#Suspense #Thriller #Ação #CríticaCurta #CinemaAmericano  #Corrupção #Streaming #Netflix Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira críti...

Crítica Curta: Rebel Ridge (2024)

 




#Suspense #Thriller #Ação #CríticaCurta #CinemaAmericano  #Corrupção #Streaming #Netflix


Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação



O filme tinha a premissa perfeita para um suspense de ação ético sobre corrupção policial, mas se contenta com uma execução lenta e antagonistas pouco desenvolvidos. O que se observa é uma narrativa que sofre com o convencimento desnecessário e a superficialidade do jogo político, perdendo a chance de mergulhar na profundidade sociopolítica que o tema exige. Ainda assim, Aaron Pierre confere carisma ao protagonista e estabelece uma confiança que sustenta o interesse do público. O resultado é ⭐⭐⭐: um esforço válido que mostra evolução na Netflix, mas ainda represado por escolhas superficiais e intenções contidas.



O Propósito da Crítica Curta
Um panorama direto ao ponto para filmes que merecem sua atenção imediata. A curadoria perfeita para escolher sua próxima sessão de streaming com rapidez e confiança.
 



Imagem Netflix. Divulgação.


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Obrigada por seu interesse em comentar no MaDame Lumière. Sua participação é essencial para trocarmos percepções sobre a fascinante Sétima Arte.

Este é um espaço democrático e aberto ao diálogo. Você é livre para elogiar, criticar e compartilhar opiniões sobre cinema e audiovisual.

Não serão aprovados comentários com insultos, difamações, ataques pessoais, linguagem ofensiva, conteúdo racista, obsceno, propagandista ou persecutório, seja à autora ou aos demais leitores.

Discordar faz parte do debate, desde que com respeito. Opiniões diferentes são bem-vindas e enriquecem a conversa.

Saudações cinéfilas

Cristiane Costa, MaDame Lumière

  Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação Recentemente, o cineasta Kleber Mendonça Filh...

Crítica | O Embate entre o Algoritmo e a Sala Escura: Um Manifesto de Resistência

 





Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




Recentemente, o cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor de O Agente Secreto, rebateu de forma contundente as declarações do co-CEO da Netflix sobre a hegemonia do streaming. Mendonça Filho foi claro: “o streaming é uma nova e espetacular forma de ver filmes, mas não pode ter o poder de acabar com a cultura da sala de cinema”. Para ele, são as salas que constroem a história duradoura de uma obra, lembrando que nada substitui a experiência física e coletiva. Sua fala não é apenas técnica, mas um alerta urgente sobre como o ecossistema do entretenimento está sendo moldado para enfraquecer a experiência comunitária em favor da comodidade algorítmica.



A cultura digital trouxe uma dualidade irreversível. Se por um lado democratizou o acesso, por outro consolidou uma lógica de consumo rápido e acomodado. Vivemos sob o império das iscas de engajamento, onde a gratificação imediata reduz a capacidade crítica. Algoritmos que recomendam conteúdo sem curadoria fragmentam a atenção e corroem o valor da sala escura. O público questiona o custo financeiro e social de ir ao cinema frente à facilidade dos catálogos, que ironicamente agora incluem anúncios reminiscentes de distopias televisivas. O risco de a sala perder espaço para o desinteresse algorítmico é uma realidade sistêmica que ameaça a alma da sétima arte.



Essa lógica se reflete também nas janelas de exibição, cada vez mais estreitas por interesses econômicos. A escassez de salas não comerciais e a voracidade das plataformas em disponibilizar conteúdo instantaneamente criam uma confusão estrutural. O exemplo de Frankenstein, de Guillermo del Toro, ilustra bem: um lançamento limitado competindo simultaneamente com o catálogo digital revela uma estratégia puramente econômica, não curatorial. O resultado é um mercado em que janelas curtas sabotam distribuidoras e exibidores, tornando a sala física um elo frágil na cadeia de valor do cinema.



