Por Cristiane Costa, Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação
Na combinação suspense e horror, há muitas fórmulas batidas nas escolhas de direção. Ao mesmo tempo que elas resgatam a tradição dos gêneros, por outro lado, se não realizadas de forma harmônica, objetiva e pragmática, são extremamente cansativas para o espectador. Embora seja um filme mediano, Delírios do passado (Delirium, 2018) tem algumas escolhas que dão certo.
O jovem Tom (Topher Grace) cometeu um crime na infância e foi internado em uma instituição psiquiátrica. Após 20 anos, ele é liberado, está sob condicional e observado pela policial Brody (Patricia Clarkson). Ele decidi retornar à mansão dos pais. Chegando lá, começa a ter visões e atitudes de paranoia, delírio.
Não há nada de muito diferenciado neste longa em comparação a outros com este argumento, porém, ainda é um longa bem melhor do que muitos lançados nesta seara. Ter transtornos mentais, sentimentos de culpa e baixo autoestima, situações de perseguição e desequilíbrio psicológico em geral são recorrentes em obras com esse tipo de argumento.
Tom está há muito tempo longe da sociedade, nitidamente confuso e solitário, assim, essa condição é positiva e alimenta o drama à medida que este passado começa a ser revelado, contudo, sem dar 100% de certeza ao público.
Os acertos da direção estão em não dar muitas pistas ao espectador do que é real e do que é delírio na mente de Tom. O diretor Dennis Iliadis, que tem uma experiência razoável em thrillers e horror, apresenta segurança na filmagem, mesmo em meio à uma história que faz um jogo entre a sanidade e insanidade. Com isso, os delírios de Tom tornam-se nossos delírios.
Em diversas cenas, somos desafiados a compreender quais são os traumas do passado de Tom, quem é Alex (Callan Mulvey), seu irmão violento e sinistro, (será mesmo seu irmão legítimo?), quem foram seus pais, Tom está "curado" ou não, é inocente ou culpado. Depois, mais ao final da narrativa, o roteiro empobrece na sua força como suspense, ficando menos tenso, perdendo parte da sua capacidade de surpreender o espectador.
Ainda assim, Topher Grace traz muita consistência a esse papel, despertando o interesse por sua atuação até o fim. Sem ele o filme não teria o mesmo efeito. É um ator interessante para a comédia e também para o horror pois é bem expressivo, homem com aparência comum que o aproxima de um amigo ou conhecido carismático do público. Ele transita com naturalidade entre o humor (que também provoca o riso nervoso em situações de medo) e tem um lado de atuação over dramática que funciona bem para esses gêneros.
O jovem Tom (Topher Grace) cometeu um crime na infância e foi internado em uma instituição psiquiátrica. Após 20 anos, ele é liberado, está sob condicional e observado pela policial Brody (Patricia Clarkson). Ele decidi retornar à mansão dos pais. Chegando lá, começa a ter visões e atitudes de paranoia, delírio.
Não há nada de muito diferenciado neste longa em comparação a outros com este argumento, porém, ainda é um longa bem melhor do que muitos lançados nesta seara. Ter transtornos mentais, sentimentos de culpa e baixo autoestima, situações de perseguição e desequilíbrio psicológico em geral são recorrentes em obras com esse tipo de argumento.
Tom está há muito tempo longe da sociedade, nitidamente confuso e solitário, assim, essa condição é positiva e alimenta o drama à medida que este passado começa a ser revelado, contudo, sem dar 100% de certeza ao público.
Os acertos da direção estão em não dar muitas pistas ao espectador do que é real e do que é delírio na mente de Tom. O diretor Dennis Iliadis, que tem uma experiência razoável em thrillers e horror, apresenta segurança na filmagem, mesmo em meio à uma história que faz um jogo entre a sanidade e insanidade. Com isso, os delírios de Tom tornam-se nossos delírios.
Em diversas cenas, somos desafiados a compreender quais são os traumas do passado de Tom, quem é Alex (Callan Mulvey), seu irmão violento e sinistro, (será mesmo seu irmão legítimo?), quem foram seus pais, Tom está "curado" ou não, é inocente ou culpado. Depois, mais ao final da narrativa, o roteiro empobrece na sua força como suspense, ficando menos tenso, perdendo parte da sua capacidade de surpreender o espectador.
Ainda assim, Topher Grace traz muita consistência a esse papel, despertando o interesse por sua atuação até o fim. Sem ele o filme não teria o mesmo efeito. É um ator interessante para a comédia e também para o horror pois é bem expressivo, homem com aparência comum que o aproxima de um amigo ou conhecido carismático do público. Ele transita com naturalidade entre o humor (que também provoca o riso nervoso em situações de medo) e tem um lado de atuação over dramática que funciona bem para esses gêneros.
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Cristiane Costa, MaDame Lumière