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MaDame Trilogias: 3 Filmes e 1 balde de pipoca O segundo filme da obra O Hobbit é uma aventura movida a muita ação e, com...

MaDame Trilogias: O Hobbit - A desolação de Smaug ( The Hobbit - The desolation of Smaug) - 2013


MaDame Trilogias:
3 Filmes e 1 balde de pipoca







O segundo filme da obra O Hobbit é uma aventura movida a muita ação e, como longa intermediário, o roteiro busca desenvolver personagens coadjuvantes e mostrar o mosaico de interesses e relações entre eles antes da grande batalha dos cinco exércitos. Dessa forma, embora ainda com roteiro extenso, prolixo em cenas desnecessárias e com a responsabilidade de prolongar a aventura ao máximo, o filme é fundamental para sermos (melhor) apresentados a figuras como Smaug (Benedict Cumberbatch) e Bard (Luke Evans), entender como começou o amor platônico entre a elfa Tauriel (Evangeline Lilly) e o anão Kili (Aidan Turner),  conhecer a Cidade do Lago e gananciosos como Alfrid (Ryan Cage), observar o histórico da destruição provocada por Smaug no Valle e  sua relação com a linhagem de Bard, além de observar o lado mais sombrio dos protagonistas, principalmente o de Bilbo Bolseiro que, de posse do anel "My precious", começa a sofrer os efeitos maléficos dele.




Diferente do primeiro longa,  esse aqui não tem o humor como um dos alicerces da narrativa.  O Hobbit, uma jornada inesperada era bem mais divertido e leve. Era o início de uma brincadeira aventureira na Terra Média, inspirada pelo ideal de retorno ao lar. Como toda a jornada de sacríficio, com altos e baixos de humores, a  desolação de Smaug é obscuro e pesado no que se refere a como os personagens reagem à medida que se aproximam da Montanha Solitária, onde está Smaug, o dragão que representa o mal e o temor. Essa nuance de mood está muito alinhada ao proposto por J.R.R Tolkien em O Senhor dos Anéis e explorado por Peter Jackson, que é como as personagens são testadas em sua bondade, lealdade, coragem e heroísmo mas também em suas facetas sombrias como a ganância, o medo e a traição.  Assim como ocorreu com Frodo, Aragorn e outros,  Thorin, Gandalf, Bilbo Bolseiro estão entre os que enfrentam diretamente o mal. Thorin e Bilbo, frente a frente com Smaug e Gandalf  em Dol Guldur, o monte da Feitiçaria.







Como prólogo, o longa entrega uma boa aventura como entretenimento e eleva o nível da ansiedade para a grande batalha. Peter Jackson é mestre em coordenar direção, efeitos visuais e sonoros para levar o público a esse mundo de fantasias inesquecíveis.  É claro que o longa sofre de alguns males como menor eficiência de roteiro e cenas exaustivamente trabalhadas para engordar a franquia de um livro transformado em 3 longas. De maneira geral, salvo algumas sequências bastante estendidas como a das aranhas e a conversa entre Bilbo Bolseiro e Smaug que, se fossem para ser mais práticas e focadas em um roteiro enxuto, não demoraria tanto tempo, o filme é imperdível no quesito ação com diversão. Se dá um maior protagonismo dos elfos na aventura, essenciais para dar dinamismo à ação  com destaque para Legolas (Orlando Bloom)  e Tauriel que participam ativamente, com bastante estilo e habilidades físicas como arqueiros. Sem eles, o longa não teria o mesmo efeito heroico, ágil. Os elfos também se apaixonam como a velha história de João ama Maria mas Maria ama Pedro. Aqui, Legolas gosta de Tauriel mas Tauriel gosta de Kili. Evangeline Lilly ganha mais espaço na história com o despertar do amor, sendo dela as cenas com intenção romântica, amorosa. O único problema é que o romance deles não conquista como o de Arwen e Aragorn em O Senhor dos Anéis, por isso teria sido melhor ela ficar com o Legolas.  Infelizmente, o romance em O Hobbit não é desenvolvido de forma a cativar facilmente o público, bem subutilizado.








Não há como não mencionar o talento narrativo de Benedict Cumberbatch, um dos atores emergentes no cenário atual e indicado ao Globo de Ouro por O Jogo da Imitação. Ele empresta voz à Smaug e Necromancer. Sua voz é tão marcante que se torna mais interessante e amedrontadora do que o visual do dragão em si.  Com um desfecho mais enfocado em Smaug em uma excelente sequência de confronto, sua voz lenta e demoníaca só vem a criar mais tensão para a batalha final de modo a nos fazer pensar: "Que venha a Batalha dos Cinco Exércitos, com nossos olhos na tela e o coração na mão!"








Ficha técnica do filme ImDB Hobbit 2

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