Ir ao cinema, além disso, tornou-se um evento de luxo. Os custos de ingressos, alimentação e transporte, somados ao desgaste causado por comportamentos inadequados de alguns espectadores, criam barreiras sociais e educacionais. Muitos preferem o conforto doméstico por economia pessoal. Entretanto, o paradoxo se revela ao olharmos para o teatro. Embora caro, preserva sua lotação por ser uma experiência impossível de replicar no digital. Isso nos obriga a questionar se o cinema, ao render-se à lógica do sofá, não está sacrificando sua própria aura de evento imperdível.



O efeito colateral dessa lógica é a erosão do filme de orçamento médio. O mercado privilegia o blockbuster monumental, empurrando obras autorais para festivais e plataformas digitais. O risco final é a atrofia da capacidade analítica. Sem o hábito da descoberta na sala escura, o público se rende à hegemonia algorítmica que recomenda apenas o previsível. Perdemos o mergulho nas relações humanas ao esquecer que o que nos conecta às histórias são as emoções, algo que nem mesmo a inteligência artificial, por mais sofisticada que seja, é capaz de replicar.



Não adianta procurar culpados isolados. A provocação central é: estamos nos rendendo ao conforto doméstico mesmo tendo condições de vivenciar a sala escura? Se sim, o problema não é apenas econômico, mas cultural e político. O cinema precisa de porta-vozes e de um público que o abrace com consciência. Ir ao cinema é um ato de resistência social, cultural e política. Nada substitui esse encontro magistral entre luz e sombra, entre legado e continuidade. É na catarse coletiva que nos conectamos com nossa essência humana. Defender a sala de cinema é preservar o espaço onde a vida e a arte se fundem em sua forma mais pura, um ritual que não pode ser abandonado.




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Não serão aprovados comentários com insultos, difamações, ataques pessoais, linguagem ofensiva, conteúdo racista, obsceno, propagandista ou persecutório, seja à autora ou aos demais leitores.

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Cristiane Costa, MaDame Lumière

  Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação As recentes marchas que tomam a Avenida Paul...

Cinema vs Série | Ângela Diniz em Duas Telas: Espelhos de uma Tragédia

 




Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




As recentes marchas que tomam a Avenida Paulista e ruas de todo o Brasil, com o grito uníssono de mulheres exigindo o direito de permanecer vivas, não são apenas manifestações políticas: são atos de sobrevivência. Nesse cenário de urgência, o Cinema e a TV assumem um papel vital ao expor a face símbolo e maléfica de uma ordem social masculina que insiste em controlar corpos e destinos.



Ao revisitar a tragédia de Ângela Diniz através de duas produções distintas, somos forçados a encarar como a violência de gênero é meticulosamente construída e silenciada pelo sistema. Mais do que biografia, essas obras funcionam como denúncia do cerceamento da autonomia feminina, lembrando que a luta de 1976 ainda ecoa nas trincheiras cotidianas das mulheres de hoje.



As interpretações de Isis Valverde e Marjorie Estiano divergem conforme as escolhas de roteiro e direção de cada obra. No longa-metragem dirigido por Hugo Prata, Isis foca no isolamento psicológico e na melancolia de uma Ângela afastada da filha e confinada em Búzios sob o controle sufocante de Doca Street, vivido por Gabriel Braga Nunes.



Já a série da HBO Max com direção de Andrucha Waddington permite que Marjorie explore o magnetismo social e a energia solar de Ângela. Sua performance exala a liberdade que, ironicamente, serviu de gatilho para o ódio de seu algoz, interpretado por Emílio Dantas. Enquanto Isis entrega uma camada vulnerável e melancólica, Marjorie personifica a mulher livre que se recusa a se submeter às convenções sociais. Ambas entregam trabalhos excepcionais ao humanizar uma figura atravessada por uma sociedade que, em 1976, não oferecia redes de apoio a mulheres que ousavam romper silêncios.



Na construção do antagonista, o poder masculino ganha facetas distintas, porém igualmente sufocantes. No cinema, Gabriel Braga Nunes vive um Doca Street com personalidade marcante e charme social, focado em demandas profissionais que deixam Ângela em uma solidão de espera, mas que revela uma agressividade sedutora e perigosa.



