Sou MaDame Lumière. Cinema é o meu Luxo.

MaDame Retrospectiva  por Cristiane Costa (2017) 10. Gabriela Ramos , Os últimos dias de Havana Interpretação cheia de en...

Top 10 Atores e Atrizes - Melhores surpresas em 2017


MaDame Retrospectiva 
por Cristiane Costa
(2017)





10. Gabriela Ramos, Os últimos dias de Havana

Interpretação cheia de energia, autenticidade e humor.  Ela é a  nova safra Latina que encantaria qualquer Almodovariano.



9. Jack Dylan Grazer, IT - A coisa

Imagina um menino bonito, esperto e divertido que lembra os filmes de Spielberg? Ele é Grazer e será um futuro galã!



8. Betty Gabriel, Corra!

Que atriz fabulosa! Uma rápida aparição com cara de louca e palhaça já conquistou. Vem assustar mais a gente, Betty!



7. Ashton SandersMoonlight: sob a luz do luar

Um personagem desafiador: negro, homossexual, com problemas familiares e que sofre bullying. Sanders simplesmente emocionou!



6. Trevante RhodesMoonlight: sob a luz do luar

Sua atuação comove com a emocionante passagem do homem maduro gay que assume o comando da felicidade. 



5. Laetita Dosch, Jovem Mulher

Bela, adorável e bem humorada. Sua autêntica interpretação, que vai ao fundo do poço e dá a volta do por cima, é maravilhosa!



4. Dafne Keen, Logan

Já temos a nova geração de X-Men. Elevou a qualidade do filme como uma fantástica personagem mirim de ação.



3. Andre Holland, Moonlight: sob a luz do luar

Um ator profundo até quando olha. Magnetismo total com a câmera e uma das atuações coadjuvantes marcantes do ano.




2. Mahershala AliMoonlight: sob a luz do luar

Em poucas cenas, palavras necessárias, realistas e fortes em uma atuação exemplar que mereceu o Oscar.



1. Kim Tae-Ri, A Criada

O tipo de personagem e atuação que surpreende e até assusta tamanho o alto nível de densidade e benefício da surpresa.


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MaDame Retrospectiva  por Cristiane Costa (2017) 10. Taraji  P. Henson , Estrelas além do tempo Enérgica, simpática, ...

Top 10 Atrizes - melhores atuações em filmes de 2017


MaDame Retrospectiva 
por Cristiane Costa
(2017)



10. Taraji  P. Henson, Estrelas além do tempo

Enérgica, simpática, inteligente e vibrante. Taraji chegou para inspirar outras mulheres em um filme que empodera o feminino.





9. Judith Chemla, A vida de uma mulher

A atriz realizou uma interpretação genuinamente dolorosa muito coerente com os altos e baixos de uma mulher casada na época.





8. Paula Beer, Frantz

Atuação delicada e discreta por fora e, de uma mulher pulsante e apaixonada  por dentro.  Beer manteve os dois extremos.





7. Kim Min-Hee, A criada


Uma mulher que floresce e seduz, dócil e provocante, bastante ambígua. Min-Hee , perfeita no imaginário sedutor da obra.





6. Viola Davis, Um limite entre nós

Convivendo com  um marido infiel, Viola Davis mostrou amor, perdão e sacrifício mas também bateu de frente. Esplêndida!




5. Alexandra Borbely, Corpo e Alma

Uma atuação fascinante! Borbely interpreta uma mulher metódica e introspectiva e surpreende em uma linda história de amor.




4. Florence Pugh, Lady Macbeth

Interpretação explosiva, passional, sedutora, perversa, mortal.  A atriz encarnou uma lady apaixonadamente insana com perfeição!




3. Daniela Vega, Uma mulher fantástica


Atuação corajosa e difícil mas também muito consciente e realista a respeito dos preconceitos que ela mesmo enfrenta. Fantástica!



