Rapidinhas no MaDame:
Porque o que importa é o prazer da Cinefilia
Estreia nos Cinemas: 01 de Outubro
Por Cristiane Costa
Sobre a história: Michael King (Shane Johnson) não acredita nem em Deus e nem no Diabo e em qualquer religião, doutrina espiritual ou poder sobrenatural. Após a morte abrupta da esposa e com a responsabilidade de criar a filha Ellie (Ella Anderson), o processo de perda lhe é tão doloroso que ele passa a negar qualquer fenômeno espiritual. Sua ironia, sarcasmo e falta de crença atingem um nível maior de incredulidade e ele decide realizar experimentos para provar que estas forças espirituais não existem. No entanto, pouco a pouco, é possuído por uma força maligna que deseja destruir sua vida e a de sua família.
Opinião Geral sobre o filme: Lançado por David Jung, mais um estreante diretor no gênero horror, A possessão do mal já se explica pelo título: é sobre possessão demoníaca. Com truques previsíveis como caprichar na decadente e incontrolável mudança física do personagem possuído, explorar vários tipos de situações macabras como rituais de evocação de espíritos, rituais com roubos de cadaveres e em cemitérios, visitas a cartomantes, padres e pessoas perturbadas por demônios etc, o longa não acrescenta nada de novo.
Jung se dedica a transformar Michael King em um pesquisador e gozador das desconhecidas forças espirituais até que, de tanto brincar com o oculto, ele é vítima dele e vai sofrer bastante em um processo de crescente insanidade. Por ser um trabalho pesado de mudança física e loucura, Shane Johnson tem um bom desempenho.
O longa começa com uma boa direção pois Jung incorpora técnicas documentais de filmagem à medida que Michael King visita pessoas e explora rituais, no entanto, a partir do segundo ato até o clímax, o roteiro se apega a escolhas audiovisuais manjadas como uso de filmadora e TV em cena, espelhos quebrados, presença de insetos, som incômodo que emula a possessão, corpo possuído e deformado que dobra a coluna e anda como uma aberração, desta forma, ele deixa de explorar o medo, a tensão, o drama que não sejam só baseados em sofrimento físico, mas acima de tudo, em uma dor emocional.
O desprazer: Roteiro nada inovador, perda de ritmo narrativo, falta de psicologia do horror e abuso de efeitos sonoros barulhentos . O longa pouco assusta mesmo com os seus esforços audiovisuais e o clímax e o desfecho são ligados no piloto automático.Opinião Geral sobre o filme: Lançado por David Jung, mais um estreante diretor no gênero horror, A possessão do mal já se explica pelo título: é sobre possessão demoníaca. Com truques previsíveis como caprichar na decadente e incontrolável mudança física do personagem possuído, explorar vários tipos de situações macabras como rituais de evocação de espíritos, rituais com roubos de cadaveres e em cemitérios, visitas a cartomantes, padres e pessoas perturbadas por demônios etc, o longa não acrescenta nada de novo.
Jung se dedica a transformar Michael King em um pesquisador e gozador das desconhecidas forças espirituais até que, de tanto brincar com o oculto, ele é vítima dele e vai sofrer bastante em um processo de crescente insanidade. Por ser um trabalho pesado de mudança física e loucura, Shane Johnson tem um bom desempenho.
O longa começa com uma boa direção pois Jung incorpora técnicas documentais de filmagem à medida que Michael King visita pessoas e explora rituais, no entanto, a partir do segundo ato até o clímax, o roteiro se apega a escolhas audiovisuais manjadas como uso de filmadora e TV em cena, espelhos quebrados, presença de insetos, som incômodo que emula a possessão, corpo possuído e deformado que dobra a coluna e anda como uma aberração, desta forma, ele deixa de explorar o medo, a tensão, o drama que não sejam só baseados em sofrimento físico, mas acima de tudo, em uma dor emocional.
Por que vale a rapidinha? É um filme sobre culpa e sofrimento e a destruição física e emocional quando pessoas ficam espiritualmente perturbadas e permitem que o mal tome conta de suas vidas. Ao perder a esposa, Michael King está sofrendo, não sabe como catalisar sua tristeza, não tem fé em absolutamente nada, o que transforma o longa em uma opção de horror para analisar como ele reage ao sofrimento negando a própria espiritualidade.
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Cristiane Costa, MaDame Lumière