Já a versão da HBO Max, vivida por Emílio Dantas, apresenta um homem desagradável e antipático desde o primeiro contato. É um perfil antissocial, cuja agressividade é extrema e perturbadora, já marcado por um histórico de rompimento traumático com a ex-esposa. Embora as visões sobre o vilão divirjam, entre a sedução do cinema e o asco imediato da série, ambos se tornam insuportáveis na tela ao minarem a autonomia de Ângela. O ciúme e o controle obsessivo se repetem, provando que, independentemente da máscara, a violência estrutural busca sempre o mesmo fim: a supressão da voz feminina.



A estética do confinamento utiliza o cenário da Praia dos Ossos como uma poderosa metáfora para o cerceamento da liberdade. No cinema, o local é apresentado inicialmente como uma promessa de recomeço para o casal vivido por Isis Valverde e Gabriel Braga Nunes. Contudo, o que deveria ser um refúgio revela-se gradualmente uma prisão isolada, onde Ângela é privada de interações sociais.



Já na série da HBO Max, o contraste é mais drástico. A narrativa expõe a vida vibrante de Ângela no Rio de Janeiro para, em seguida, mergulhá-la na clausura imposta por Emílio Dantas. É aqui que as obras escancaram um dos sinais primordiais de um parceiro tóxico: a tentativa deliberada de afastar a mulher de sua rede de apoio, familiares e amigos. Infelizmente, muitas mulheres confundem esse afastamento forçado com demonstrações de amor ou cuidado, entrando inadvertidamente em um jogo de controle. O agressor instrumentaliza a geografia de Búzios para silenciar Ângela, provando que afastar a mulher de quem a protege é a etapa fundamental para a dominação absoluta.



A série da HBO Max mergulha com profundidade no tribunal da imagem que se seguiu à tragédia, revelando uma sociedade dividida e, em grande parte, cúmplice do algoz. Por ser uma mulher libertária que ousou separar-se, morar sozinha e desafiar convenções sobre a guarda dos filhos, Ângela foi pré-julgada por uma burguesia que não admitia sua autonomia.



A produção destaca a figura do advogado de defesa Evandro Lins e Silva (Antonio Fagundes), que orquestra o assassinato de reputação da vítima para atenuar a culpa de Doca Street, um reflexo nítido de como a branquitude e o status social operam para blindar o agressor. Mesmo vinda de uma família influente, Ângela morreu em uma solidão imposta pela violência, sendo posteriormente julgada por uma sociedade que preferiu condenar sua conduta moral a encarar a barbárie do feminicídio. Esse processo ecoa nos linchamentos virtuais de hoje, onde a narrativa do algoz ainda é usada para silenciar a dor e o direito à vida de mulheres que se recusam a caber em padrões servis.



Historicamente, é imperativo notar o abismo entre a cobertura da imprensa em 1976 e a reinterpretação proposta por Duda Almeida (roteirista do filme) e Elena Soárez (roteirista da série). Se na época o caso foi enquadrado sob a ótica sensacionalista da “legítima defesa da honra”, as produções atuais deslocam o foco para o feminicídio estrutural. Tecnicamente, cada obra constrói essa atmosfera de forma distinta: o cinema aposta em fotografia saturada e ritmo de suspense clássico para chocar, enquanto a série da HBO Max utiliza uma trilha sonora que evoca a efervescência dos anos 70 em contraste com a frieza do bunker psicológico de Búzios. Essa diferença de linguagem é vital, pois o fôlego da série permite desdobrar a rede de fofocas e o isolamento social com densidade que o filme, em sua brevidade impactante, apenas sugere.



Sob o olhar contemporâneo, ambas as obras deixam de ser meras reconstituições para se tornarem ferramentas de debate sobre a urgência de leis e políticas públicas efetivas. Elas dialogam com o público atual ao expor que o padrão de silenciamento e a manipulação da imagem da vítima permanecem como heranças nefastas. A dimensão pedagógica se amplia quando percebemos que o tribunal da internet herda vícios do tribunal conservador da década de 70. Ao dar visibilidade ao que antes era invisibilizado pelo privilégio masculino, cinema e streaming contribuem para uma reeducação do olhar, essencial para que as novas gerações que hoje ocupam a Paulista não aceitem retrocessos nas representações femininas e na defesa da vida.



