Rapidinhas no MaDame:
Porque o que importa é o prazer da Cinefilia
Sobre a história: A velha guarda dos filmes de ação como Sylvester Stallone, Dolph Lundgren, Arnold Schwarzenegger, entre outros, estão de volta com o novo filme da fraquia Mercenários. Em mais uma missão bombástica dada por Mr. Church (Bruce Willis), eles partem em busca do mapa de uma mina de plutônio, porém o perdem para o terrível Vilain (Jean Claude Van Damme). Um dos homens do líder Barney Boss (Stallone) é assassinado brutalmente e eles juram vingança, além de ter que recuperar uma arma química perigosa da mão de um ambicioso vilão.
Opinião Geral sobre o filme: Mercenários é o tipo de filme descontraído para curtir as cenas de luta e dar risada com as piadinhas dos velhacos dos filmes de ação. O longa continua em boa forma, embora a reação ao primeiro filme seja mais impactante em virtude da ideia gerada pela franquia: Juntá-los em um filme só foi bem original. Vê-los na tela faz com que a flexibilidade tome conta do expectador, que não exige tanto um excepcional roteiro e só deseja comemorar a presença unificada de tantos nomes dos action movies em uma película só. Nestas horas, o imperativo é esquecer que a história não precisa ser bem elaborada e, muito menos, complexa. Basta deixar os mercenários bravos o suficiente para que eles façam justiça com os próprios tiroteios e porradas. A narrativa se preocupa em misturar algumas emoções, como um amigo que falece à serviço dos Mercenários, e outros momentos mais racionais como matar os caras do mal a sangue frio e sem piedade. Assistir a Mercenários 2 é a prova de mais um prazer nostálgico para pessoas que apreciam os filmes de ação e para quem acompanhou a cinematografia de emblemáticos atores como Chuck Norris, Sylvester Stallone, Bruce Willis etc. Não há como não colocar um sorriso nos lábios ao ver Chuck Norris aparecendo como um solitário e ajudar os demais colegas, e Bruce Willis deixando de dar ordens como Mr. Church e se juntando ao grupo para metralhar os inimigos. Não há como não rir das bolsas embaixo dos olhos de Van Damme, cobertos por óculos escuros, e a cara decadente de Lundgren rocando como um porco após uma bebedeira. O filme é uma grande piada que traz esses grandes nomes de volta a mis en scene de ação Hollywoodiana, mas também tem o bom humor escrachado de que eles são como lobos solitários, à margem da sociedade como em um blockbuster de grandeza B, o que é uma grande ironia para o Cinema. A época de ouro já passou, mas eles continuam adoráveis e despertam saudades e gratidão por tudo o que eles significaram. Os músculos tatuados continuam malhados, as rugas já mostram rostos mais deformados, momentos decadentes com solidão e bebidas, sem mulheres e sem vida social e com piadinhas sobre eles mesmos. Essa é a energia boa que torna o filme um passatempo recomendado.
O prazer: A aparição de Chuck Norris é hilária. Parece que ele voltou de outro mundo já que dá a impressão de que havia morrido há muitos anos.
O desprazer: A primeira perseguição e explosões iniciais do filme são narrativamente mais irregulares, pois não tem tanta relação com o resto do roteiro em termos mais pragmáticos. Acaba funcionando mais como uma ilustração do poder de fogo de Os Mercenários e suas missões secretas. O filme só começa a ficar bom e coerente quando há um motivo para a vingança e a justiça, e um vilão entra em cena enfurecendo o líder e herói Barney.
Por que vale a rapidinha? Saudosismo dos filmes de ação com esses atores. É muita testosterona em um filme só e há um clima de camaradagem entre eles, ou seja, cada um contribui sem haver egos exaltados.
O velho clichê no bordão do ator Danny Glover na série Máquina Mortífera: "Estou velho demais para isso." sintetiza lindamente os Mercenários, rs!
ResponderExcluirDesligar o cérebro para não perder o dente.HA!
Ótimo Madam,
Beijos.
Como bem ressaltou o filme não é uma maravilha, mas diverte pela narrativa metalinguística...hehe
ResponderExcluirSem dúvidas, Norris roubas as cenas.
Abraço!
Pra pessoas como eu, que cresceram assistindo a esse dream team do cinema brucutu de ação dos anos 80, filmes como "Os Mercenários 2" são um verdadeiro barato. Essa continuação, além de melhor do que o primeiro filme, é mais divertida, com mais frases de efeito e cenas de ação melhor construídas. Mérito de Simon West, que é um diretor mais "tradicional", digamos, do gênero. Que continue assim!
ResponderExcluirAinda não vi nem o primeiro, rs
ResponderExcluirEu achei uma baita diversão. Inclusive, superior ao primeiro. O que mais chama atenção é o tom de autoparódia presente na obra. E Chuck Norris rouba a cena quando aparece - reforçando o mito que criaram acerca dele na internet.
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