2. Sandra Huller, Toni Erdmann

Com humor e densidade,  ela  interpretou as ausências  e as falhas de muitas mulheres workholics. Atriz fascinante!






1. Emma Stone, La La Land Cantando Canções

Com dedicação, a atriz realiza uma performance cheia de nuances e habilidades artísticas e dramatúrgicas. Ela canta e encanta.




Menção Honrosa




Alisson Williams, Corra!

Um dos pros do filme é ver a dissimulada e insana cara de Alisson Williams. Perfeita para a proposta! Simplesmente arrasou!






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MaDame Retrospectiva  por Cristiane Costa (2017) 10. Angel Elgort , Em ritmo de fuga Com versatilidade, ele passou do d...

Top10 Atores - melhores atuações em filmes de 2017


MaDame Retrospectiva 
por Cristiane Costa
(2017)




10. Angel Elgort , Em ritmo de fuga


Com versatilidade, ele passou do drama à ação em ritmo frenético. Seguiu a energia e timing do filme com competência.





9. Dave Johns,  Eu, Daniel Blake

Interpretar um idoso doente, sem emprego e seguro poderia ser sentimental demais, mas sua atuação é crível e realista.






8. Peter Simonischek, Toni Erdmann


Simonischek  interpretou um dos pais mais persistentes, engraçados e amorosos do Cinema. Merece muitos abraços!





7. Adam Driver, Paterson


Adam Driver foi crível para ser Paterson. Equilibrou bem o tédio da rotina, a autenticidade de ser quem é e a poesia do filme.






6. Daniel Kalluya, Corra!


É raro um ator ser único e original em um filme de horror. Kalluya veste o personagem com incrível originalidade!



5. Hugh Jackman, Logan


Envelhecimento, paternidade e sacrifícios. Jackman mostra tudo isso e mais bravura e a redenção de Wolverine. Espetacular!





4. James McAvoy, Fragmentado


Várias personalidades e a libertação de uma fera, uma insanidade que poucos conseguiriam. McAvoy é um deles!





3. Denzel Washington, Um limite entre nós


Uma atuação madura e forte sobre um homem cheio de falhas e autoridade. Marcante até o limite!




2. Andy Serkis, Planeta dos Macacos A Guerra


Serkis incorporou o grande líder Cesar de forma comovente. Mesmo com anos de luta, mostrou uma força tremenda.





1. Casey Affleck, Manchester à beira mar


Lee Chandler é sob medida para Casey Affleck e sua inexpressividade. Sua interpretação foi depressiva e "loser".

Menção Honrosa





Harry Dean Stanton, Lucky


Um adeus com nobreza espetacular. Stanton evocou a sabedoria  e a experiência  cinematográfica que o torna inesquecível.

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Cristiane Costa, MaDame Lumière

MaDame Retrospectiva  por Cristiane Costa (2017) Este ano nos presenteou com muitas músicas legais em filmes igualme...

Top 20 melhores músicas em filmes de 2017


MaDame Retrospectiva 
por Cristiane Costa
(2017)




Este ano nos presenteou com muitas músicas legais em filmes igualmente legais. Alguns destaques merecem ser mencionados:

Músicas surpreendentes que combinaram muito bem como cenas e agregaram uma densidade mais emotiva a personagens e cena : a clássica "The Greatest love of all " em Toni Erdman, a contagiante "Can't take my eyes off you" na imperdível comédia dramática "Assim é a vida" e Bring on the dancing hourses no orgulho nacional  Bingo : o rei das manhãs.

Também atores e atrizes se destacaram e marcaram o ano com grandes canções e boas interpretações: Ryan Gosling e Emma Stone em "City of stars" - La la land  e a surpreendente Michelle Pfeiffer arrasando em "Never forget" em Assassinato no expresso oriente.

Sia continua sendo uma das melhores intérpretes da cena pop para canções no cinema e apareceu em "Helium" - Cinquenta tons mais escuros  e "To be human" - Mulher maravilha.  Para comover geral, clássicos de Johnny Cash e Elvis Presley nos filmaços Logan e Blade Runner 2049.

