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Imperdíveis dicas  streaming  MaDame Lumière  #Fiqueemcasa #JuntoscontraoCoronavírus Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogu...

O dia do Atentado (Patriot's day, 2016)





Imperdíveis dicas streaming MaDame Lumière 
#Fiqueemcasa
#JuntoscontraoCoronavírus


Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




Peter Berg é um diretor Americano que gosta de trabalhar em  dramas relacionados a guerra e terrorismo, normalmente seus filmes têm militares, sejam soldados ou policiais assim como Mark Wahlberg como ator principal. Além de O dia do atentado (Patriot's Day, 2016), que conta o atentado terrorista ocorrido na Corrida de Boston de 2013, os outros dois filmes anteriores do diretor, O grande herói (Lone Survivor, 2013) e Horizonte Profundo( Deep Horizon, 2016)  também foram protagonizados pelo ator.



Na história, Mark interpreta o sargento Tommy Saunders que é escalado para a segurança do evento maratonista em referência. Como um policial e cidadão de Boston, ele conhece bem as ruas da cidades e chegou a  frágil ponto na carreira. Apresenta desgaste no joelho e alguns problemas disciplinares  com a instituição, entretanto, é notável o seu heroísmo e coragem ao longo da narrativa. E o melhor: um herói comum que cumpre seu ofício e quer ajudar a encontrar os terroristas.






Basicamente é um drama sobre os efeitos do terrorismo em Boston, sendo que, entre o segundo e o terceiro atos, há uma expressiva sequência de perseguição e troca de tiros e bombas entre os terroristas e a força policial. Apesar dos USA ser um país bastante nacionalista, para quem não sabe, a cidade de Boston tem uma representação forte na cultura Norte Americana sob a dimensão do orgulho de ser e pertencer, não só por conta de esportes como basketball e baseball, mas também porque é uma das principais cidades de Massachusetts e tem uma sólida autoridade no campo da pesquisa, da Educação e do conhecimento em geral, tanto que lá estão a Universidade Harvard e o MIT.


Considerando os três últimos trabalhos de Peter Berg com Mark Wahlberg, podemos dizer que este é um filme bem executado sob a perspectiva da direção e toda a junção entre a ficção e as imagens documentais. Baseado  no livro "Boston Strong" de Casey Sherman e Dave Wedge, o diretor consegue dar um bom tom de suspense com evidente tensão, alternando cenas mais sensíveis e pessoais sobre os coadjuvantes, assim como mostrar o destrutivo comportamento dos terroristas.



O espectador estabelece uma visão ampla do ocorrido com os personagens coadjuvantes que mostram as consequências físicas e psicológicas de um atentado terrorista. É um filme interessante que se constrói não apenas com o protagonista, mas muito mais pelo elenco de apoio que tem uma responsabilidade bem maior de mostrar o lado emocional da narrativa, em como as vidas são afetadas de um dia pro outro.



Peter Berg também não economiza na expressão da violência dos terroristas, assim, reforça que essa violência gratuita e sem sentido é algo difícil de entender. Em uma das cenas mais dramáticas, a esposa de um dos terroristas se recusa a "desonrar" o marido, permanecendo fiel a ele. Essa imagem dá uma nítida dimensão dos terrores do fanatismo que separa tantos povos. São crenças limitantes que alimentam o ódio e o xenofobismo.


Uma das principais forças desse drama é observar questões como superação, orgulho e continuidade da comunidade de Boston. Como ocorre nas provações e dramas pessoais e coletivos, o dia posterior nunca é fácil. Não são apenas as perdas e mutilações físicas e psicológicas, mas são as perdas para quem também fica e deve continuar a viver na cidade. 


Esse é um filme sobre orgulho de ser e permanecer Boston. Ainda que isso não seja notório na primeira uma hora de projeção, como a própria obra original diz: "Boston Strong" (Boston forte, mais forte), a ideia é que a cidade se fortaleça e continue a viver depois destes episódios. As grandes histórias de superação realmente nascem a partir da perda e da dor.






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