O legado pedagógico das obras reside em expor uma dinâmica social em que o homem é historicamente poupado de suas responsabilidades, seja pela superproteção do sistema ou pela incapacidade de lidar com mulheres fortes. A série da HBO Max, por ter maior tempo de tela e uma direção de época superior, destaca-se como o produto mais interessante ao permitir que Ângela seja lembrada não apenas como uma vítima melancólica, mas em sua plena alegria de viver.



Ambas as produções são válidas para observar os comportamentos masculinos que ressoam como feridas abertas na contemporaneidade, mas é a série que melhor humaniza o lado exuberante da personagem que tanto incomodou o sistema. O veredito final reafirma: a verdadeira conexão se constrói na escuta e na autonomia, lembrando às futuras gerações que a luta nas ruas precisa ser acompanhada por leis que impeçam que a insegurança masculina destrua a felicidade feminina.








Cotação média: 2,5 estrelas para o filme e 3,5 estrelas para a série. 




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Cristiane Costa, MaDame Lumière

  Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação Stranger Things não é apenas uma série; é uma...

MaDame Loves: 10 Filmes que Moldaram o Universo de Stranger Things

 




Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação




Stranger Things não é apenas uma série; é uma biblioteca viva de referências ao cinema de gênero dos anos 70, 80 e 90. Agora, enquanto a saga caminha para sua quinta e última temporada, os irmãos Duffer transformaram sua nostalgia em uma colagem cult que evoca Steven Spielberg, John Carpenter e Stephen King. Para o MaDame Lumière, decifrar essa arqueologia cinematográfica é entender como a série se tornou um fenômeno global ao nos convidar a revisitar a memória da sétima arte.


Confira 10 obras essenciais para entender a gênese de Hawkins e o legado que Stranger Things deixa para o gênero.






1. E.T. – O Extraterrestre (1982)

O filme de Spielberg é o DNA emocional da série. Vemos a influência direta na atmosfera suburbana, nos laços de amizade forjados em bicicletas e na proteção dada a um ser sobrenatural que chega de forma vulnerável. A série capta a mágica e a inocência da aventura juvenil que se choca com o mundo adulto.






2. Os Goonies (1985)

A essência da aventura juvenil está aqui: um grupo de jovens desajustados que embarcam em uma jornada perigosa e cheia de descobertas, movidos pelo espírito de lealdade e pela busca por um tesouro (ou, no caso da série, por um amigo desaparecido). O filme injeta humor e um senso palpável de perigo na amizade.






3. Conta Comigo (Stand by Me) (1986)

Adaptação da obra de Stephen King, é o molde do drama coming of age da série. O foco na amizade masculina, a jornada por territórios desconhecidos e o peso das descobertas pessoais e da perda são o motor psicológico que define a dinâmica dos garotos de Hawkins.






4. Super 8 (2011)

Embora posterior, a estética e o espírito são os mesmos. J.J. Abrams presta homenagem ao cinema de Spielberg, utilizando crianças que filmam com Super 8 enquanto enfrentam um mistério sobrenatural. É a ponte visual entre a nostalgia dos anos 80 e a produção contemporânea da série.






5. A Hora do Pesadelo (Nightmare on Elm Street) (1984)

O horror puro e a ameaça que transcende o físico. Wes Craven inspirou os Duffer Brothers na construção de monstros que não apenas matam, mas invadem a psique e os sonhos, sendo uma referência vital para a ambientação sombria e as regras opressivas do Mundo Invertido.






6. O Enigma de Outro Mundo (The Thing) (1982)

A obra-prima de John Carpenter fornece a estética sci-fi/horror e o elemento de paranoia. A criatura mutante, a sensação de isolamento e a desconfiança mútua em um ambiente confinado são utilizadas para construir a atmosfera tensa em torno dos laboratórios e das experiências governamentais.





7. Carrie, a Estranha (1976)

Outra influência direta de Stephen King. Carrie é o paralelo óbvio para Eleven: uma jovem com poderes psíquicos massivos, socialmente isolada devido ao bullying e que tem a capacidade de usar essa força para a vingança ou a sobrevivência. É o estudo da vulnerabilidade feminina transformada em poder.






