Dafoe, Deborah Van Valkenburgh, Richard Lawson, Rick Rossovich, Bill Paxton, Lee Ving, Stoney Jackson.
Viva os anos 80 , viva aos anos 80
com Fire inc., com Street of Fire!
Ah, Madame as sessões mais bacana do blog é esta e o Madame Cult, bem, adoro esses tipos de filmes. Por incrível que possa parecer, eu nunca vi este filme, pra ser sincero nem conhecia ele, o nomo me soa familiar, porém nunca vi mesmo.
ResponderExcluirMuito bacana a história, é mesmo um filme anos 80: topetões, amor adolescente e muita música, tendo isso tudo é impossível não se interessar!
Ótimo texto!
Abs.
Nunca assisti, mas a impressão que eu tenho é a de que parece ser um daqueles filmes trashes e bons! rrsrsrsrs
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