O tempo passa e o terror a tubarões continua sendo um bom tema para thrillers renovados. É natural que cineastas que apreciam a temática queiram ter um tubarão para chamar de seu.
Nessa seara, "Águas rasas" (The Shallows, 2016) de Jaume Collet-Serra é um filme bem dimensionado para ser eficiente no que propõe. Em 83 minutos cravados, Blake Lively interpreta Nancy, uma jovem que decide tirar um tempo para se recompor após a morte da mãe. Ao tentar superar uma morte, ela enfrenta outra face da morte: um tubarão determinado a eliminá-la. O que era para ser um dia lindo de praia, vira um pesadelo.
Collet- Serra , que transita entre o suspense, horror e ação em sua filmografia, aqui tem um ótimo equilíbrio entre o horror dos filmes marítimos aterrorizantes e a ação solitária da personagem de Blake Lively, corajosa e esperta para lutar pela vida.
Ao mesmo tempo que há uma melancolia natural em Lively, em permanecer isolada e em risco em uma praia, há uma força heróica, uma criatividade em se virar a qualquer custo, uma resiliência descomunal. Ela se supera nesse trabalho, afinal, não é fácil segurar um filme que depende bastante de um único personagem.
É um filme bem editado em toda narrativa e que interage com outros recursos audiovisuais como câmera e mobile dentro de determinados quadros, com realista fotografia. Fluído do início ao meio, depois com um clímax inesperado. Certamente, o pico dos nervos sobe pra valer!
Um longa que vale a pena ver! Com "A orfã", um dos melhores do diretor. Pela primeira vez, um filme do cineasta que mescla a tradição do terror do tubarão e o frescor contemporâneo.



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Cristiane Costa, MaDame Lumière