8. Poltergeist (1982)

O filme explora o terror suburbano e o desaparecimento de uma criança arrastada para uma dimensão paralela através de fenômenos domésticos (a TV). Essa é a base do arco de Will Byers na primeira temporada, estabelecendo o lar como o primeiro campo de batalha contra o sobrenatural.





9. Caça-Fantasmas (Ghostbusters) (1984)

Esta é a referência mais divertida e direta. O filme cimentou a cultura nerd e o humor em torno da ciência paranormal. Na série, a obsessão dos garotos com os figurinos de Caça-Fantasmas e a incorporação de tecnologia geek são um tributo nostálgico.





10. Prisoners (2013)

Embora seja um filme moderno, a atmosfera sombria, a busca desesperada por uma criança desaparecida e o peso emocional nos pais e na comunidade serviram de inspiração para os Duffers construírem o tom de mistério e a gravidade dos eventos em Hawkins.




Imagens. Divulgação.

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Obrigada por seu interesse em comentar no MaDame Lumière. Sua participação é essencial para trocarmos percepções sobre a fascinante Sétima Arte.

Este é um espaço democrático e aberto ao diálogo. Você é livre para elogiar, criticar e compartilhar opiniões sobre cinema e audiovisual.

Não serão aprovados comentários com insultos, difamações, ataques pessoais, linguagem ofensiva, conteúdo racista, obsceno, propagandista ou persecutório, seja à autora ou aos demais leitores.

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Cristiane Costa, MaDame Lumière

  #Drama #Feminismo #Patriarcado #CicatrizesdeGênero #CríticaSocial #Carreira #Teatro #CinemaBrasileiro#MulheresnaDireção  #Lançamentos #Bre...

Cyclone (2025)

 



#Drama #Feminismo #Patriarcado #CicatrizesdeGênero #CríticaSocial #Carreira #Teatro #CinemaBrasileiro#MulheresnaDireção #Lançamentos #BretzFilmes



Lançamento nos Cinemas 04 de Dezembro de 2025



Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação



Cyclone: O Drama da Força Feminina em um Tempo Suspenso




O filme brasileiro Cyclone (2025), dirigido por Flávia Castro, é uma homenagem e reinterpretação da figura histórica de Maria de Lourdes Castro Pontes, a Miss Cyclone dos Modernistas, sob uma perspectiva assumidamente contemporânea e feminista. Na trama, ambientada em São Paulo em 1919, a atriz e produtora Luiza Mariani, que há duas décadas trabalha para levar o projeto do teatro para o cinema, vive Dayse, uma operária apaixonada por dramaturgia que confronta os obstáculos de ter nascido em um mundo onde a mulher não é dona do próprio corpo ao buscar realizar seu sonho de estudar em Paris. 



Ao preencher as lacunas de uma trajetória feminina insuficientemente registrada pela História, a obra reflete os dilemas atemporais da mulher moderna, com um elenco que inclui Eduardo Moscovis, Karine Teles e Ricardo Teodoro.








Inspirado nas obras "O Perfeito Cozinheiro das Almas Deste Mundo", de Oswald de Andrade, e "Neve na Manhã de São Paulo", de José Roberto Walker, o filme estabelece que a força de Dayse Castro, a Cyclone moderna, reside na sua paixão pela dramaturgia e em seu talento, que são a sua força centrífuga, o seu caos interno criativo. No entanto, sua origem humilde e o ambiente hostil mostram que ela não tem apoio.



Cyclone desnuda a hipocrisia de um momento de efervescência modernista no Brasil, provando que essa renovação era reservada à elite. Dayse, por sua vez, é explorada, uma vulnerabilidade acentuada na relação com o personagem de Eduardo Moscovis. O filme utiliza a metáfora do fenômeno: a força incontrolável da protagonista em contraste com o destino rígido imposto pelo sistema, destacando que, apesar de todo o seu ímpeto, ela está praticamente sozinha na luta para realizar seus sonhos.








Esse conflito não pertence apenas ao passado modernista. O filme dialoga diretamente com o Brasil contemporâneo, onde mulheres ainda enfrentam barreiras para consolidar suas carreiras e têm seu talento podado por estruturas de violência de gênero. A crítica social, portanto, é atual e urgente.