E como não cabe tudo no top 20, MaDame recomenda grandes álbuns que se destacaram com uma seleção pauleira de músicas imperdíveis e muita ação: Liga da Justiça, Atômica, John Wick 2. Assista o filme e ligue o som! 





20. Un sac de billes em "Os meninos que enganavam nazistas"
Armand Amar



19. Past, present and future em "Marguerite e Julien: um amor proibido"
The Sangri-Las



18.  Come together em "Liga da Justiça"

Gary Clark Jr, Junkie XL



17. Almost Human em "Blade Runner 2049"
Lauren Daigle




16. Helium em "Cinquenta tons mais escuros"

Sia



15. Bring on the dancing hourses em "Bingo: O rei das manhãs"
Echo and the Bunnymen






14. End Credits em "Planeta dos Macacos : A guerra"

Michael  Giacchino




13. How far I'll go em "Moana: um mar de aventuras"

Auli'i Cravalho, Alessia Cara



12. Plastic Heart em "John Wick 2 - um novo dia para matar"

Nostalghia, Tyler Bates, Joel J Richard




11. 99 Luftballons em "Atômica"
Kaleida 






10. Can't take my eyes off you em "Assim é a vida"
Boys Town Gang





9. Hurt em "Logan"
Johhny Cash




8. Can't help falling in love em "Blade Runner 2049"
Elvis Presley, The Jodanaires




7. Everybody knows em "Liga da Justiça"

Sigrid




6. This is me em "O Rei do Show"

Keala Settle




5. To be human em "Mulher Maravilha"

Sia, Labirinth





4. Our love em "Moonlight : sob a luz do luar"
The Edge of Daybreak




3. City of stars em "La la land: Cantando estações"

Ryan Gosling, Emma Stone




2. Never Forget em "O Assassinato no Expresso Oriente

Michelle Pfeiffer




1. Greatest love of all  em "Toni Erdmann"

Whitney Houston






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Cristiane Costa, MaDame Lumière

Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação A Literatura tem a generosa m...

Cora Coralina, todas as vidas






Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação





A Literatura tem a generosa missão de revelar muito do ser humano, o pior e o melhor, não importa; o que faz sentido é perceber o quanto ela revela o magnífico talento que está em uma pessoa comum, muitas vezes, de cotidiano  simples, vida modesta, mas que sabe ser próspera em palavras . Assim, a Literatura não é apenas mérito de uma elite privilegiada, burguesa, ela nasce do povo e para o povo também em cidadezinhas bucólicas. Nasce de cidadãos que alternam suas atividades na labuta com a paixão pela escrita. Neste caso, uma das maiores inspirações é a escritora Cora Coralina, que esta semana ganha a tela dos Cinemas Brasileiros com o longa "Cora Coralina, todas as vidas"e mostra sua força literária e feminina.






Nascida na cidade de Goiás  em 1889 como Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, ela é a Cora de muitas vidas e influenciou a Literatura Brasileira com sua narrativa poética e política. A doceira do velho Goiás era uma mulher generosa e de fibra, admirada por Carlos Drummond de Andrade,  fiel amigo que soube valorizar sua poesia e  contribuiu com a projeção da escritora. 



A carreira como poeta chegou tardiamente sob a perspectiva do palco literário nacional, entretanto ela já era uma combativa mulher das Letras. Trabalhou na editora José Olympio, escreveu cartas, artigos jornalísticos, poesia e prosa, além de expressar um destemido comportamento como mulher emancipada que buscou ser feliz e viver em diferentes cidades de São Paulo, constantemente ativa. Em grande parte, nestes lugares e ao longo de 45 anos de sua vida itinerante, ela desempenhou um forte papel social com seu espírito humanista, conciliador e comunitário.








