Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação "Em busca da justiça...

MaDame Western: Em busca da justiça (Jane got a gun, 2015)






Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação


"Em busca da justiça" (Jane got a gun, 2015) é o western estrelado por Natalie Portman, uma das produtoras, e co-roteirizado por Joel Edgerton. Outros destaques: Ewan McGregor como o vilão (que está a cara de Daniel Day Lewis em "Sangue Negro") e uma ponta com Rodrigo Santoro.

É muito bem vindo um western quando a mulher tem mais protagonismo na narrativa, seja na ação e nas memórias. Esse gênero é bem masculino, então a premissa feminina é interessante.





O filme também se desenvolve de maneira convencional: há o pistoleiro e antigo amor que ajuda a mocinha (Edgerton) e Jane (Portman) poderia ter liderado e atirado mais. Essa é a principal contradição do longa; acaba deixando de explorar a personagem feminina, assim, Jane está longe da complexidade e fúria das mulheres Tarantinescas, por exemplo.


No geral, um dos atrativos é perceber que a câmera ama Natalie Portman, a combinação de sua delicadeza e força expressiva fez um ótimo contraponto com o rústico ambiente do faroeste. As belas fotografias nas quais ela surge cavalgando já valem a sessão!



A direção de Gavin O'connor não é tão notória aqui como em "Warrior", um dos seus melhores filmes. Ele permanece como um diretor com filmes irregulares nos quais sua marca pessoal não se destaca. No mais, o roteiro é estruturado de uma forma simples, direta e didática, mas tem um elemento surpresa que faz toda a diferença .






Então, qual é o doce sabor do filme além de Natalie Portman? O amor...ah, o amor e as voltas que o mundo dá, a justiça que tanto desejamos em meio ao sofrimento e hostilidades da vida.

A narrativa tem elementos de romance e de memórias entre Natalie Portman e Joel Edgerton que merece uma atenção especial. Pelo menos, dá para torcer por eles. De certa forma, é bonito ver os encontros e desencontros do amor e como as diferentes versões da vida precisam ser ouvidas.

Apesar de pecar por não desenvolver protagonista e vilão, o filme é um bom entretenimento como western com elementos românticos.



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Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação O tempo passa e o terror a tubarõ...

Águas Rasas (The Shallows,2016)






Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação



O tempo passa e o terror a tubarões continua sendo um bom tema para thrillers renovados. É natural que cineastas que apreciam a temática queiram ter um tubarão para chamar de seu.
Nessa seara, "Águas rasas" (The Shallows, 2016) de Jaume Collet-Serra é um filme bem dimensionado para ser eficiente no que propõe. Em 83 minutos cravados, Blake Lively interpreta Nancy, uma jovem que decide tirar um tempo para se recompor após a morte da mãe. Ao tentar superar uma morte, ela enfrenta outra face da morte: um tubarão determinado a eliminá-la. O que era para ser um dia lindo de praia, vira um pesadelo.






Collet- Serra , que transita entre o suspense, horror e ação em sua filmografia, aqui tem um ótimo equilíbrio entre o horror dos filmes marítimos aterrorizantes e a ação solitária da personagem de Blake Lively, corajosa e esperta para lutar pela vida.


Ao mesmo tempo que há uma melancolia natural em Lively, em permanecer isolada e em risco em uma praia, há uma força heróica, uma criatividade em se virar a qualquer custo, uma resiliência descomunal. Ela se supera nesse trabalho, afinal, não é fácil segurar um filme que depende bastante de um único personagem.




É um filme bem editado em toda narrativa e que interage com outros recursos audiovisuais como câmera e mobile dentro de determinados quadros, com realista fotografia. Fluído do início ao meio, depois com um clímax inesperado. Certamente, o pico dos nervos sobe pra valer!

Um longa que vale a pena ver! Com "A orfã", um dos melhores do diretor. Pela primeira vez, um filme do cineasta que mescla a tradição do terror do tubarão e o frescor contemporâneo.




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