A dimensão estética e a direção de Flávia Castro são pilares que conferem qualidade ao longa. A direção de arte de Ana Paula Cardoso e a interpretação de Luiza Mariani criam a sensação de tempo suspenso e conduzem o espectador a um tempo psicológico e intimista do drama. Contudo, o roteiro carece de dar voz à força da protagonista, deixando a impressão de que Cyclone tinha muito mais a dizer sobre si. 



A cineasta, crescida no exílio, imprime um olhar pessoal e político, cuidadoso e vulnerável, focalizando o processo de escrita e solidão da personagem. Closes, detalhes de cena e o posicionamento da câmera nos espaços internos, como quarto e coxia, reforçam essa atmosfera íntima e sugerem a solidão que atravessa a protagonista. O som, com trilha original de Thiago Pethit e ruídos urbanos que se tornam parte da narrativa, intensifica o turbilhão emocional da personagem, enquanto o silêncio funciona como contraponto, ampliando a sensação de isolamento.



Se o texto limita a voz da personagem, é justamente na atuação que ela encontra sua expressão plena. Luiza Mariani entrega uma performance de presença forte e resiliente. Sua atuação transcende o texto, utilizando o corpo e as expressões para transmitir a dor física e emocional de uma mulher cuja força é podada por um sistema e contexto bastante patriarcais.








O filme, através do olhar e da vulnerabilidade da atriz, expõe como a mulher ainda é usada sexualmente, como ocorre com a personagem de Karine Teles e até com a própria Cyclone. Inegavelmente, Mariani demonstra um potencial notável para o cinema ao transmitir uma resiliência palpável que entrelaça a vulnerabilidade e a solidão, tornando a protagonista mais real e honrando o legado da figura histórica, mesmo quando o roteiro a silencia.



O filme funciona em seus momentos mais tensos, sobretudo quando a protagonista é levada a situações decisivas que colocam em risco seus sonhos e sua liberdade. Nesses pontos, a urgência é palpável, pois a problemática existencial de Dayse esbarra na repressão coletiva imposta às mulheres, elevando o drama a um patamar social e político.



No entanto, a narrativa se dispersa nas interações. De maneira geral, a relação da personagem com os demais atores poderia atravessar camadas mais dramatúrgicas e conflitivas, o que enfraquece o ritmo e não sustenta a tensão do ciclone para além do ponto central da crise.



Apesar dessas dispersões, o filme encontra sua maior força no legado que constrói: a urgência atemporal. Mesmo após muitos anos da figura que o inspirou, o drama feminino é ainda pungente. Os anos se passaram e a mulher continua a ter dificuldades para realizar seus sonhos ou é forçada a abrir mão deles.





Theatro Municipal de São Paulo no Cinema : Cyclone é um projeto pessoal da atriz Luiza Mariani, que interpreta essa história no teatro.




O filme critica diretamente o mundo artístico que nem sempre favorece a mulher em detrimento do homem. A relação de Cyclone com Heitor Gamba (Eduardo Moscovis) sugere mais uma inserção utilitária do que um vínculo genuíno. O longa ganha em mostrar a resiliência de uma personagem vigorosa que, apesar da força, está profundamente sozinha.



Há uma aura que aproxima Cyclone de obras como A Vida Invisível de Karim Aïnouz, não pela temática ou direção, mas pela energia feminina que confronta contextos tradicionais. Nesse sentido, o filme se insere em uma linhagem de obras profundamente femininas, que dialogam com a crítica ao patriarcado e às formas de repressão.



Assim, Cyclone confirma ser um drama da força feminina em um tempo suspenso, onde a resiliência ecoa, mas a solidão ainda persiste.








Imagens. Cyclone. Divulgação Bretz Filmes. Assessoria Sinny.

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Não serão aprovados comentários com insultos, difamações, ataques pessoais, linguagem ofensiva, conteúdo racista, obsceno, propagandista ou persecutório, seja à autora ou aos demais leitores.

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Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação Netflix adquire a Warner Bros. Discovery: O Sécu...

Crítica | Netflix adquire a Warner Bros. Discovery: O Século da Narrativa ou da Repetição?




Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação


Netflix adquire a Warner Bros. Discovery: O Século da Narrativa ou da Repetição?