Inspirado no livro "Raízes de Aninha" de Rita Elisa Seda e Clovis de Carvalho Britto, o longa dirigido por Renato Barbieri é um híbrido de documentário com ficção (docfic) que enfatiza as várias facetas de Cora Coralina com o desenvolvimento de uma narrativa em prosa poética mas também em representação ficcional das principais fases de sua biografia, da infância na velha casa da ponte, seu casamento e vivência no interior de São Paulo e o retorno à Goiás . Dentre suas conquistas, foi ganhador de “Melhor Filme” pelo Júri Popular e de “Melhor Edição de Som”, no Festival de Cinema de Brasília.





Um elenco estelar com Zezé Motta, Beth Goulart,  Walderez Barros (Cora Madura), Tereza Seiblitz (eu lírico de Cora) , Maju Souza (Cora adolescente), Camila  Márdila (jovem Cora no início da vida adulta) se dividem entre a ficção e a leitura de poemas e textos. Um dos  grandes destaques é a solidez dramatúrgica de Walderez Barros que agrega valor a qualquer projeto deste nível e tem uma bela performance na velhice de Cora. Na dimensão documental, o diretor conta com entrevistas com a família e amigos da escritora, assim como os autores do livro e o legado audiovisual da apaixonante Cora   (recortes de fala, pequenos vídeos etc).


Na execução, o diretor realiza um filme bastante didático na sua construção narrativa, intercalando as diversas vozes e interpretações das atrizes. É interessante observar que o longa tem o espírito humilde de Cora e segue uma linha singela, terna, valorosa, característica bem acertada e em linha com a biografia dela. O diretor escapa de algumas escolhas que poderiam comprometer essa costura narrativa, como por exemplo, a tempo, ele diminui o uso de narração das atrizes em frente à câmera e com o fundo negro na parede. O único  excesso no lado oposto da leveza da obra é o elenco. Embora  a polifonia de vozes seja positiva e uma bela estratégia narrativa, bastava ao filme apenas o elenco das Coras.


Quanto mais o filme fica livre e expande as fronteiras atravessadas por Cora, mais ele envolve e encanta, principalmente com o diálogo entre a palavra e  a imagem, entre as diversas Coras e o  caminho percorrido transformado em uma inspiradora história. A sua narrativa poética exige um contato íntimo com o livro, mas é possível reconhecer que o longa evidencia o grande valor da literatura de Cora , o entrelaçamento entre a prosa e a poesia de forma brilhante e com viés político.


Muito bem apoiado pela base bibliográfica do livro, da literatura e dos relatos de familiares e dos especialistas literários, Barbieri não compromete o melhor que o filme entregou e realiza um trabalho digno: o sentimento de que Cora merece ser muito homenageada  e simboliza uma inspiração não apenas com escritora mas também como mulher que representa a compaixão, a ternura e a coragem de muitas mulheres Brasileiras.




"A inspiração maior sempre foi a pessoa, a vida e a obra da poeta"
(Renato Barbieri , em nota do diretor)



A experiência com sua biografia revela uma mulher bem articulada e de opinião, essencialmente humanista e engajada em diversas atividades, enérgica em distintos ciclos da vida, que não viveu de glamour e se dedicou aos excluídos. Como uma mulher extraordinária, lutadora pela emancipação de tantas vidas, é inevitável observar que ela não foi valorizada como deveria no Brasil. Como tantas outras escritoras do país, Cora trabalhou como uma pessoa comum nos árduos dias e, nas horas de encantamento, escrevia sua bela e cativante Literatura. 


Genuinamente, ela tinha afeto pela cozinha e seus doces caseiros, pela defesa de causas sociais, pelo poder da palavra. Era uma pessoa humilde e generosa cuja lição de vida é o maior brilho dessa obra. É bem provável que ela não quisesse o glamour na sua maturidade. É melhor assim. É melhor ver todas as inspiradoras vidas de Cora Coralina para buscar mais o humano em nós. A verdadeira carreira é a humanidade que deixamos em vida.







