
O gênio David Fincher retorna à cena do Cinema para dirigir A Rede Social, baseado no livro Bilionários por Acaso, A criação do Facebook de Ben Mezrich, e cria uma linguagem cinematográfica intensa, veloz, ultradinâmica que elevou substancialmente a qualidade do seu trabalho e reputação perante a crítica e os apreciadores de uma excepcional sétima Arte. No longa, Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) tem background universitário de primeira linha, a de Harvard. Após ser dispensado pela namorada, volta ao isolamento do seu quarto e cria um site de comparação entre garotas que provoca um sucesso estrondoso no campus. Tal episódio chama a atenção dos irmãos Winklevoss (Armie Hammer), que desejam desenvolver um site inovador, o HarvardConnection. Mark passa a trabalhar com eles, e mais tarde, é acusado de roubar a idéia de criação do Facebook. Mark se envolve em dois processos judiciais: um dos Winklevoss e outro do seu (ex) amigo, o Brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield) que acaba entrando em um briga feia com ele após a entrada na empresa do influente Sean Parker (Justin Timberlake), fundador do Napster e co-fundador do Facebook. Dizem as fontes biográficas que Sean desestruturou o relacionamento dos ex-amigos e exerceu forte influência no fundador do Facebook, tal que ele se tornou um dos presidentes e acionistas da empresa até ser afastado por posse de drogas. Eisenberg, Garfield e Timberlake realizam um ótimo trabalho, cada um personificando bem a contribuição de cada personagem para dar dinâmica ao conflito, além de comporem os diferentes tipos da juventude de uma geração Web. 2.0, que pode ficar milionária de uma dia para o outro ao lançar uma grande idéia tecnológica. No destaque principal, Eisenberg se fecha no mundo Mark Zuckenberg com uma intepretação bem responsável e centrada.
Vencedor de prêmios importantes do Cinema como o Globo de Ouro, National Society of Film Critics, etc, A Rede Social caiu bastante nas apostas de melhor filme para o Oscar 2011 após o favoritismo de O Discurso do Rei (The King's Speech), fato que não o desmerece como forte candidato. É um filme bem realizado pela forma como é dirigido e por um roteiro inteligente de Aaron Sorkin que possibilita perceber como esses conflitos são fragéis e deixam a incógnita: Quem é Mark Zuckerberg e como foram esses bastidores na vida real? O filme não toma partido de ninguém, deixando o 'mito' Facebook como uma curiosidade. No mínimo, Mark é um empreendedor peculiar que tem o mistério de sua racional discrição e parece não ter perdido o controle da situação em nenhum momento enquanto ganhava alguns inimigos. Sua genialidade e senso de oportunidade são evidentes. A direção de David Fincher é um espetáculo técnico à parte e tem um excepcional ritmo que dita uma linguagem cinematográfica impactante, dinâmica e tensa na experiência cinematográfica do público. Não há como não assistir A Rede Social e ser impactado por uma nova forma de comunicar o Cinema, de contar uma história em uma narrativa que mescla depoimentos de processos judiciais, criação de Facebook e o processo conflitivo entre os envolvidos. Nesse aspecto, uma verdade deve ser dita: O criador de A Rede Social é David Fincher, somente um diretor do nível dele poderia criar uma ágil linguagem como se fosse um código único na História do Cinema Moderno.
Chances para o Oscar:
Forte competidor para o prêmio de melhor direção e roteiro adaptado. Se vai ganhar o Oscar de Melhor Filme? Só se o "Rei" deixar!
Título original: The Social Network
Origem: USA
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Diretor: David Fincher
Roteirista(s): Aaron Sorkin
Elenco:Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, etc.



0 comments:
Caro(a) leitor(a)
Obrigada por seu interesse em comentar no MaDame Lumière. Sua participação é essencial para trocarmos percepções sobre a fascinante Sétima Arte.
Este é um espaço democrático e aberto ao diálogo. Você é livre para elogiar, criticar e compartilhar opiniões sobre cinema e audiovisual.
Não serão aprovados comentários com insultos, difamações, ataques pessoais, linguagem ofensiva, conteúdo racista, obsceno, propagandista ou persecutório, seja à autora ou aos demais leitores.
Discordar faz parte do debate, desde que com respeito. Opiniões diferentes são bem-vindas e enriquecem a conversa.
Saudações cinéfilas
Cristiane Costa, MaDame Lumière