Os US$ 72 bilhões que redesenham o Cinema Global




O anúncio de que a Netflix está adquirindo a Warner Bros. Discovery por US$ 72 bilhões não é apenas a maior transação da história do streaming; é como se uma biblioteca inteira de mitos modernos tivesse sido comprada e agora estivesse sob o comando de um único curador. Este movimento marca o ponto final da chamada “Guerra do Streaming” e inaugura uma nova era: a da consolidação da narrativa. A aquisição, prevista para ser concluída até o terceiro trimestre de 2026, traz para o catálogo da gigante ativos valiosos, incluindo estúdios de cinema, HBO Max, HBO, e o legado de franquias como Harry Potter, Game of Thrones, Friends e o Universo DC.



Conforme o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, a missão é “ajudar a definir o próximo século da narrativa”. Mas, no mercado, essa definição tem prós e contras dramáticos, especialmente para a diversidade e a cadeia de valor da produção. Afinal, quem tem o direito de definir a imaginação coletiva?  



Do ponto de vista do consumidor, a centralização de conteúdo traz benefícios imediatos. A união dos títulos da Warner, com seu profundo catálogo de legado, aos sucessos globais da Netflix, como Stranger Things e Round 6, cria uma biblioteca de alcance incomparável. É como juntar o passado mítico com o presente algorítmico, formando um acervo que dificilmente poderá ser rivalizado. 



Há também o efeito prático: a eliminação da concorrência direta do HBO Max permite à Netflix otimizar seus investimentos em produção, direcionando capital não mais para a guerra de aquisição de clientes, mas para projetos de maior fôlego. O consumidor, nesse cenário, ganha um serviço mais robusto, ainda que mais previsível. E a estabilidade do catálogo, sustentada por franquias aclamadas como Friends e The Sopranos, garante retenção de clientes que transcende as novidades algorítmicas. O alívio de ter tudo em um só lugar pode soar como vantagem, mas também como anestesia contra o risco.  



Para a indústria cinematográfica e para a diversidade de vozes, essa consolidação levanta questões sérias. Com um único comprador dominando produção e distribuição global, o espaço para produtoras menores e independentes se estreita. O algoritmo tende a favorecer escala e franquias, relegando narrativas locais e de nicho a notas de rodapé.  



A centralização também desequilibra as negociações com criadores e roteiristas. A liberdade criativa fica vulnerável às margens ditadas pela plataforma dominante, e o risco é que os US$ 72 bilhões se transformem em aversão ao risco criativo. O catálogo da Warner é vasto, mas conservador, pautado em propriedades intelectuais fortes. A pressão por monetizar esse investimento pode multiplicar spin-offs e remakes, tornando o “século da narrativa” apenas uma repetição glorificada do século passado.  



Não é a primeira vez que o cinema vive concentração de poder. Nos anos 30–50, os grandes estúdios de Hollywood ditavam não apenas o que se produzia, mas também como o público deveria sonhar. A diferença é que agora o curador não é um estúdio, mas um algoritmo. E algoritmos não apenas escolhem: moldam.  



A compra da Warner pela Netflix é o movimento final no tabuleiro de xadrez do streaming. Para o espectador, resolve a fadiga de múltiplas assinaturas. Para o mercado, garante domínio. Mas é um momento que exige olhar crítico e constante. O legado de US$ 72 bilhões da Warner agora está sob o domínio de um algoritmo. O desafio de Sarandos é provar que esse poder resultará em um próximo século da narrativa rico em diversidade e inovação, e não apenas em uma vitrine reluzente de franquias recicladas.  



Entre os concorrentes que restam, apenas a Disney parece capaz de rivalizar em escala cultural e de franquias. Com o poder de marcas como Marvel, Star Wars e Pixar, ela mantém um arsenal simbólico que dialoga diretamente com o imaginário coletivo global. Amazon, Apple e Paramount ainda disputam nichos ou prestígio, mas não possuem a mesma força de catálogo e alcance. O tabuleiro, portanto, se reduz a dois gigantes: a Netflix, agora dona de uma biblioteca de mitos modernos, e a Disney, guardiã de universos que já atravessaram gerações. O futuro da narrativa será, em grande medida, decidido nesse duelo silencioso entre quem controla não apenas o mercado, mas também a imaginação do público.  