Fotos e nota do diretor, uma cortesia Fênix Distribuidora de filmes.


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Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação É esperado que filmes catástro...

O Túnel






Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




É esperado que filmes catástrofe tragam bastante sofrimento, superação e lições de vida, assim, este senso comum é recorrente em situações nas quais a vida é colocada em risco. Entretanto, o que faz a diferença em um bom Cinema desastre? É exatamente não perder o humor e nem aquele fino fio de esperança. Neste caso, O Túnel (Teo-neol/ Tunnel, 2016)  de Kim Seong-hun é uma das gratas surpresas do Cinema Coreano, uma combinação de drama e suspense de tirar o fôlego, rir e arrancar algumas lágrimas. 





Entre momentos engraçados e tensos, o diretor articula um daqueles filmes no qual o protagonista é levado à exaustão, com pouca chance de sobrevivência. Jung-Soo (Jung-woo Ha) está tranquilamente dirigindo seu carro para encontrar a sua família quando, abruptamente, fica encurralado em um túnel. Preso entre as ferragens do carro, permanece ali com dificuldades de contato com a civilização, escassas água e alimentação e baixa carga de celular.


Diferente do Cinema Ocidental que, na maioria das vezes, não tem tanto tato e criatividade para expressar emoções sutis e usa catástrofes em um roteiro previsível, Kim Seong-hun abre o leque de possibilidades, tanto críticas, ridicularizando a mídia, a empresa e o governo, como também se aproxima de uma dimensão bem particular do protagonista em situações nas quais sua humanidade, em especial, a compaixão, o autocontrole e a esperança são colocadas em provação. 


O bom modus operandi da narrativa é o equilíbrio entre as esferas individual e coletiva e como a tragédia afeta de forma distinta cada uma destas dimensões. No plano individual, além de Jung-Soo, sua esposa Se hyn (Doona Bae, de Sense) e o engenheiro Dal-su  Oh (Dae Kyoung) passam por situações que exigem tomadas de decisão com respeito à vida e que agregam valor dramatúrgico e diferenciado à obra. São eles que formam o trio emotivo no qual o ser humano é testado em sua empatia, preocupação com o próximo e crença na sobrevivência.








Do outro lado, o plano coletivo é muito mais anônimo, vazio e egoísta. O diretor realiza a crítica social na qual o capitalismo e os lucros das construções civis mal realizadas estão acima da vida humana. Em cena, surgem governantes, assessores, jornalistas, empresários e não é possível se conectar a nenhum deles. São personas ridículas e a ridicularizar que pouco se preocupam com os outros. Em uma das cenas hilárias, a mídia é tão sensacionalista que, junto com o riso, vem a vergonha alheia.  Desta forma, embora necessária ao filme, a dimensão coletiva escrava de interesses capitalistas  e midiáticos e negligente com relação ao valor humano é muito medíocre.  Kim Seong-hun acerta o tom com um bom balanço entre essas duas dimensões: a importância da vida x o esvaziamento do ser humano.


No seu melhor, O Túnel conquista pela gentileza humana em situações aparentemente banais, principalmente quando, mesmo na iminência de morrer a qualquer momento, Jung-Soo é capaz de olhar para o outro, para um semelhante, para um animal.  Com altos e baixos entre a esperança e o desânimo, ele torna o filme mais palpável, assim,  há uma graça no ator que naturalmente faz qualquer um torcer por ele. As melhores cenas ocorrem dentro do túnel e com ele, evidência que reforça o vigor e fôlego da direção de  Kim Seong-hun e a ótima parceria com Jung-woo Ha . 


Entre escombros e com total controle das possibilidades de espaços, o diretor realiza uma das coisas mais difíceis na execução de planos  em lugares estreitos, reduzidos e claustrofóbicos: ele mostra bem mais o movimento pela vida, a esperança por uma pequena fresta de luz em algum lugar do túnel.  





Ficha técnica do filme IMDB O Túnel 








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