No fim, não são os bilhões que inquietam, mas a ideia de que uma única empresa possa decidir quais histórias merecem atravessar gerações. O cinema, afinal, não é apenas catálogo ou algoritmo: é memória viva, é sombra e claridade, é o risco de se perder para encontrar outra vez. Se o próximo século da narrativa já tem dono, que não nos falte coragem para lembrar que a arte nunca pertenceu a ninguém, ela sempre foi resistência, viagem e espelho da condição humana.

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  #Drama #Ação #CríticaCurta #CinemaAmericano #Suspense #GerardButler #Geopolítica #Streaming #HBOMax Por  Cristiane Costa ,  Editora e blog...

Crítica Curta: Missão de Sobrevivência (Kandahar, 2023)

 



#Drama #Ação #CríticaCurta #CinemaAmericano #Suspense #GerardButler #Geopolítica #Streaming #HBOMax


Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação



O filme tinha a premissa perfeita para um suspense de ação sobre a complexa teia geopolítica no Afeganistão, mas se contenta com os mecanismos previsíveis de um thriller de extração. O que se observa é uma narrativa que se limita a convenções tradicionais e falha em aprofundar os conflitos interpessoais, perdendo a chance de explorar a fragilidade da confiança que o cenário exige. Ainda que Gerard Butler confira carisma e humanidade ao protagonista, o resultado é ⭐⭐: um esforço válido, mas esvaziado por escolhas superficiais que reduzem seu alcance político e dramático.




O Propósito da Crítica Curta
Um panorama direto ao ponto para filmes que merecem sua atenção imediata. A curadoria perfeita para escolher sua próxima sessão de streaming com rapidez e confiança.
 



Imagem Amazon. Divulgação.

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Cristiane Costa, MaDame Lumière

Por  Cristiane Costa ,  Editora e blogueira crítica de Cinema, e specialista em Comunicação Se você vier aqui esperando apenas uma nota de 0...

A Crítica da Madame Lumière: O Ensaio como Condição Humana






Por Cristiane Costa,  Editora e blogueira crítica de Cinema, especialista em Comunicação



Se você vier aqui esperando apenas uma nota de 0 a 5 estrelas para decidir se um filme é “bom” ou “ruim”, talvez eu te decepcione um pouquinho. E tudo bem. Eu escrevo para quem deseja ser afetado, e não apenas entretido.



O cinema é o meu laboratório da condição humana. Não o vejo como objeto final a ser julgado, mas como ponto de partida para uma reflexão que atravessa técnica e emoção, razão e sensibilidade. O mainstream também tem sua força. Ele pode emocionar, provocar, transformar, mas o que me move é outra pergunta: o que este filme fez com a minha alma para eu olhar o mundo ao redor com mais compreensão?



A crítica, para mim, é viagem. É prosa íntima, cadenciada, que convida a pensar o luto, a distopia, a beleza e a fragilidade da nossa existência. Não faço resumos secos; escrevo ensaios porque acredito que o cinema é a arte mais completa para nos obrigar a encarar tanto o nosso lado sombra quanto a persona que carregamos.



Não me basta saber se a bilheteria foi alta. O que me interessa é o silêncio que um filme deixa, o desconforto que provoca, a desestabilização que nos obriga a pensar. Meu luxo não é o conforto, mas a profundidade.



Cada análise busca equilibrar o rigor da técnica: o som, a direção, a montagem com a filosofia - o trauma, a ambiguidade, a culpa. É a minha forma de usar o intelecto para sentir e partilhar.



E um muito obrigada pelo alcance que segue crescendo. Só no último mês, a adesão aumentou em cerca de 13%. Esse movimento não é apenas estatística: é sinal de que há cada vez mais pessoas dispostas a pensar comigo, sentir comigo e viajar pelo cinema como experiência humana.



Se você procura uma crítica elegante, autoral, que te trate como cúmplice na reflexão, encontrou o seu lugar. Seja bem-vindo ao Madame Lumière. Aqui, cada filme é uma chance de pensar a vida outra vez.





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